𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐗𝐗𝐈𝐈

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//Demorei mas cheguei, me desculpem pelo atraso!

Esse capítulo vai citar alguns temas sensíveis, como depressão, suicídio e alcoolismo. Lembrem-se sempre que se tratam de personagens inteiramente fictícios e a mente do personagem que narra é fraca e cheia de traumas. 

Por favor não se esqueçam de votar nos capítulos e comentar bastante! Boa leitura!//

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- Vai deixar mancha? – Tomlinson perguntou a senhora que passava um esfregador no chão cheirando a produtos de limpeza fortes.

- Ainda não sei dizer senhor – Ele respondeu fraco, mesmo que seus braços fizessem força.

O corpo do homem tinha sido levado dali há alguns minutos, nenhum de nós dois o reconhecemos, mas supomos que fosse enviado por Malik, obviamente.

Agora, eu e Louis estávamos devidamente vestidos novamente, caminhando pela enorme sala da casa, em direção a área externa, onde a piscina era iluminada por led's azuis e a brisa era refrescante.

Tomlinson acendeu um cigarro branco e levou aos lábios, o acendendo com um isqueiro que pegou no meio do caminho até ali, de cima da mesa de centro.

- Quer um? – Perguntou após tragar a fumaça pela primeira vez e com os olhos fixos a sua frente.

- Prefiro um copo de whisky – Falei de forma sincera, colocando as mãos dentro dos bolsos da calça.

Havia passado tempo suficiente para o efeito do êxtase deixar nossos corpos. Toda a euforia e boas sensações haviam passado e a queda dos hormônios me deixava um tanto... desanimado.

Eu estava sem energia e sentia que precisava de um gole de álcool para me senti um pouco mais leve. A cabeça e o corpo pesavam, e pensamentos ruins me cercavam. Pensamentos que vinham sempre que eu passava um longo período de tempo sobreo, que geralmente eu mantenho afastados me ocupando, matando pessoas, pensando em estratégias para isso, ou no caso, fodendo com Louis Tomlinson, evitando pensar em certas coisas.

Evitando pensar em quantas vidas inocentes eu tirei quando ainda seguia o que Wright mandava. Evitando me lembrar da sensação de ter pessoas encostando no meu corpo como se fosse um pedaço de carne, sim, "pessoas" no plural. Evitando me lembrar da cena de Payne ensanguentado no chão, ou de todas as vezes que vi Wright ou seus homens serem violentos com Horan. Ou quando eram violentos comigo.

Também tentava manter longe aquela certeza que vivia em meu subconsciente, que me afirmava sempre que minha existência era insignificante aqui. Eu era sujo, era podre, não acrescentava em nada, minha personalidade é desprezível, tanto que nem mesmo quem me deu à luz quis conviver comigo. Eu evitava ser morto, mas as coisas sempre pareciam mais fáceis se eu de fato deixasse de viver.

No fundo, sabia que me faltava coragem, pois eu mesmo teria de fazer isso. Não poderia deixar que ninguém fizesse por mim, e ainda sim, logo eu que sou conhecido por ser capaz de matar qualquer ser vivo que um dia pisou nesse planeta, sou incapaz de tirar minha própria vida.

Aos quinze, passei uma semana em completo choque após precisar atirar na esposa grávida de um homem que tinha se envolvido com Wright por pura inocência. Ele nunca imaginou que alguém poderia ser tão cruel quanto aquele homem, nem que um garoto como eu, seria capaz de tirar a vida de sua própria esposa e filho em sua frente. Mas eu fiz aquilo.

Tentei me convencer que o culpado era Wright, que eu não tive escolha, mas ainda que não tivesse de fato uma escolha, foram meus dedos que afundaram naquele gatilho. Eu fui culpado. Eu matei aquela mulher.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Where stories live. Discover now