|| 32. K E N D R A ||

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Alguns dias depois

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Alguns dias depois...

— VINCENT, DESLIGA ESSA PORCARIA DE ALARME! – Esbravejo, colocando o travesseiro sobre a cabeça, com meu péssimo humor matinal, ainda mais em pleno sábado, sendo acordada pelo barulho estridente do celular do Vincent, tocando sem parar.

— Está na hora de levantar, Ken. – Levanto a ponta do travesseiro e o encontro tomando uma xícara fumegante de café, ao lado da minha cama.

— Eu te odeio, McGregor. – Reclamo, jogando o travesseiro para o lado, sento-me sobre a cama e o encaro, furiosa.

Talvez seja pelo fato da minha TPM estar me matando, fazendo com que nem eu mesma me suporte.

Juro que não entendo como ele continua aqui, calmo e sereno, sem arquitetar nenhum plano para me deportar para bem longe.

Essa semana foi de longe a pior de todos os tempos!

Cólicas, seguidas de enjoos, fortes dores de cabeça, vômitos e um mau humor tenebroso, devo dizer que Vincent tem sobrevivido com sucesso a esses dias. Quando sinto dor ele pega o remédio, que ele mesmo comprou, cobriu a minha falta no treino duas vezes só essa semana, além de me alimentar como ninguém. Cumprindo com a maestria a promessa que fez de me proteger.

Mas com toda certeza tem feito muito mais do que isso.

Preciso encontrar o momento certo para dizer a ele como me sinto, em relação a nós dois e quem sou de verdade.

— Escove os dentes e volta aqui para o tomarmos café da manhã. Vamos sair daqui a pouco.

Arqueio a sobrancelha, lançando um olhar matador a ele.

— Não quero sair. Quem te iludiu? – Cruzo os braços na altura do peito e ele sorri deliberadamente de volta.

— Não irei agarrá-lo as escondidas, fique tranquilo. Apenas quero que venha comigo a um lugar.

— Não tenho medo que me agarre, McGregor. Apenas estou sem ânimo para sair.

Encosto a cabeça na parede atrás de mim e bufo irritada.

Ouço sua risadinha baixa e já me preparo para lançar o meu travesseiro sobre ele.

— Na volta passamos na lanchonete e compro aquele bolo de chocolate com rapas de chocolate branco que você tanto ama. – Olho para ele, duvidosa.

— Vou querer uma xícara de chocolate quente também, a borda com nutella! – Tomo cuidado ao descer da cama e confiro se não deixei rastros nos lençóis e só então sigo para o banheiro.

(...)

— Não quero mais andar, Vince. – Reclamo, pela décima terceira vez.

— Eu falei que te carregaria, mas você não quis, esqueceu? – Debocha, soco seu ombro e ele ri alto, atraindo a atenção a nossa volta.

Minha Garota [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now