𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐈𝐗

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- Quando volta para Nova Iorque Styles? – Ele perguntou, ainda de costas para mim, abotoando sua camisa, usando além dela, apenas a boxer, deixando suas coxas expostas.

Eu o observava se vestir sentado na beira do colchão, só com a boxer, os braços apoiados sobre os joelhos e o corpo inclinado para frente, analisando como a camisa larga não conseguia esconder a curva de seus quadris e como suas pernas eram torneadas.

- Não sei – Respondi simples – Não parei pra pensar nisso ainda – Ele então se virou, agarrando a calça no chão e a vestindo pelas pernas.

- Não tem obrigações lá? – Ele perguntou passando a calça pelos quadris e então levantou os olhos azuis até mim – Um chefe babaca que vai descontar os dias fora do seu salário?

Ele ergueu as sobrancelhas enquanto fechava a calça e eu deixei uma risada breve e seca escapar, balançando a cabeça e a deixando cair para frente. Em seguida a ergui novamente, passando a língua sobre meus lábios para umedece-los, observando Louis enquanto ele ajeitava o tecido da camisa para dentro da calça.

- Eu não tenho chefe Louis – Falei sério e ele finalmente voltou a me encarar, parecendo um pouco surpreso, caminhando até mim.

Meus olhos não se desgrudavam da sua imagem, e a cada vez que ele estava mais próximo, erguia meu corpo. Ele apoiou as mãos sobre meus ombros e passou uma perna a cada lado, apoiando os joelhos dobrados na cama e se sentando em meu colo, de frente pra mim. Inclinou seu rosto pra frente e levou os lábios finos até os meus, deslizando num movimento muito lento e macio, enquanto eu fechava meus olhos e minhas mãos desciam ate sua bunda.

- Não tem? – Ele perguntou num tom baixo e rouco, afastando devagar do beijo e com as mãos acariciando a pele do meu ombro até o peito, me fitou com um olhar falsamente inocente.

- Não, eu trabalho sozinho – Disse baixo, permitindo que meus olhos descessem para fitar seu corpo em minha frente por inteiro, voltando a encarar a íris azulada.

Nossos lábios se encontraram novamente, um sobre o outro, vagarosamente e molhados, enquanto meus dedos apertavam por cima do tecido da calça dele, e com os movimentos das nossas bocas, que pareciam minuciosamente detalhados, meu corpo voltava a se arrepiar.

Eu poderia ficar o resto da noite ali, beijando aquele grande filho da puta gostoso pra caralho que era Louis Tomlinson. Mas é claro que não foi o que aconteceu, com certa relutância ele se levantou alguns instantes depois, acariciando meu queixo com a ponta do dedão e do indicador e vestindo o blazer, para então se despedir e deixar o quarto do hotel.

E bom, agora eu deveria aproveitar que ele estava sozinho, ir atrás dele e matá-lo? Ou esperar alguns dias e então o fazer?

Afinal, o tempo estava passando, e agora eu tinha apenas duas semanas para terminar o serviço o qual me fora designado.

Passei as duas mãos pelo rosto, ainda sentado na cama, olhando para o lado e em seguida, bufando, tentando pensar em qual seria meu próximo passo, até ver, em couro preto, a certeira dele jogada no carpete.

"Droga"

Me levantei rapidamente, vestindo minha calça e camisa sociais, deixando para trás o blazer, calcei os sapatos e agarrei a carteira no chão, deixando o quarto e saindo pelo corredor, em direção ao elevador.

Cheguei no térreo e saí a passos apressados pelo saguão, indo em direção a porta, o vendo sair por ela.

- Tomlinson! – Chamei já na rua, sentindo o vento frio e úmido da cidade vir ao meu encontro, enquanto ele, já próximo ao seu carro, virava o rosto para trás.

𝐓𝐚𝐬𝐭𝐞𝐝 𝐋𝐢𝐤𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 | 𝐥.𝐬Onde as histórias ganham vida. Descobre agora