Capítulo vinte e um

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Um mês se passou depois da reunião de volta às aulas no internato. E, durante esse um mês, muita coisa aconteceu. A começar por Chiara e Lucca que não se falavam desde a festa. Chiara o evitava a todo custo — fosse na fila da cantina, no intervalo, ou até mesmo na sala de aula; a garota não queria contato com ele, não olhava para Lucca e, sempre que ele tentava se aproximar para conversar, era barrado por Sabrina e Dylan. Já Giordano passou o mês inteiro contra a sua vontade ao lado de Ash — ele até tentava fugir dela, mas não durava tanto tempo, já que a garota sempre o encontrava e continuava com as suas chantagens apenas para que ele andasse ao seu lado e todos pensassem que eles eram um casal. Lucca não queria ser o par de Ash, não queria que fosse considerado o "casal do momento", eles nem eram um casal. Ele estava saturado daquilo tudo, mas não podia sujar o nome da sua família, magoar a sua mãe... Por mais que ele quisesse muito pedir perdão a Chiara e explicar tudo, ele não podia.

Depois da festa, o relacionamento de Sabrina e Cameron não estava um dos melhores também. Ela ainda estava sentida por ter visto o loiro beijando uma menina e, para evitar sentir o que ela andava sentindo por ele, decidiu se afastar. De Luca não entendia o porquê do afastamento da garota e sempre que tentava puxar assunto ela respondia de maneira curta e grossa, ou até mesmo o dava um fora. Já Mia e Dylan não se falavam nem para trocar farpas desde então. Eles não sabiam como agir depois do beijo, Mia havia acabado de voltar a falar com Ivy e não queria perder sua amizade novamente, por isso, ambos decidiram esquecer um ao outro. Claro que isso não aconteceu, os dois continuavam pensando no outro e, dessa vez, com mais frequência, — até os sonhos se intensificaram — porém eles preferiram fingir para si mesmos que esqueceriam os sentimentos que tinham. Mia pediu desculpas a Leo por não ter dado atenção suficiente durante a reunião e, ao contrário do que ela pensava, ele foi muito compreensivo e disse que ela não precisava se desculpar. Leo e Mia começaram a passar mais tempos juntos e até conhecer a família de Biachi ela conheceu, mesmo que fosse contra a sua vontade. Quem gostou mesmo dessa aproximação foi o sr. Moretti que dava bastante apoio aos dois e dizia que, se eles começassem a namorar, era o primeiro a aceitar. Já Dylan, mesmo que não quisesse, passava os tempos livres com Ivy a enchendo de esperanças falsas. Ela gostava dele, se perguntava quando ele a pediria em namoro ou quando ele a beijaria logo, porém Lombardi só estava ao seu lado porque não podia se aproximar de Mia. Ele não gostava de ser sufocado por Ivy, odiava aquilo — até seus amigos perceberam que ele estava mais na dele e sem ânimo, totalmente diferente do que era quando havia entrado no Elite. Matteo e Jin o aconselharam de todas as formas, até mesmo Sabrina, Chiara e Nina, mas Dylan não os escutou. Ele era cabeça dura e, ser sufocado por Ivy era um preço a se pagar para esquecer-se de Mia.

Sobre Jin, Dylan o havia ajudado a jogar futebol e, agora, ele não era mais tão introvertido como antes. Claro, as vezes ele ficava um pouco recluso e Matteo o ajudava a se enturmar, mas era coisa dele mesmo. Já Martina e Nina estavam mais próximas do que nunca. Elas viviam saindo juntas e sempre estavam uma ao lado da outra durante os intervalos e horas livres. A ruiva admitia que estava sim sentindo algo a mais pela filha do diretor, porém nunca tentava algo a mais por não saber se Martina sentia o mesmo — seria muito vergonhoso para ela se tentasse roubar um beijo da morena ou confessar seus sentimentos e a garota dizer que não gostava do mesmo que ela. Por enquanto Nina estava feliz com a sua amizade com Martina e, para ela, aquilo era o suficiente.

Aquela era a última aula de Sexta-feira e, quanto mais os alunos olhavam ansiosos para o relógio, mais parecia que a hora não passaria. Marzio não parava de falar enquanto escrevia no quadro e, naquele momento, a maioria dos alunos nem prestavam mais atenção no que ele dizia.

— Então, sendo p(x) igual a x²... – o sinal interrompeu o professor e todos os alunos começaram a se levantar apressados. — Ei, ei, ei! Eu disse que vocês estavam liberados? Podem se sentar, eu não terminei.

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