42• Guilty

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Prophecy - | Draco Malfoy |

Todas as aulas foram suspensas, todos os exames adiados

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Todas as aulas foram suspensas, todos os exames adiados. Alguns estudantes foram retirados as pressas de Hogwarts, pelos pais, nos dois dias que se seguiram - As gêmeas Patil partiram antes do almoço do dia seguinte assim que souberam da morte de Dumbledore.

Houve alguma excitação entre os alunos mais jovens que nunca tinham visto aquilo, a carruagem azul-clara do tamanho de uma casa, puxada por doze enormes palominos alados que surgiu no fim da tarde, antes dos funerais e aterrissou na orla da floresta.

Eu estava junto a Harry, Rony, Hermione e Gina. O tempo bonito parecia que estava a nos zombar; Era quase final do ano letivo, somos formandos, mas eu apenas consigo imaginar como tudo teria sido se Albus ainda estivesse aqui.

— Eu queria falar sobre ele... Bem, Snape. - disse a bruxa, parecendo nervosa ao mencionar aquele nome.

— Que tem ele? - indaguei sombriamente, recostando-me na cadeira.

— Nenhum aqui poderia ter imaginado que o Snape... Sabe. - proferiu o Weasley, abaixando a cabeça logo depois.

— Vêm de quem menos esperamos... - afirmou o Potter, levando seu olhar para mim, mas logo o desviando.

Nos mantemos em silêncio, cada um absortos em pensamentos, mas eu tinha certeza que todos ali estavam imaginando a manhã seguinte, quando Dumbledore seria enterrado.

Eu nunca estive em um enterro; Não me senti digna de ver Merlin ser enterrado. Eu não sabia o que esperar, e estava um pouco preocupada com que poderia ver, o que poderia sentir. Perguntei-me se a morte de Albus seria mais real para mim quando terminassem os funerais.

Logo depois que os Comensais da Morte nos deixaram partir, eu e Harry vagamos pelo castelo em busca da professora McGonagall; Assim que explicamos toda a situação, ela fez com que todos os alunos se mantivessem juntos no Salão Principal novamente.

O ambiente estava anormalmente quieto. Todos usavam vestes formais e nenhum aluno parecia estar com fome. Meu olhar se voltou a mesa de Slytherin, onde Crabbe e Goyle cochichavam; Corpulentos como eram, pareciam estranhamente sozinhos sem a companhia da figura alta e empalidecida de Malfoy entre os dois.

Eu não pensava muito em Draco. Toda a minha animosidade convergia para Severus Snape, mas não esqueci o medo na voz do loiro no alto da Torre, nem o fato de que ele baixara a varinha antes de chegarem outros Comensais da Morte.

Eu não acreditava que Malfoy poderia chegar a realmente matar Dumbledore. Ainda sentia raiva do garoto, mas a piedade era quem tomava conta do meu corpo; Me perguntava onde ele poderia estar agora, e o que Voldemort estaria obrigando-o a fazer, sob ameaças de morte a ele, seus pais e a mim.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma cotovelada de Gina em minhas costelas, visto que eu estava ocupando um lugar ao seu lado na grande mesa de Gryffindor. A professora McGonagall estava em nossa frente, e os sussurros se cessaram prontamente.

— Amanhã pela manhã serão chamados para a cerimonia de enterro do nosso diretor. - pigarrou, reerguendo a postura. — Por favor, acompanhem os diretores de suas casas para suas respectivas Salas. Alunos de Gryffindor, venham comigo.

Todos deixaram seus bancos disciplinadamente, quase em silêncio. Eu vi de relance Lupin, a frente da fila de Slytherin, trajando belas vestes verde-esmeralda, bordadas com fios prateados.

Ao chegar nas masmorras, desviei o olhar para uma sombra que passou pela janela. Não pude ver nada, eram apenas as mesmas janelas que nos dava vista para o Lago Negro e, vez ou outra, a lua gigante.

— Viu alguma coisa? - perguntou uma voz masculina. Não a reconheci, então apenas murmurei em negação e segui caminho para dentro da Sala Comunal.

Muitos dos alunos seguiram para seus respectivos quartos, mas eu sabia que não conseguiria dormir tão cedo; London se ofereceu para me fazer companhia, eu sabia que a garota não gostaria de me deixar sozinha, mas tive que recusar.

— Droga! - exclamei num sussurro, espremendo meus olhos. — Isso foi tudo minha culpa, mas que droga!

— Não, minha filha. Não foi sua culpa.

Abri meus olhos quase que de imediato, fitando a imagem que emanava do fogo ardente da lareira. Lorde das Trevas estava ali, diante de mim e preso naquele pequeno lugar; As chamas contornavam perfeitamente o formato de seu rosto, enquanto a luz que vinha dali era tão forte que me fez ter dificuldades para enxergar.

— O quê... Como se escondeu aqui? - indaguei, aproximando-me cada vez mais da lareira.

— Ora, estes tipos de feitiços a impressionam? - riu irônico. — Posso fazer muito mais quê apenas me transfigurar no fogo, minha querida.

Me calei, ainda mantendo certa distância entre nossos rostos. Pela primeira vez, parecia que ele quem esperava eu dar o primeiro passo para nos aproximarmos, mas eu não o faria de modo algum.

— Pergunte. - disse com a voz fria. — Sei o quanto espera por respostas, e você pode ter todas as que quiser, contanto que busque por elas.

— Por que eu deveria acreditar em qualquer coisa que você possa me dizer? - rebati debochadamente. — Você quer me tornar em apenas mais um fantoche no seu joguinho, e eu não deixarei que isso aconteça.

— Oh, minha pobre e doce menina! - falou num falso tom amoroso, relaxando suas expressões. — Você deixou! Permitiu que eu brincasse com você, como se fosse apenas uma boneca, assim como fez com seu amado garoto.

— Do que... Do que você esta falando?

— Por favor, Makayla. Eu esperava um pouco mais vindo de você! - proferiu novamente com a voz fria. — Você não passou de um meio... Um meio para que eu pudesse atingir ao Malfoy. - afirmou brandamente. — O amor de vocês foi o suficiente para que ele fizesse loucuras para lhe proteger.

— Não! Não! Não! - afirmei repetidas vezes, sentindo a cicatriz em meu peito arder. — Você o ameaçou, usou de uma das fraquezas dele...

— Você se tornou uma fraqueza para o Draco, ao menos, foi isso que ele disse naquela noite, certo? - disse sugestivo. — Eu o tenho ao meu lado pelo medo do garoto de que eu faça algo contra você... Mas você, Makayla, você facilitou o meu trabalho em o manipular...

— Eu não sou culpada pelo que você fez ao Draco! - gritei, vendo o fogo aumentar logo depois. — Eu não sou, nem nunca serei culpada pelo que aconteceu.

— Têm certeza? - riu breve, algo tão pequeno e fino que mal pude ouvir. — Bom, talvez o peso de afundar quem se ama seja demais para você... Mas, existe algo do qual você não pode escapar...

— O quê?

— Você mentiu para ele, Makayla. Você se aproximou do garoto para que pudesse chegar a mim... No começo, ele nunca foi mais que isso para você, ou foi? - me calei, levando o olhar para algum outro ponto da Sala Comunal. — Você não pode escapar da culpa... A culpa que sempre vai carregar por ter partido o coração dele. Afinal, se não fosse pelo Severus, ele algum dia saberia que eu sou o seu pai?

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