5. K E N D R A
— Ken, abre a porta para mim, por favor! – Abby grita do banheiro.
Deixo meu livro sobre a cama e me apresso em ir até a porta de entrada, os pais dela saíram para ir a lanchonete e por nosso dia de folga, acabamos ficando na cama até mais tarde.
Até alguém resolver madrugar ali batendo.
— Já vai!
Apoio-me na porta e meus olhos arregalam-se quando veem quem está parado a minha rente, com uma cara de poucos amigos.
— Kris...
— Você pode por favor me dizer o que houve com o seu quarto? Por qual motivo você simplesmente não me disse que suas coisas tinham pegado fogo?! – Indaga furioso.
Ele entra cuspindo fogo e eu fecho a porta indo até a ele.
— Kris, eu não quis te preocupar. – Sento-me ao seu lado.
Seus olhos cor de mel como os meu me encaram aflitos e percebo o quanto fui boba em não contar a ele, o meu irmão, meu único parente vivo, meu amigo, que as coisas desandaram para mim ontem.
— Não quis me preocupar? Se eu não te encontrasse aqui, iria chamar a maluca da Abby para te procurar por todos os hospitais dessa droga de cidade, Kendra! Como pode dizer que não queria me preocupar, criatura?!
— Ei, sem ofensas logo cedo, chérie. – Abby surge com uma toalha rosa enrolada nos cabelos, sabendo que Kris havia a chamado de maluca.
Esses dois não tem jeito.
— Prepare um café para mim, estou com fome. Discutir com a Ken me deixou faminto. – Kristian a pirraça, já sabendo sua resposta afiada e eu entendo que já estou desculpada, ele nunca fica com raiva de mim por mais de cinco minutos.
Ao contrário da sua situação com a minha melhor amiga.
Eles discutem feito cão e gato e eu apenas assisto a tudo de camarote, sabendo que em algum momento eles irão assumir esse relacionamento.
— Tenho escrito em minha testa "sua empregada", Reed? Você que não levante seu traseiro daí para ver se vou fazer alguma coisa. Por mim morrerá de fome. – Ela dá de ombros indo até a geladeira.
— Me desculpe por não ter te contado sobre ontem. – Observo ele voltar sua atenção para mim e um pequeno sorriso escapa de seus lábios.
Kristian me abraça e me traz para mais perto de si, apertando-me contra seu corpo musculoso.
— Está me sufocando, garoto! – Esbravejo e ele ri.
— É minha forma de te desculpar. Espero que não me esconda mais nada, tá me ouvindo? Estou longe demais para saber das notícias ruins por último, Ken. Se tivesse me dito ontem o que aconteceu, eu teria chegado o mais rápido que conseguisse, não teria deixado você vagar por aí sem rumo.
— Abby! – Levanto a voz e a chamo. — Sua fofoqueira!
Vem até nós com a maior cara de cínica que só ela tem.
— Fofoqueira? Eu? Apenas respondi ao irmão sem noção da minha amiga, sobre o paradeiro dela. – Rebate, fingida.
— Ela fez o que era certo, Ken. Posso estar a algumas horas de distância, mas não significa que me preocupo menos com você. – Ele afaga minhas mãos e sorri carinhosamente. — Agora vamos comer, por que eu realmente estou faminto.
Sorrio para ele e assinto.
Kristian vai para a cozinha e abre os armários e geladeira como se fosse o dono da casa, pois os Lavigne, ao contrário da filha, mesmo sabendo que Abby apenas implica com ele para pirraça-lo, assim como faz com ela, simpatizam-se muito com ele e lhe dão liberdade para sair e entrar de sua casa a hora que quiser, o casal nos tem como seus filhos.
YOU ARE READING
Minha Garota [CONCLUÍDA]
RomanceKendra Reed é uma aspirante a patinação artística, que luta bravamente para conquistar seu sonho, estudar na North University, a mesma universidade onde sua mãe se formou como patinadora, ela almeja seguir seus passos. O que ela não contava era com...