Capítulo 31

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Elisabete

Fiquei ansiosa para saber onde iríamos, pois Henrique fez questão de manter o silêncio sobre o local, e eu era alguém ansiosa demais para suportar essas coisas.

Desde que nos conhecemos ele me levava a lugares que sempre desejei ir, e isso era incrível. Além de ter sua presença, cada dia mais agradável, sentia que poderia ser eu mesma, como nunca pude ser com o meu ex.

O vento levava os meus cabelos enquanto o carro fazia o seu percurso. O local não era muito perto da capital, o que me fez imaginar onde seria.

Pernambuco era um dos estados mais lindos do Brasil, e tinha diversas cidades litorâneas e turísticas para se aproveitar ao máximo a natureza. Estávamos pegando a estrada em direção a Tamandaré onde tinha diversas pousadas e hotéis lindos que ficavam a poucos metros da praia.

Eu adorava a praia, e saber que estávamos indo para lá me deixava ainda mais feliz.

Henrique parecia muito mais feliz hoje. Ontem ele pareceu estar em um estado de tristeza que eu nunca tinha o visto antes. Fiquei bastante preocupada, mas conseguia entender que para ele deveria ser difícil lembrar-se de algo que considera ser sua culpa.

Chegamos a uma imensa propriedade, que não ficava muito longe da área praiana e novamente fiquei impressionada. Não se sabia muito sobre a família Vilella, porém todos tinham conhecimento do quanto eles eram ricos, e não me surpreenderia se essa fosse mais uma das suas propriedades.

— Me deixe adivinhar: essa casa também é sua? — Perguntei após sair do veículo. O sorriso que ele me lançou já respondia a minha pergunta. Gostaria de saber para onde estávamos indo antes de sair de casa, pois não trouxera algo mais apropriado para o fim de semana na praia. — Deveria ter dito para trazer roupas apropriadas para a praia. — Reclamei.

Claro que vim com uma peça, mas gostaria de ter trazido algo a mais. Sou uma precavida e gosto de ter muito mais opções de escolhas.

— Por mim você não precisa usar nada, aliás, essa propriedade é privada, assim como a praia, mas também temos piscinas. — Disse dando uma piscada e um sorriso malicioso.

Fiquei impressionada com a ousadia do homem que até ontem não estava querendo revelar seus sentimentos. Claro que ele já jogara algumas palavras ao vento que me fizesse apostar que o homem tinha um lado pervertido, mas agora tudo era real, e minha ansiedade para esse fim de semana estava nas alturas.

Entramos na casa e a área era aberta com as janelas feitas de vidro. A vista dava para o azul do mar, sem falar na grama que ficava na área externa com coqueiros, tudo muito lindo.

Enquanto ele ia em direção a um corredor oposto, decidi apreciar essa beleza natural que havia me encantado.

O jardim era imenso, com gramado muito bem aparado, uma piscina enorme, e uma hidromassagem que me deixou bastante animada. As espreguiçadeiras brancas, ficavam em baixo de uma cabana de madeira, virada para a vista da praia.

A areia não ficava muito distante, e a sombra dos coqueiros tornava tudo mais agradável.

— Sabia que iria gostar. — Ele disse.

Virei-me para olha-lo com um sorriso de orelha a orelha. Aquilo era o paraíso e nunca estive tão feliz.

Abracei seu pescoço e o beijei em agradecimento por ele ter me trazido para um lugar tão lindo.

— Você vai acabar me acostumando muito mal. — Disse ao me afastar. – Mas... por que estamos aqui?

Ele franziu o cenho achando estranha a minha pergunta.

A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefeWhere stories live. Discover now