Capítulo trinta e sete

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A semana passou voando, dando início às provas do final do semestre e, depois de três provas seguidas, finalmente o intervalo havia chegado. Aproveitando o momento, Dylan foi correndo até a lanchonete e viu Heloisa sentada em uma das cadeiras enquanto mexia em seu celular.

— Achei que o seu castigo era ficar na lanchonete com a Pietra e a Sabrina, e não mexendo no celular. – sentou-se de frente para a loira que revirou os olhos ao vê-lo enquanto abaixava as pernas que estavam em cima da cadeira.

— A Pietra me deu um tempo livre. – o encarou de cara feia. — E o que você está fazendo aqui falando comigo? – arqueou uma de suas sobrancelhas.

— Eu quero te conhecer melhor. A sua família não é muito de estar na mídia, então... Não sei muito sobre você.

— A sua também não e nem por isso eu quero te conhecer melhor. – revirou os olhos e Dylan bufou. Heloisa conseguia ser pior que Sabrina; ele não sabia se ela daria abertura para eles conversarem.

— Olha só Lola, eu só tô tentando ser simpático, tá legal? – o mais velho ficou sério e, quando Heloisa estava pronta para retrucar, Lombardi a cortou. — Eu sei que você não quer, ou pediu nada pra ninguém. Mas tenta ser um pouquinho receptiva só por um segundo. Te garanto que se você for um pouco legal, o último semestre aqui não será um completo inferno.

— Tá legal. – a loira se deu por vencida e relaxou os ombros. — Só não me faça uma entrevista de emprego porque eu não tenho paciência pra isso. – colocou seu celular em cima da mesa e Dylan sorriu de canto.

— Ouvi falar que você estava morando nos Estados Unidos. Como é lá?

— Legal. Eu morava em Los Angeles, então eu sempre tinha algo pra fazer. – deu de ombros. — Uma pena que meus pais nunca tivessem tempo pra mim.

— Eu soube também do divórcio deles. Deve ter sido difícil pra você ter que passar por isso... – o moreno passou sua destra na nuca.

— Na verdade... Eu me senti deixada de lado. – a loira desviou seu olhar para a mesa. — Eu não podia opinar sobre nada do divórcio e, depois dele, eles ainda decidiram me trancar aqui enquanto saem em turnê por aí.

— Os seus pais são músicos, né?! – Lombardi aproximou seu corpo da mesa. — Eu gosto das músicas do seu pai e minha mãe da sua. – Heloisa riu ao olhar para o mais velho.

— Ter uma mãe indie e um pai rockeiro é a coisa mais bizarra do mundo. – os dois riram. — Os dois são totalmente diferentes um do outro e me fizeram achar por um tempo que realmente os opostos se atraem... Apesar de ter mais o estilo do meu pai e ser mais apegada a ele, eu também tenho um pouco o estilo de vida minha mãe. Ela foi a primeira que me viu fumando e perguntou se podia fumar comigo. – os olhos de Rossi brilhavam ao falar dos seus pais. Ela gostava muito deles, gostava dos momentos que eles passavam antes do divórcio. Heloisa só queria que o término não fosse real.

— Eu te entendo. Eu sou mais apegado à minha mãe do que ao meu pai, mas também gosto dele. Ele não ficou feliz quando me viu bêbado pela primeira vez, ou quando me viu fumando... Mas, ele é um bom pai. – a garota riu ao encarar Dylan novamente. — Quando eles se divorciaram eu também fiquei chateado no começo, mas o divórcio no final foi bom. Os dois estão bem melhores agora, sabe? A minha mãe tem um namorado legal, o meu pai pode se dedicar no que ele mais ama, que é o trabalho... Eu estou feliz por eles.

— Mas, você não mora com a sua mãe. Eu vejo no seu Instagram quando você viaja pra visitar ela.

— Eu passei um ano estudando na Bélgica. Eu só pude vir nas férias e fiquei cada semana na casa de um. Quando eu voltei, eu achei que seria o mesmo, mas muita coisa mudou. A minha mãe não mora em Verona, o meu pai sim. – sorriu. — Por mais que eu prefira a minha mãe, é aqui onde os meus amigos estão e a minha namorada. Eu não quero ir embora daqui.

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