𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗

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- Paul vai nos encontrar aqui – Louis disse afastando o celular do ouvido e o guardando no bolso interno do blazer grafite.

Haviamos acabado de nos sentar em frente ao balcão de um pub bastante movimentado, e o barman deixava em nossa frente dois copos de cerveja. O ambiente tinha uma decoração rustica, luzes baixas e amareladas, pessoas jovens conversando em meio a risadas altas com músicas clássicas dos anos 80 tocando ao fundo.

- Você não pareceu lidar muito bem com a situação de hoje – Interrompi minha fala dando um gole na cerveja – Não tinha me dito que sabia se cuidar? – Provoquei, arqueando as sobrancelhas.

- Não precisei – Ele respondeu simples – Você parece muito interessado em fazer isso por mim – Ironizou, também bebendo de seu copo.

- Na verdade, foi por conta do reflexo, você sabe – Disse dando os ombros, fingindo despreocupação – Força do hábito, eu acho.

- Então é com isso que trabalha? Você salva pessoas? – Ele questionou num tom casual, me fazendo o fitar sério e um pouco curioso sobre sua pergunta.

- Não – Respondi simples – Quer tanto saber? – Perguntei, me lembrando que ele vez ou outra procurava tocar no assunto em nossas conversas.

- Tanto não, mas estou curioso sobre isso, pra ser sincero – Ele disse em seu tom irônico e firme.

- Vou te dar mais uma chance então – Disse após um gole no álcool – Com o quê você acha que eu trabalho Louis?

- Você disse que não tem um chefe e não salva pessoas – Ele levantou o olhar, parecendo tentar se lembrar de todas as informações – Está sempre de terno, bem apresentável... – Eu levava o copo até a boca, me divertindo e intrigado para onde aquilo iria levar – Levando em conta os lugares que nos encontramos, você ter vindo até Londres e se hospedado no St. Pancras... – Seus olhos voltaram a me fitar – Você é algum tipo de prostituto Styles?

Ao ouvir sua suposição acabei tossindo de leve com o líquido em minha garganta, rindo um pouco da conclusão do homem e balançando a cabeça, enquanto ele continuava com seu olhar atento em meu rosto, parecendo analisar minha reação.

- Se eu trabalhasse nesse ramo, não teria transado com você de graça – Respondi me recompondo, erguendo as sobrancelhas para ele, com uma curva no canto dos lábios.

- E eu só teria pago se fosse eu quem tivesse fodido você – Ele retrucou, bebendo mais uma vez, enquanto eu o fitava um pouco surpreso.

- Talvez não precise pagar por isso – Falei num tom sugestivo, fitando os lábios finos e molhados de Louis, imaginando que as próximas vezes poderiam ser mais interessantes.

Se eu não precisasse matá-lo, claro.

Ele deu um sorriso pequeno e malicioso, ficando em silêncio por alguns instantes, com seus olhos azuis correndo pelo meu corpo alto e magro sentado sobre o banco alto, em frente aquele balcão.

- Com o que você trabalha Styles? – Perguntou num tom baixo, voltando ao assunto anterior.

Não teria mais como fugir dessa conversa, eu teria que dizer à ele ou a verdade, ou uma grande mentira. Talvez estivesse tudo bem eu mentir para ele nesse momento, se caso eu conseguisse executar meu serviço no dia seguinte, seria a perfeito, se não fosse o fato dele ser um filho da puta gostoso e agora, como eu suspeitava, viciante como uma droga.

- Senhor Tomlinson – A voz grave chamou atrás de nós, nos fazendo virar os corpos levemente para trás e ver Paul, parado com as mãos juntas a frente do corpo.

- Boa noite Paul – Ele respondeu simples – Sei que havia te prometido folga, mas você sabe... aconteceu de novo – Ele explicou e o homem continuava sério.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde as histórias ganham vida. Descobre agora