🅟🅡🅞🅟🅗🅔🅒🅨 | "Sim, eu te usei. Sei que não agi da melhor forma e que eu te desiludi, nunca foi minha intenção magoar você desse jeito. Mas todos sabemos que no final, você sempre vai voltar para mim."
🅗🅐🅡🅡🅨 🅟🅞🅣🅣🅔🅡 - 🅙🅚 🅡🅞🅦🅛🅘...
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Hogwarts era, de fato, um lugar esplêndido. Eu estava encantada com toda a decoração do castelo e finalmente pude entender o porquê de meu avô sempre marejar os olhos ao lembrar de seu tempo como aluno.
Durante a viagem, eu me distraia lendo alguns dos registros antigos dele. Muitos eram de seus protestos, como quando defendia a união de bruxos e trouxas ou a criação da Ordem ao lado de Dumbledore.
Eu me orgulhava dele e me orgulhava de carregar seu nome. Havia prometido, antes de seu falecimento, que cumpriria a profecia e assim pretendo fazer. Em honra a ele e para a proteção de todo o universo bruxo.
Gina Wesley, a garota com quem dividi a cabine, não fez grandes perguntas. Ela não se importou em saber qual meu sobrenome, muito menos o porquê de eu vir para Hogwarts apenas no 7° ano. Ela tagarelava sobre seus irmãos, dos quais eu apenas conhecia os gêmeos e Ronald, e de seu romance com o Potter. Eu apenas ria durante a nossa pequena conversa, mas havia gostado da garota.
Agora, estava enfileirada juntamente com os alunos do 1° ano. Eu engajaria nas atividades escolares de acordo com minha idade, mas precisaria passar pelo processo de seleção que me destinaria a uma das quatro casas de Hogwarts.
Os alunos iniciantes estavam apreensivos com a seleção, eles não sabiam como ela seria feita e ouviam boatos absurdos dos veteranos. Ria baixo da situação, a professora Minerva parecia se divertir com isso tanto quanto eu.
Conseguia sentir olhares queimarem minha pele, e de certo entendia o porquê. Eu sou uma desconhecida, transferida para Hogwarts sem grandes explicações de Dumbledore ou dos professores, e que estava prestes a ser designada para um das casas, mas sem precisar prestar os primeiros ensinos.
Foi então que pude ver, sobre um banquinho velho de madeira, estava ele. Um chapéu pontudo de bruxo remendado, esfiapado e sujíssimo. Ele se mexia inquietamente, ao receber um aceno da professora, abriu um rasgo junto a aba como uma boca, começou a cantar :
— "Ah, vocês podem me achar pouco atraente, Mas não me julguem só pela aparência Engulo a mim mesmo se puderem encontrar Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui. Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos, Suas cartolas altas de cetim brilhoso Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu. Não há nada escondido em sua cabeça Que o Chapéu Seletor não consiga ver, Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer Em que casa de Hogwarts deverão ficar. Quem sabe sua moradia é a Grifinória, Casa onde habitam os corações indômitos. Ousadia e sangue-frio e nobreza Destacam os alunos da Grifinória dos demais; Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar, Onde seus moradores são justos e leais Pacientes, sinceros, sem medo da dor; Ou será a velha e sábia Corvinal, A casa dos que têm a mente sempre alerta, Onde os homens de grande espírito e saber Sempre encontrarão companheiros seus iguais; Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa E ali fará seus verdadeiros amigos, Homens de astúcia que usam quaisquer meios Para atingir os fins que antes colimaram. Vamos, me experimentem! Não devem temer! Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos! (Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos) Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!"
