Minha Garota [CONCLUÍDA]

|| 27. K E N D R A ||

|| 27. K E N D R A ||

"...Você segurou minha mão, você me mostrou como
Você me prometeu que estaria por perto..."

Who Knew – Pink

— Preciso que me ajudem a encontrar uma forma de fazer com que o Vincent consiga reconhecer quem for jogar com ele durante a partida. – Falo de uma só vez.

Abby e Kristian me encaram sem entender nada.

Os convoquei para me encontrarem na lanchonete, alegando que precisava conversar com eles.

Minha melhor amiga coloca o canudo entre os lábios e suga um pouco do seu suco, e dá de ombros, já ciente da história, ao contrário do meu irmão, que continua alheio a tudo.

Explico a ele somente o necessário e aguardo eles começarem a dar sugestões do que posso fazer para ajudar o Vincent.

Após quase duas horas de conversa, debates e muitas ideias, e a melhor entre todas as que já eram boas, foi a de um broche para cada um dos três jogadores. Com cores fortes que facilmente serão vistas por ele.

O que me deu uma brilhante ideia.

Me despeço dos dois e corro de volta para o dormitório, sem dar explicação do por que estava saindo feito uma foragida, simplesmente não posso deixar essa ideia passar.

Abro a porta e entro às pressas, abro minha gaveta e tiro de dentro dela um pequeno saco com fitas de cores sortidas que trouxe junto comigo do meu antigo apartamento.

Ponderei a ideia do broche, mas acabei percebendo que pode parecer feminino demais. Logo, amarrar as fitas de cores diferentes no pulso o ajudará a identificar mais rápido os jogadores do seu time.

Guardo o saco com as fitas dentro da minha mochila e desabo sobre sua cama, justo na hora em que Vincent entra.

— Virou albergue a minha cama, agora? – Ironiza, em tom de brincadeira.

Levanto-me rapidamente e subo para a minha, logo acima da sua.

— Ridículo. Só estava descansando sobre os seus lençóis de seda, antes que vossa senhoria, mal-humorada chegasse. – Debocho, deitando de lado, com a mão apoiada sobre a nuca, o encarando com um sorriso sapeca nos lábios.

— Rá, rá, rá. Engoliu um palhaço hoje, Reed? Não te cansei o suficiente ontem? – Joga a mochila no chão ao lado da cama e sobe os degraus do meu beliche, sentando-se aos meus pés.

— Não posso ficar feliz, é proibido?

— Tem uma língua bastante afiada, não desconfia?

Mostro a língua para ele, rindo baixinho.

— Está todo sorridente, de bom humor, não me xingou... acho que preciso fazer você me odiar um pouco, o que me diz? Esteja as 7h da manhã no ringue. Já convoquei o Dylan para estar lá também. – Ele não me espera responder, apenas desce indo em direção ao banheiro.

— Dylan? Por que ele?

— Ao contrário de você que esteve vendo o passarinho verde por aí, eu estou vindo de uma reunião com a treinadora, onde ela disse que os rapazes escolheram você, o Dylan e eu para jogarmos na partida de três contra três e o Peter como goleiro. – Responde mal-humorado.

Como sempre.

Estou tão focada no que ele disse sobre eu ter sido uma das escolhidas que não dou nem bola para o seu típico jeito ranzinza de ser, exclusivamente comigo. Apenas consigo pensar em uma coisa...