The Power Of Tequila Part 2

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Camila's POV

Oh, droga, droga, droga!

Eu estava parada, com as mãos encostadas na pia e me olhando fixamente no espelho com cara de assustada. Que merda eu tinha feito? Oh, sim. Eu havia resolvido dançar exageradamente na frente de uma boate inteira. E o pior. Eu havia feito isso para Lauren. Feito isso com Lauren.

Ela simplesmente havia me irritado tanto... Quem era ela para controlar o que eu fazia ou deixava de fazer, afinal? Só o que eu sei é que a raiva foi tanta que eu agi sem pensar. Eu queria puni-la. Deixá-la com ciúmes, como eu fizera daquela vez na sala de treinamento. Fazê-la me querer e não me ter, só para que ela sofresse um pouquinho.

Céus, eu devia parar beber.

Se bem que eu não me sentia totalmente bêbada. Estava sóbria o suficiente para reconhecer que me sentia um pouco bêbada, sim, por mais estranho que isso fosse. Mas ainda estava (relativamente) sob o controle do que fazia ou deixava de fazer. Ainda conseguia raciocinar quase normalmente. Eu não estava tão mal assim.

Ainda.

Não estava mais ia ficar. Eu só entrara no banheiro na esperança de que, quando saísse, Lauren tivesse ido embora. Eu precisava beber mais. Por ser meio vampira, minha resistência a álcool era acima do normal. Eu precisava de bem mais para ficar bêbada de verdade... Talvez de uma garrafa de tequila. Isso. Uma garrafa de tequila seria perfeito.

Só o que eu queria, desde o começo da noite, era me sentir viva. Ou pelo menos sentir alguma coisa. Qualquer coisa além da sensação ruim que já se tornava habitual. Por isso eu viera para cá. Talvez se eu dançasse bastante, bebesse bastante, meus problemas iriam embora, pelo menos temporariamente. Ficar com algum cara – qualquer cara – também seria bom. Eu precisava tirar Lauren da minha mente. O quão irônico é o fato de justamente ela ter aparecido por aqui? Com aquela droga de toque arrepiante, e voz sexy, e...

E eu estava perdida mesmo.

A mera proximidade de Lauren fora o suficiente para me fazer desistir de outras pessoas. Nenhuma outra seria o suficiente, então só o que me restava era seguir para o bar e me afogar em tequila.

E foi exatamente isso que eu fiz.

Com uma sensação de alívio, vi que Lauren não estava por perto. Minha cabeça estava confusa demais para tentar localizá-la pelo radar, mas não importava. Ela não estava no bar e o bar era o que eu queria.

– Um shot de tequila, por favor. – eu pedi, me sentando em um dos banquinhos. O barman rapidamente colocou o sal e um limão fatiado na minha frente, em seguida enchendo um copinho.

Eu lambi o sal que havia colocado entre meu indicador e polegar e levei o copinho aos lábios, inclinando a cabeça para trás e virando o shot, em seguida batendo o copo vazio na mesa e mordendo uma das fatias de limão.

– Mais uma? – o barman perguntou e eu assenti.

– Deixa a garrafa.

Ele me olhou, com um sorriso sem graça.

– Desculpa a intromissão, mas eu realmente não acho...

Me recusando a prestar atenção no coitado, eu levei uma das minhas mãos a uma barra de metal que contornava o bar, a apertando com toda a minha força, de forma a deformá-la.

– Eu disse "deixe a garrafa". – sorrindo de forma não muito simpática, eu tentei usar o tom mais paciente que possuía.

Olhando para minha mão, apavorado, o barman assentiu firmemente com a cabeça e praticamente correu para o outro lado do bar, deixando a garrafa comigo.

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