Miracles

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Oiie meus amores... Não esqueci do especial de natal não.

Olha eu aqui hahaha.
Era para ele ter sido postado dia 24, mas precisei viajar para passar o natal em família e acabei esquecendo de levar o notebook comigo. Mas finalmente estou de volta ao lar e com um novo capítulo para vocês. 

Nem demorei tanto dessa vez.

Espero que o natal de vocês tenha sido bom e que tenham aproveitado bastante. 

Vamos ao capítulo?

Boa leitura a todos!

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"I waited here tonight for you to come
But your love just disappeared
I'm waiting in the dark for miracles
But miracles don't happen here."
Miracles - Stone Sour

IMPORTANTE: É necessário ter lido o capítulo 47 de Vampire.

Camila's POV

(N/a: Música da fic: Wicked Game, versão do Adam Gontier, do Three Days Grace)

Eu nunca entendi o Natal.

Deve ser divertido para quem tem uma grande família que se reúne na noite do dia 24 de dezembro ou algo do tipo. Quero dizer, comida, presentes... Não é que eu não entenda da onde deve vir à empolgação com a data, apenas desconheço essa empolgação. É realmente por causa da comida e dos presentes? Ou é algo mais? Filmes e especiais de Natal parecem se esforçar bastante para vender a ideia de que o que realmente importa é a família, os amigos, a sensação de pertencer a algum lugar, de estar rodeado por aqueles que te amam e te entendem. E, embora eu tivesse algumas pessoas que me amavam, era diferente. Eu era diferente. Nunca me senti capaz de estampar um sorriso no rosto e comemorar algo que pra mim não fazia sentido. Eu não conseguia tomar parte na "magia" do Natal, seu amor, sua paz... Seus milagres. Resumindo, eu realmente não conseguia entender a graça daquela data.

Talvez porque o Natal na Organização fosse algo esquisito.

Para começar, nós não tínhamos a típica ceia em família. Como o prédio funcionava como residência para todos, éramos forçados a passar a data juntos. Colocar centenas de pessoas em volta de uma mesa não era algo possível, então ao invés disso tínhamos uma "Festa de Natal", que só se diferenciava de uma festa normal pelo cardápio e a decoração natalina. Tínhamos algumas árvores espalhadas pelo salão, guirlandas, papais noéis nas mais diversas formas, velas, estrelas, renas...

E viscos1. Malditos, horrorosos viscos.

Ela a havia beijado. Paris. Lauren havia beijado Paris.

Não beijado de verdade, mas mesmo assim. Os viscos estavam por toda a parte e as duas haviam ficado embaixo de um. Eu tinha certeza que Paris havia armado a situação de alguma forma, mas não havia visto como. As perdera de vista por um segundo e quando as achei já era tarde demais.

Sim, eu as estava observando, escondida no meu canto como uma boa perseguidora. Não era minha culpa, eu só não era capaz de me controlar. Não havia planejado aquilo, mas quando ela apareceu... Foi mais forte que eu. Parte de mim acreditou realmente que Lauren não iria se dar ao trabalho de vir, mas eu estava enganada. Ela estava na festa e eu odiava isso. Dessa vez, porém, o que eu odiava não era a presença dela, e sim o fato de Lauren ter conversado com ela, dançado com ela... E, mais do que tudo, eu odiava a forma como Paris a fizera rir. Lauren nunca havia rido daquele jeito comigo. Saber o motivo daquilo não fazia a situação me incomodar menos.

Eu estava com ciúmes. Claro que estava com ciúmes, Lauren era minha. Exceto pelo fato de não ser mais, porém parte de mim parecia estar ignorando totalmente o fato. Eu havia dado um fim ao que tínhamos, mas não conseguia parar de vê-la como se pertencendo a mim. Era totalmente irracional, mas era a verdade. Eu não gostava de vê-la com outra. Não gostava que tocassem no que era meu.

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