𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐗𝐋𝐈𝐈𝐈

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- Quê? – A voz sonolenta e grave de Horan soou no outro lado da linha.

- Horan, preciso de informações – Falei frenético, de pé em meu apartamento, dando passos de um lado para o outro.

- Mas que porra, Harry! – Horan pareceu irritado, ainda sonolento – Sabe que horas são?

Me dei conta que não tinha sequer checado as horas. Desviei os olhos até o relógio digital na mesa de centro da sala e vi que marcava quatro e seis da madrugada.

- Não importa – Falei rapidamente – É urgente, Louis sumiu, precisa de mim.

- Wow – Agora ele parecia bem acordado – O que eu perdi?

- Nada demais – Falei um pouco impaciente – Acho que Malik o pegou, preciso que descubra seu paradeiro – fui direto ao ponto, sem tempo para dar abertura às gracinhas que sabia que ele faria se lhe desse a chance.

- Vou ver o que consigo – Ele respondeu mais sério dessa vez.

- Rápido Niall – Pedi, ainda que meu tom fazia soar como uma ordem.

- Como se não me conhecesse – Ele respondeu num tom convencido e a ligação se encerrou.

Agradeci mentalmente por não ter precisado enfrentar a sessão piadas sem graça de Horan naquele momento, sabendo que ela aconteceria mais tarde de qualquer forma, depois que tudo isso passasse talvez.

E então fui me trocar, pensando que assim que tivesse as informações, partiria para ação. Conheço Malik o suficiente para saber que ele não costuma se delongar em suas vontades, e o que é para ser feito, é feito rápido.

Um arrepio involuntário correu pelo meu corpo em pensar que ele poderia já ter conseguido o que queria àquela altura, mas preferi não acreditar nisso. Eu saberia, se fosse assim.

Abri então o meu armário de armas, que ficava no cômodo ao lado de meu quarto, e as fitei, procurando me decidir qual delas usar. Eu precisaria primeiro das respostas de Horan, para saber em qual cenário eu estaria afinal. E então, ali estava ela. A Taurus PT92 de calibre 9 por 19 milimetros, uma das minhas melhores pistolas, a que escolhi para matá-lo, quando tive a chance.

A segurei em mãos, sentindo o metal e o peso, passando o dedo sobre o gatilho da arma descarregada, me lembrando do exato segundo em que ele me confrontou.

"Atira"

A sua voz era tão clara e alta em minha memória, que se estivéssemos no mesmo local, eu teria certeza de que era ele mesmo repetindo aquilo.

Se eu tivesse apertado o gatilho naquele momento, nada do que veio depois teria acontecido. Louis Tomlinson seria apenas mais um nome que eu teria escrito no meu currículo, na lista de trabalhos feitos.

Pensar em tal possibilidade me deixava com náuseas. Afastei os pensamentos, guardei a pistola no seu lugar de origem e afastei a voz dele de minha mente.

**

A ligação que recebi de Horan, exatas três horas depois, não foi das melhores.

Ele não havia encontrado nada. Nenhum sinal de Louis nem de Malik, e isso me preocupava mais do que caso ele tivesse encontrado. Tudo que Niall conseguira, era o telefone do falsificador que tinha feito a documentação falsa que Tomlinson deixou para mim, e descoberto que ele havia feito a encomenda por telefone, as 4 da manhã daquela mesma madrugada.

Pedi que Horan continuasse a busca, e então decidi ligar para o homem que prestou os serviços.

- Fala – A voz grave e ríspida soou do outro lado da linha.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Where stories live. Discover now