20• Shower

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Prophecy - | Draco Malfoy |

Os dedos frios do loiro traçavam um caminho em minhas costas nuas

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Os dedos frios do loiro traçavam um caminho em minhas costas nuas. Eu me arrepiava perante seu toque, arqueando levemente meu corpo ao sentir seus selares sobre os desenhos escondidos que estavam desenhados em minha pele.

Meus olhos estavam focados nos jardins do castelo, estava calma e nenhuma alma ousava passar por ali naquele hora da manhã. A janela aberta permitia entrada de uma corrente de ar fria que abraçava meu corpo, era uma sensação deliciosa.

— Não sabia que tinha uma tatuagem. - sua voz era tranquila e baixa, quase como um sussurro. — O que significa?

— Eu sempre fui apaixonada pela noite e tudo o que vinha junto a ela. - proferi, fechando meus olhos e apertando o lençol em minhas mãos. — São os desenhos das fases da lua, para sempre me lembrar que tudo passa. - respirei fundo, deixando uma luxada de ar se dissipar ali. — Que sempre podemos mudar, porquê vivemos em uma constante evolução. Vivemos em constantes fazes.

O silêncio pairou sobre o quarto do maior. Eu sabia quais efeitos essas palavras podiam surtir nele, e esperava que o ajudasse de alguma forma a se ver como eu vejo. Draco não passava de um garoto que não teve escolha, que fôra incompreendido por anos e nunca teve ao seu lado uma pessoa que lutasse por ele, que o trouxesse de volta para a realidade enquanto estivesse delirando. Eu estava disposta a ser essa pessoa para ele, porque sabia que o loiro nunca foi o verdadeiro vilão.

Suas mãos agarram minha cintura, puxando meu corpo de encontro ao seu. Me virei em seus braços, fitando aqueles lindos olhos cinzas que me remetiam aos dias chuvosos que tanto adorava, e permitindo descansar minhas mãos sobre seu tronco despido. Não trocamos nenhuma palavra, mas tudo o que gostaria de dizer era que não me importaria de acordar todos os dias e tê-lo ao meu lado.

O nosso futuro juntos não era algo incerto, pelo menos para mim. Mas sei que, independente de qualquer coisa que nos aconteça, eu vou continuar sempre apaixonada por ele.

Detestava como minha mente podia ser traiçoeira em momentos como este, mas era quase rotineiro eu olhar para ele e pensar sobre quanto tempo tudo o que vivemos iria durar. Eu perdia meus sentidos ao fitar Draco, e apenas conseguia pensar no quanto eu quero que tudo isso dure, no quanto desejo o beijar para sempre e saber que estaria ali por mim.

Quando eu estou ao lado do loiro, nenhuma problema parecia ter sentido e nada me fazia mais feliz que desfrutar da miragem que era ver seus olhos brilhando ao me encarar. O abraço dele com ar de casa me prende e penso no quão sou sortuda por ter todas as versões dele apaixonadas por mim, e são nestes momentos que prometo que irei o proteger enquanto puder.

— Queria poder passar o dia com você. - sussurrou, deixando um selar casto em minha testa. — Deixar que fique longe de mim, pelo menos por hoje, com certeza não faz parte dos meus planos.

— Você pode ter certeza de que eu quero o mesmo. - acariciei seus fios loiro platinado. Era a primeira vez em que os fazia, e sorri ao perceber o maior fechar os olhos para aproveitar melhor o carinho. — Mas precisamos nos arrumar, eles abrem o salão principal daqui alguns minutos e depois temos aula com o Severos.

— Não faz mal faltar a um dia de aula, Merlin. - brincou, mas revirando os olhos ao sentir meu tapa em seu abdômen.

— Eu faltei muitas aulas por sua causa, Malfoy. - sorri divertida, vendo sua expressão fechar em descrença. — Se eu reprovar nesse semestre, posso culpar você e sabe disso.

— Por favor, você nunca reprovaria. - afrouxou o aperto ao redor do meu corpo, afastando-se um pouco para fitar meus olhos. — Os professores idolatram você e a Granger, são as alunas mais brilhantes de toda Hogwarts. Por acaso o seu avô fez com que você engolisse alguns livros ou algo do tipo?

— Quase isso. - ri, me lembrando por alguns segundos de como eram as aulas com Merlin. Ele era um professor carrancudo como Snape, mas graças a tudo isso me tornei quem sou hoje. — Preciso de um banho, pode trazer meu uniforme aqui? Não quero ter que lidar com as perguntas de London, pelo menos por enquanto.

Draco apenas assentiu, retirando os braços da minha cintura e, de imediato, senti falta do calor que aquele toque me proporcionou. Ao me levantar, percorri o olhar sobre o quarto do loiro e percebi o quanto era parecido com nossa sala comunal.

As paredes eram de pedras, a iluminação era fraca e a cor verde-escuro predominava por aquele espaço. A uma pequena distância da cama, tinha uma lareira que estava apagada, e vi como o lugar era incrivelmente bonito e refinado tal qual os Sonserinos acreditam merecer.

Sentia minha pele queimar e sorri ao perceber que os olhos de Malfoy estavam presos em meu corpo despido. Ele sorria pequeno, mas de forma maliciosa e seus risos baixos podiam ser ouvidos, provavelmente por estar se lembrando de tudo o que aconteceu na noite anterior.

Não sabia o que acontecia ou que se passava dentro de mim, mas nesse pequeno instante eu consegui me sentir em paz. Uma paz que eu tanto precisava, quando você não se importa com o passar do tempo e somente com a vontade de aproveitar cada pequeno segundo dele.

Abro o chuveiro, as gotas que caiam em meu rosto pareciam me afogar, e lentamente elas deslizavam por minhas costas. Quero sentir cada gota, pingo por pingo, escorrendo por todo meu corpo e deixar tudo de ruim descer pelo ralo. Apagar a queimação que se instalava em meu peito todos os dias e lembrar do toque dele, de seu olhar e de sua boca ao me explorar por completo.

Num pequeno minuto, vejo eu e ele debaixo do chuveiro quente numa tentativa de relaxar cada pequeno pedaço do nossos corpos. Eu o sentia ensaboar meu corpo com a pequena esponja, enquanto as gotas deslizavam entre minhas coxas, lambia seu pescoço e seguia para a curva do meu quadril. Acaricia o seu rosto, e por fim, beija a curva dos meus seios.

O nosso sabonete era de lavanda, e enquanto nossos corpos molhados estavam juntos, Malfoy insistia em sussurrar contra meu pescoço que aquele era o meu cheiro.

Mas, debaixo daquele mesmo chuveiro, sentindo as gotas invadirem meus espaços de forma quase instantânea, eu vi o semblante dele se fechar em dor. O loiro espremeu os olhos, soltando um suspiro fundo e desviando sua atenção para algum ponto longe do meu olhar. Ali, sentindo nossos corpos colados, percebi a veia em seu pescoço saltar e a marca em seu braço esquerdo queimar como brasa.

— Ele deseja se encontrar comigo, Makayla.

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