Capítulo 13

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Henrique

A noite de ontem foi surpreendente e confusa. Eu não poderia imaginar que gostaria tanto de um beijo, e foi justamente o dela. Elisabete me surpreende a cada dia, e mesmo tendo um início bem conturbado, ela realmente pode ser uma boa assistente.

Apesar de que a mulher adorava me provocar e ser irritante. Acredito que ela faz isso de propósito, só para discutirmos. Confesso que quando não brigamos até sinto falta e isso era confuso.

Foi difícil dormir na noite passada, pois minha cabeça, idiota, não parava de imaginar a linda morena provocante e sua boca macia.

Somos muito diferentes, mas algo fazia com que nos sentisse atraídos um pelo outro, mesmo que a danada tentasse negar a todo custo.

Graças a sua ajuda, todos sabiam sobre nós. Claro que isso me ajudava, o problema era ela que agora parecia que teria um surto só porque todos sabiam sobre nosso relacionamento.

Assim que passamos pela porta, os olhares curiosos nos pescaram. Eu já estava acostumado com o falatório do escritório, porém a novata aqui não.

Eu odiava distrações no local de trabalho, e agora minha vida pessoal era o causador disso.

— Estou arruinada. — Falou Elisabete parecendo desesperada.

— Não exagere, logo eles esquecerão, além disso, não permito que ninguém nesse escritório fique de fofoca no horário de trabalho. — Falei para tranquiliza-la.

Elisabete revirou os olhos e respirou fundo, como se nada do que eu falasse mudaria o que ela estava pensando.

Era interessante vê-la nesse estado, já que não parece em nada com a mulher irritante que conheci.

— Claro, porque você está ao lado deles, vinte e quatro horas, como um sargento autoritário. — Zombou, ficando irritada.

Bem, agora ela parecia com a mulher que conhecia.

— Que tal esquecermos isso e trabalhar? — Sugiro perdendo a paciência.

Ela caminhava de um lado para o outro desde que entramos no escritório. Parecia que iria surtar e eu estava ficando com medo.

— É obvio que você não se importa, pois é o chefe e age como um robô frio e calculista, mas eu sou uma reles mortal que pode ter a reputação prejudicada. — Disse apontado o dedo para mim, antes de entrar na sua sala.

— Então você terá a sua reputação prejudicada só porque está namorando comigo, e agora todos sabem? — A questionei também ficando irritado, a seguindo.

— Claro, você é um robô frio que daqui a alguns meses irá me abandonar. — Reclamou.

Quando a minha secretária apareceu na porta e viu a tenção dentro da sala, Elisabete assustou-se, o que me fez sorrir.

— Senhor, aqui está seu café. — Ela disse.

Eu não fazia ideia de como sempre acabávamos brigando. Pelo menos isso acabaria logo, pois pensava que ficaria maluco se passasse mais tempo do que o esperado ao lado da morena maluca.

***

Passei a manhã toda pensando nas coisas que a minha nova assistente havia falado. Eu odiada ficar distraído no trabalho, mas desde a sua chegada em minha vida isso era mais comum do que eu gostava.

Depois daquela conversa, não a vi mais. A manhã estava chegando ao fim, e sabia que deveria resolver esse problema.

Pensei bastante, e ela tinha razão. Isso era um erro e não podia continuar com essa loucura. Claramente não chegaríamos a um acordo para nos darmos bem. Somos como fogo e gasolina, e juntos só rola brigas.

A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefeWhere stories live. Discover now