0.0| prólogo.

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17 de fevereiro de 1961
17:08
escola estadual santa maria ‹

[p.o.v. yeojin]

olá! meu nome é yeojin, prazer em vos conhecer. nasci na coréia, mas meus pais não conseguiam manter a mim e minha irmã mais velha, e acabaram vindo para o brasil quando eu tinha cinco aninhos e zero conhecimento da língua portuguesa. minha irmã se chama haseul e ela é muito bonita, realmente.

eu moro no município de nossa senhora do desterro, em minas gerais. fica beem pertinho de ouro preto, e a arquitetura lembra o brasil colônia.

ah, esqueci de falar. eu tenho 16 anos e minha irmã vai fazer 18. eu tenho uma melhor amiga, cujos pais são coreanos também. há pessoas principalmente da ásia e europa aqui, e a cidade começou com a cerâmica e culinária!

meus colegas dizem que eu sou muito inteligente, e a mestra das pegadinhas. yerim quer ser detetive, e é ótima com análise corporal, então eu não consigo mentir para ela!

――――――
[yeojin's off]

as nuvens cinzentas e encorpadas cobriam as cabeças de quem passava por n. sra. do desterro. yeojin tinha certeza de que iria chover muito naquele dia, e o vento lhe açoitava a face como um chicote de gelo.

yerim estava lá, junto da im. e as duas tiveram aulas pela manhã, como sempre, porém voltaram ao colégio para invadir a sala do diretor e pegar de volta o estilingue de yeojin, que o superior confiscara; mesmo com yerim contraditando yeojin, esta não gostava que lhe tomassem as coisas que lhe foram atribuídas. yerim dizia que, se yeojin não tivera permissão, estava defraudando o objeto.

− yeojin, não seja idiota. o diretor minhyuk pode voltar à escola e te pegar. ― yerim reclamou, em sussurro.

− calada. ― yeojin pôs o indicador sobre os lábios de choi. ― ele não estava em ouro preto com a mulher inês e o filho henrico?

− sim, mas eu vi ele hoje. ― yerim disse.

− que seja. vamos. ― yeojin saltou a janela da sala do diretor, e yerim o fez em seguida.

17:11

− você é louca. ― yerim disse. ― saltou do segundo andar. olhe seus joelhos. ― escorria o líquido vital escarlate de cortes profundos e arranhões dos joelhos de yeojin, e isto doía, mas yeojin pareceu não ligar.

− estes ferimentos não existiriam caso a chata da professora sana não tivesse posto a mão na minha bolsa e pegado meu estilingue. ― yeojin retirou a maleta courácea de trás de um arbusto, esta que lhe pertencia e tinha uma fita de cetim laranja na alça. ― eu nem estava usando ele!

− mesmo assim, não devia ter trazido esse estilingue estúpido para a escola. ― yerim falou. ― tem um lago aqui perto, vamos ver as carpas!

− meu estilingue não é estúpido!

17:19
lake...! ♡

os borzeguins marrons de camurça de yeojin flagelavam a terra úmida, até chegar onde sua amiga estava.

− ei, yerim. ― yeojin achegou-se da choi.

− oi.

− achou alguma carpa? ― a de fios dourados questionou.

nossa senhora do desterro | yeorimWhere stories live. Discover now