Words - Part 1

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Oiiie! 

Dessa vez eu nem demorei muito para vir atualizar hahahaa

Mais um capítulo para vocês. Vou ver se consigo voltar o quanto antes.

Beijos e boa leitura!


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Camila's POV

Por vários minutos, só o que fizemos foi olhar o céu.

Não havia muito o que dizer. Além disso, eu gostava daquele silêncio, pois era do tipo confortável. Não havia tensão no ar. Momentos como aquele, perto de Lauren, eram mais raros que estrelas cadentes. Era necessário aproveitar.

Eu só desviei meu olhar dos últimos fogos de artifício quando Lauren me ofereceu uma garrafa de champanhe. Eu a reconheci como uma das que ela havia comprado na noite anterior, mas isso não era o mais importante sobre ela. Não. O fato mais curioso sobre aquela garrafa era ela já estar pela metade.

Eu comecei a raciocinar. Antes de sairmos, enquanto colocávamos as coisas no carro, Lauren havia terminado uma garrafa de uísque. Julgando que ela guardara o champanhe para a virada do ano, isso significava que havia consumido ao menos uma garrafa e meia de bebidas alcoólicas, havendo a possibilidade de ter bebido mais antes de termos saído do hotel. Só foi necessário apurar um pouco o meu olfato para reconhecer o cheiro de álcool vindo dela e chegar a uma conclusão bem simples.

As ações dela essa noite haviam sido facilitadas por aquilo que chamam de "coragem líquida".

Ela não estava bêbada, é claro. Longe disso. Se já era complicado me embebedar, embebedar um vampiro completo requer forte determinação e muitas garrafas. No entanto, Lauren provavelmente havia recorrido ao álcool para relaxar e eu devia ter percebido isso antes. O modo como ela nem piscou antes de me incentivar a liberar minhas frustrações nela, o modo como havia me olhado nos olhos sem vacilar por nem um segundo. Ela havia se preparado antes de me trazer aqui.

Após dar um pequeno gole no champanhe e devolvê-lo, eu a observei virar a garrafa como se nem sentisse. Ok, fazia sentido a garota ter bebido antes de chegarmos aqui. O que não fazia sentido era o fato de ela parecer determinada a continuar.

– Lauren, mais devagar. Isso não é água.

– Eu não bebo água, caçadora.

– Você entendeu o que eu quis dizer – eu disse, sem paciência para gracinhas. – Não é sangue também, então pode ir parando, porque eu não estou a fim de passar meu ano novo carregando uma vampira bêbada morro abaixo.

– Não, não é sangue – disse ela, olhando para a garrafa. – Bem que podia ser. Às vezes, eu gosto de misturar as duas coisas. Já lhe contei que inventei minha própria receita de sangria? – frente à minha expressão de nojo, ela suspirou. – Relaxe, caçadora. E, quanto a precisar me carregar, pode ficar tranquila. Não estou bêbada e não vou precisar que você retribua esse favor em particular tão cedo.

Olhei para ela com o habitual desejo assassino nos olhos antes de me voltar mais uma vez para o mar.

O efeito calmante da paisagem trouxe à tona a pergunta que já vinha se formando em minha mente desde a nossa chegada.

– Por que você me trouxe aqui? – perguntei. Lauren parecia prestes a começar mais um discurso sobre como eu precisava daquilo, etc., etc., então me apressei a acrescentar. – Quero dizer aqui, especificamente. Por que uma praia?

– Você gosta de praias, não gosta?

– Sim, e você já deixou claro que sabe disso. Mas como?

– Eu só... Sei – Lauren respondeu, parecendo genuinamente confusa. – Estranho. Eu só tinha certeza de que você ia gostar. Vai ver é aquele quadro no seu quarto – ela fez uma careta, como se tivesse dito algo errado, e virou mais um gole da garrafa. Antes que eu pudesse questioná-la, Lauren continuou. – Além disso, parece familiar. Ano novo na praia. Acho que já fiz isso antes.

VampireWhere stories live. Discover now