1.1| a resposta

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1 de abril de 1961
08:01
› paróquia do desterro ‹

um ar de tensão fora estabelecido entre os presentes na igreja. lia encarava a irmã mais nova com ódio, querendo que ela apenas aceitasse e se casasse logo. os pais de yerim ameaçavam-na com ódio, e yeojin, hyejoo, mina e chaeyoung rezavam para que ela não tornasse-se resignada para com a própria infelicidade.

o padre giovanni olhou para yerim, visto que o ódio da choi aumentava de forma gradativa, e esta apenas transmitia desgosto e ameaças de morte para o noivo, a irmã e os pais, sem uma resposta verbal.

− vou repetir a pergunta. ― o padre afirmou. ― você aceita do kyungsoo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte vos separe?

− não. ― yerim sorriu de forma cínica e atirou o buquê na face do noivo, deixando a igreja enquanto yeojin, hyejoo, mina e chaeyoung sorriam com orgulho.

[...]
10:11

− sinto muito por você ter sido forçada a aceitar de qualquer jeito, choerry. ― yeojin disse enquanto degustava o bolo de chocolate, por insistência da choi.

~ eu vou me safar dessa, yeo. ― a choi sorriu, não mostrando nem um pouco de tristeza. ― não se preocupe.

~ eu tenho medo dessa coisa de se safar porque você sempre bota algo macabro no meio. ― yeojin murmurou.

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1961/04/03
09:04
› escola estadual santa maria ‹
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mina, chaeyoung, hyejoo, yeojin e yerim conversavam dentro da sala das mais novas, em torno da mesa e com os braços cruzados.

− sentimos muito por não termos conseguido impedir o casamento, yerim. ― mina disse.

− tudo bem, o casamento não foi consumado. ― yerim sorriu. ― e meu marido não está muito bem, acho que ele morrerá em breve.

− então quer dizer que...? ― yeojin deu um abraço firme em yerim, sentindo o cheiro forte de laquê do cabelo modelado em cachos de yerim.

− eu posso muito bem anular o casamento. ― yerim retribuiu o abraço.

− que bom! ― as quatro abraçaram yerim.

yeojin indagava-se se a doença do marido de yerim fora relacionada a ideias pecaminosas por parte da de fios castanhos, e se ela tinha se safado do cônjuge através de um crime. yeojin não conseguia compreender as ideias mirabolantes de sua melhor amiga. seria moralmente errado caso yeojin agisse como uma comutadora no caso da confirmação da morte do marido por parte de yerim? se yerim estivesse realmente fazendo o marido ficar doente, estaria tornando o próprio caráter putrefato? pensamentos vagavam pela mente da im, fazendo com que a consciência desta se esvaísse, até que ela se encontrasse desfalecida.

[...]

− yeojin, acorda! ― hyejoo gritou quando os olhos da im se abríam lentamente.

− o que aconteceu? ― yeojin percebeu-se deitada no chão como um cadáver.

− você desmaiou e a yerim teve que te beijar pra você acordar. ― hyejoo afirmou. ― várias vezes.

− você ficou encarando o chão, esmaecendo aí caiu igual tábua. ― chaeyoung riu.

− foi estranho quando eu percebi a sua carinha esmorecida, yeo. ― yerim segurou as bochechas da loira. ― aí você desmaiou e eu imaginei que se seu te beijasse da maneira que eu deveria ter beijado meu marido, você acordaria. sinceramente, eu queria que você estivesse no lugar do meu noivo, eu me casaria com o maior prazer do mundo.

nossa senhora do desterro | yeorimWhere stories live. Discover now