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Prophecy - | Draco Malfoy |

Bufei ao sentir London me cutucar mais uma vez

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Bufei ao sentir London me cutucar mais uma vez. A garota de cabelos negros, infelizmente, era minha parceira na aula de astrologia. A professora Sinistra discursava sobre Andrômeda, algo relacionado ao seu potencial canibal.

— Você deveria prestar mais atenção nas aulas, Makayla. - revirei os olhos, voltando minha atenção para ela. — Pelas barbas de Merlin, você se distrai o tempo todo, isso quando resolve vir as aulas.

— Eu estou entediada. - grunhi, pendendo a cabeça para o lado e fazendo biquinho. — Preferia ter aulas de feitiços com o Filius. Não que não goste da Sinistra, mas odeio precisar lidar com livros ou qualquer outra coisa que não envolva contato direto com a magia.

— Faltam apenas 30 minutos, pare de reclamar. - me puxou pelo braço, endireitando minha postura na cadeira e rindo em seguida. — E não reclame, você pôde ficar dois dias fugindo das aulas, isso quando não te chamam para encontrar com Dumbledore.

— Talvez eu devesse sofrer outro acidente, um que me desse folga de pelo menos 1 semana. - Longbottom me repreendeu com o olhar, neguei com a cabeça risonha. — Pare de me encarar como se estivesse me acusando de alguma coisa.

— Não estou. - ergueu os braços em sinal de rendição. Checou Sinistra, que estava dizendo algo para os alunos da Lufa-Lufa. — Você deve gostar de se machucar, afinal, o Malfoy fica na sua cola.

A repreendi com o olhar, mas a morena apenas desatou a rir e chamar um pouco de atenção para nossa mesa. Cutuquei sua costela com o cotovelo, indicando que a professora caminhava em nossa direção com a expressão fechada.

Aurora Sinistra era muito bonita, na verdade. Alta, com cabelos e olhos escuros. Ela tinha um rosto ligeiramente circular com ossos da face e proeminente. Seu nariz era afilado, a pele negra fazia um belo contraste com suas roupas douradas.

— Posso saber o porque de tantas risadas, garotas? - mesmo que ela estivesse incomodada conosco, sua voz ainda era calorosa. London prontamente se calou e eu, pela segunda vez em apenas alguns minutos, revirei meus olhos.

— Era apenas uma piada interna, professora. - assegurei, deixando com que meu tronco deslizasse na cadeira. — Me desculpe se a incomodamos.

— Mas se podem lembrar de piadas em minha aula, provavelmente devem ter grandes conhecimentos a cerca de Andrômeda. - fitei seus olhos, aquilo seria divertido. Cruzei os braços na altura do peito, indicando com a cabeça para que ela prosseguisse. — A que distância estamos dela?

— 2,54 milhões de anos-luz, aproximadamente. E se caso me permitir acrescentar mais algumas coisas. - pedi. A mulher assentiu, cruzando suas mãos em frente ao corpo. — A nomearam devido a proximidade da Constelação de Andrômeda, cujo termo oriunda da princesa da mitologia, Andrômeda, filha de Cefeu. Um dos astros mais brilhantes e chamativos, com uma magnitude aparente de 3,4 registrado por Charles Messier, um astrônomo francês. - me silencie por alguns segundos, sentindo o olhar de todos os alunos queimarem sobre mim. — Possui um diâmetro de 180 a 220 mil anos-luz. Podemos caracterizar o seu corpo celeste, como a estrutura espiral e os conglomerados abertos, a poeira interestelar, entre outras coisas. - suspirei, sorrindo ladino para ela. — Caso a senhora deseje, eu posso continuar.

— Não vai ser preciso, senhorita Merlin. - debochou, ela deixava evidente o quanto seu sorriso era forçado. — Obrigada por compartilhar seu conhecimento com a turma. Irei acrescentar mais 20 pontos para a Sonserina, no entanto, descontarei 5 pela conversa paralela durante a aula.

Alguns alunos de minha casa comemoraram, mas me atentei apenas a London, que estava com seus olhos focados em mim. Ela me fitava boquiaberta e eu fui forçada a rir de sua expressão surpresa.

— Você me disse a menos de 10 minutos que odiava mexer com livros, como consegue saber tudo isso? - apenas dei de ombros, batucando as unhas sobre a mesa de madeira.

— Eu odeio, mas isso não significa que não estudo. - ela ainda me encarava em choque, bufei. — Você vai começar a me assustar se não parar com esse olhar, Longbottom.

— Agora eu entendo o porque de Hermione te odiar tanto. - a voz estava quase como em um sussurro. Os olhos brilhavam, a garota sentia como se tivesse acabado de desvendar o maior enigma do mundo. — Ela se sente ameaçada por você. Makayla, você herdou todo conhecimento do seu avô, pode roubar dela o posto de melhor aluna de Hogwarts.

— Talvez seja verdade. - cogitei a ideia por alguns minutos, mas logo a dispensei. Eu não tinha tempo para competir com uma grifana, mesmo que adorasse a ideia de a irritar. — Mas acho pouco para mim. Daqui alguns anos, nunca vão se lembrar de quem foi a mais inteligente da turma. - suspirei, observando alguns alunos guardarem seus materiais. — As pessoas se lembram de quem mudou o destino, London. Quero ser reconhecida por algo maior do que apenas ler um livro e recitar tudo em sala de aula.

— Ambiciosa, eu gosto. - sorriu, entrelaçando seu braço no meu. — Agora vejo o porque de terem selecionado você para a Sonserina.

— Então isso significa que antes você duvidava que meu lugar era aqui? - apontei para o selo em minha capa. Fingi estar ofendida por alguns segundos, mas perdi a pose.

— Posso ser sincera? - arqueou a sobrancelha. Assenti, a puxando em direção a sala do professor Binns. — Todas as casas queriam você por ser descendente de Merlin. Existiam grandes chances de ser escolhida para o mesmo lugar que seu avô. Mas, por um momento, eu pensei que te colocariam na Gryffindor.

— Me senti ofendida. - pus a mão no peito, fazendo um pouco de drama. — Por que Gryffindor?

— Porque foi o mesmo discurso feito para o Potter no 1° ano. Ele se sairia bem em todas as casas, e Harry quase foi colocado como membro da Sonserina. Mas alguns boatos dizem que ele sussurrou, pedindo para não ficar conosco por causa de Você-Sabe-Quem. - revirou os olhos, tomando seu lugar novamente ao meu lado. — Então tinham grandes chances do mesmo acontecer com você, graças a Merlin foi diferente.

— Não acho que me encaixaria em Gryffindor. - fiz uma careta. — Acho que todas são boas casas, mas eles são humildes e bonzinhos demais.

— Você consegue ser bem bondosa com o Draco. - revirei os olhos, grunhindo para a garota. — Basta assumir que rola alguma coisa entre vocês, que eu paro.

— Não rola nada entre mim e o Malfoy, London. - assegurei, mesmo sabendo que não era completamente verdade. — De onde você tirou esse ideia mesmo? Pelas barbas de Merlin, tenho medo de você nos enfeitiçar ou algo do tipo.

— Eu estava mesmo cogitando fazer uma poção do amor para vocês dois, mas não acho que vai ser preciso. - sorriu grande, apoiando o rosto em uma das mãos. — Ele parece estar apaixonado o suficiente sem precisar da minha ajuda.

— O que te faz pensar que o Draco pode estar apaixonado por mim? - debochei, retirando o livro de magia da minha bolsa.

— Ele não faz questão de esconder, Makayla. - bufou, apontando para algo que estava a poucos metros de distância da nossa mesa. — O jeito como te olha acaba entregando tudo.

Virei meu corpo lentamente, me deparando com aquele par de olhos cinzas focados em mim. Ele estava um pouco distante, sentando ao lado de Vicente, mas sorriu pequeno para mim quando percebeu que eu o fitava de volta.

— Agora tente negar o sorriso no seu rosto. - sussurrou a menor em meu ouvido. — Ainda tem muito o que acontecer entre vocês, Makayla.

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