XXIV

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" Todas as boas meninas vão para o inferno

Porque até o próprio Deus tem inimigos

E quando a água começar a subir

E o céu estiver fora de vista

Ela vai querer o diabo em sua equipe."

Bille Eilish -
All the good girls go to hell

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RAJADAS DE ventos eram lançadas fortes, àquele horário, remoto do favorável favônio, em fronte ao estabelecimento " Mae's Coffee", que existia ao entorno de outras lojas de roupas e joalheria. Suspirava com fluxos de ar pesado a todo segundo, constatando que haviam chegado ao destino final. O carro encerra a partida, e ela saí do banco onde estava, batendo na porta sem força. Sem prestar atenção na Elizabeth, no qual tinha acabado de conhecer. A mesma para ao seu lado, desligando o automóvel com um apito.

— Vamos? — chama por Evangeline, que anuiu, ultrapassando a entrada de Mae's Coffee. O som do telintar do sino de boas vindas trincoleja ao adentrarem no ambiente que cheirava a pão e a café quentinho.

Ambas assentam-se no lugar mais distante possível dos outros, no fundo daquela cafeteria bem comportada e aconchegante. Observava uns clientes conversarem de modo anônimo, tomando café nos bancos mais próximos das áreas mais abertas. A maioria das coisas ali eram de tom marrom escuro, com mesas aprontadas e simples. Samambaias enfeitadas pelas paredes de madeira e lâmpadas de reciclagem, tudo isso para criar uma atmosfera mais rústica e séria.

— Conte o seu conhecimento sobre Eles — proferi firme na sua fala, ajeitando os cotovelos na tábua acima de seus pés. Obtendo um fitar austero em torno de Elizabeth, a própria dá um meio sorriso.

— Preciso pedir um café primeiro, que tal acompanhado de um croissant? — ergue as unhas perto do rosto, deixando seus dedos na bochecha direita, apoiando o seu queixo. Seu olhar era de pura diversão.

— Eu não tenho tempo para iss—

— Garçom! — ignora-a inteiramente, virando-se de costas e fazendo um sinal delicado com as mãos.

Evangeline respira forte, como fizera no trajeto até ali, não conseguindo conter a impaciência, diante do seu comportamento surpreendentemente irritante. Assiste quieta, Elizabeth pedir dois croissants e o mesmo de café para as duas. Quando a própria termina e volta-se para a frente, após o funcionário anotar tudo em silêncio, Evangeline estava prestes a gritá-la, o que não era sua forma de ser.

Arg...

Elizabeth revira os olhos, tediosa, deixando a boca entre-aberta.

— 'Tá bom, 'tá bom... Eu vou te contar o que eu sei — diz com uma expressão antipática, ao se recordar do que sabia. Chega o seu corpo, retirando o quadril do banco para olhá-la mais fixamente nos olhos. Evangeline retrai-se, aqueles olhos dourados, eram como se fossem de felinos, prestes a atacá-la. 

— Estou logo avisando que... — passea seu olhar sobre ela, com destreza. —Tudo o que você acha que entende, é apenas um terço, vai muito além de você, bem além. — Aquele ar brincalhão se fora, por um momento, e Evangeline temeu isso, enquanto a mesma murmurava.

Franziu a testa.

— Como eu ainda posso confiar no que está dizendo? Isso... Isso tudo é uma loucura — diminuiu a altivez da frase em um tom agudo, na última palavra que dissera, negando com a cabeça.

Maligne: Cheios De Sangue (Concluída)Where stories live. Discover now