Faziam-se cinco minutos que Heloisa estava parada em frente a máquina de doces e ainda não conseguia decidir qual escolheria para comer. Já estava se xingando por ser péssima em decisões e pronta para chutar a máquina quando Matteo se aproximou.
— Sabe, xingar a máquina não vai fazer com que ela libere os doces pra você. – brincou próximo ao seu ouvido e a garota virou-se assustada. Ao ver quem era, relaxou o corpo e cruzou os braços.
— Eu... Não estou xingando a máquina. Estou me xingando. – desviou o olhar para o chão e mordeu os lábios.
— É pior do que eu pensava então. – o ruivo riu ao cruzar os braços.
— Eu estou há minutos tentando escolher algo nessa droga de máquina, mas não consigo me decidir! Talvez eu seja péssima com escolhas. – cruzou os braços negando com a cabeça.
— Sabe, você não precisa ser tão dura consigo mesma. – Matteo colocou sua destra em seu ombro. — Escolhas ruins fazem parte do ser humano.
— É por isso que você continua sendo namorado da Fiona? – foi ácida em sua pergunta e o garoto bufou, logo abaixando o braço.
— Lola, por que você sempre menciona a Fiona nas nossas conversas? Será que você pode, pelo menos uma vez, não falar dela? – pediu de mãos juntas.
— Não, eu não consigo. – coçou a cabeça, bagunçando seu cabelo que estava preso em um coque. — Ela agora faz parte da sua vida, você a respira 24 horas por dia. Estou errada?
— Eu tô tentando recuperar o tempo perdido com vocês. Será que você pode me dar uma segunda chance? Eu quero fazer certo dessa vez. – Heloisa encarou fixamente os olhos verdes do garoto e suspirou.
— Olha, eu não aguento mais, tá legal? – jogou os braços no ar. — Eu finjo não me importar com você, mas eu não consigo te ver infeliz. O que adianta mudar o penteado e usar as roupas do momento se você não é o mesmo? – Matteo desviou o olhar por um segundo e não respondeu.
Depois de ter entregado o livro para Lola, ele até tentou uma nova reaproximação, mas parecia que a relação dos dois havia esfriado. Heloisa se segurava para não dizer algo relacionado a Fiona e Matteo se segurava para não elogiá-la, – fosse pela sua roupa exagerada, ou pelo cabelo bagunçado que já era sua marca registrada – mas agora, escutá-la dizer aquilo, o fazia sentir-se culpado.
— Eu sinto muito se me afastei de vocês por causa da Fiona, eu nunca quis isso. Realmente, os meus quinze minutos de fama encheram os meus olhos e eu gostava de verdade dela... Eu só continuei por causa disso. – Heloisa desviou o olhar para o chão. Matteo gostava de Fiona e, saber disso, causava uma sensação estranha nela.
— Sabe, você devia voltar para a Fiona. Ela deve estar, sei lá, terminando de fazer a programação de vocês. – deu levemente de ombros e Petrini negou com a cabeça.
— Você quer mesmo que eu volte pra ela? – Matteo engoliu a própria saliva.
— Eu só quero que você seja feliz. – riu fraco. — Me diz o que faria você feliz.
Os dois se encararam por alguns minutos em silêncio e Rossi já estava pronta para ir embora quando Matteo a puxou pela cintura. Não deu tempo de pensar em nada, a boca dos dois já estavam coladas e Heloisa se assustou com aquele ato repentino. O beijo não durou muito, foi menos de um minuto, mas foi o suficiente para deixar a loira desconcertada.
— Nós... N-não... – empurrou fortemente o ruivo para trás e ele sorriu de canto, esperando que ela formulasse uma frase. — Isso não aconteceu! – saiu batendo o pé e Matteo coçou a cabeça, ainda sorrindo.
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Elite
Teen FictionElite. O internato mais requisitado na grande Verona, onde apenas os filhos de pessoas famosas ou de grande influência estudavam, além de alguns bolsistas. No ultimo ano de alguns alunos, novos entram no colégio para mudar completamente o conceito q...