Capítulo 7

15.7K 968 86
                                    

Elisabete

Eu tentava me convencer de que não existia essa coisa de que pessoas nasciam com azar, mas os acontecimentos recentes comprovavam o contrário, e estava quase acreditando que realmente poderia ter nascido com a vida azarada.

Henrique Vilella era mesmo um homem insuportável e irritante que faria de tudo para que eu perdesse o emprego. O problema era que o cretino não sabia com quem ele estava brincando e eu teria que mostrá-lo que nada do que ele pudesse fazer, iria me fazer desistir do meu sonho.

Eu queria dar o troco e fazer com que ele provasse do seu próprio veneno, porém, o homem era meu chefe e eu teria que suportar até não aguentar mais. Mas sei que em algum momento, Henrique irá ter o troco e eu estaria na arquibancada apreciando esta ocasião.

Não importava qual tarefa ele me mandasse fazer, sempre concluía com maestria. Sentia pena de todos que trabalham ao redor desse homem, pois ele mal chegava no escritório e esbravejava com todos. Inclusive com a coitada da Judi.

Ao lado dele trabalhava exaustivamente, quando chegava em casa já estava exausta e mal tinha tempo para comer e dormir, pois no outro dia tinha que estar em pé logo cedo.

Eu realmente só queria trabalhar em um ambiente feliz e tranquilo, porque realmente gostava da arquitetura e agora estava tendo a oportunidade de estar em um projeto grande de um Hotel que se tornaria um Resort.

O projeto durará 3 meses, o tempo que ele me deu de experiência. Faria questão de provar o meu valor e farei ele pedir desculpas por tudo o que falou.

Amanhã ele iria me buscar para irmos a Serrambi, onde ficava o terreno que trabalharíamos. Parece que o proprietário também estaria fazendo mais dois edifícios, o que deixava o projeto muito maior.

Mesmo estando confiante, ainda restava um pouco de receio dentro de mim. Eu era capaz, sabia disso. Mas aquele chefe era o pior dos homens, e tinha medo de que ele pudesse me ferrar só para me ver desistindo.

***

Quando acordei pela manhã, minha mente demorou um pouco para voltar ao normal. Tomei um banho rápido e troquei de roupa, e só tive tempo para tomar um café rápido já que o homem estava mandando mensagem, dizendo que já estava à minha espera do lado de fora.

" Eu já mencionei que odeio atraso, senhorita Medeiros. "

" Acho que seu relógio está muito adiantado, pois ainda faltam cinco minutos, senhor Vilella. "

Revirei os olhos, pegando a minha bolsa e batendo a porta.

Como o homem já pode estar tão irritado a esta hora da manhã?

Quando saí do prédio, vi Henrique apoiado no capô do carro com óculos escuros, muito sexy. Eu não conseguia entender como um homem tão lindo, também poderia ser tão arrogante. Não sei se isso era um mal que cresceu com ele ou algo ruim aconteceu para que o ele fosse tão odiável.

Me aproximei, sendo avaliada pelos seus olhos verdes cobertos pelos óculos escuros. Eu não queria me sentir abalada pelas sensações que ele me provocava quando me olhava dessa forma, mas era quase impossível não reagir positivamente. O que me fazia odiá-lo ainda mais.

— Bom dia, senhor Vilella. — Falei, querendo começar o dia animada.

Henrique ficou me encarando por alguns segundos antes de se mover e abrir a porta do automóvel, entrando, sem ao menos me responder.

— Está atrasada, senhorita Medeiros. — Falou arrogante, como sempre.

— Bom dia para você também, Elisabete. — Falei ironicamente, andando até a porta e sentando-me ao seu lado. — O dia está tão lindo, Elisabete, você também está muito bonita.

A MENTIRA DO CEO: Contrato com o chefeDove le storie prendono vita. Scoprilo ora