Obirin -✧ O Que Sinto Por Você ✧

✧ XXIX ✧

"Tomara que eu não tenha que carregar nenhum bêbado."

✧◝(⁰▿⁰)◜✧

—Vem Obito, o Uber 'tá chegando, vamos para fora. — Itachi ditou enquanto tentava puxar o corpo pesado da cadeira, já um tanto irritado com aquilo.

— 'Tô não. — O mais velho se soltou das mãos de Itachi e voltou a se sentar no banco alto do pequeno bar que havia dentro da boate, se debruçando sobre o balcão.

— ''Tô não'' o que?— questionou repetindo a frase totalmente sem sentido do primo. — Vem logo porra, o Uber já deve estar esperando! — O primogênito de Fugaku bronqueou ao ver que Obito voltava a se acomodar no lugar onde estava.

Depois de chegarem até a tal boate, antes desconhecida por Obito, bastou o primo mais novo tirar os olhos do moreno por alguns minutos e o mesmo já estava sentado na cadeira do balcão e pedindo alguma bebida ao barman. Itachi a princípio não achou ruim, afinal, o primo era maior de idade. Imaginou que o mais velho fosse responsável para tal coisa, então não se importou.

Até perceber que ele estava começando a dar trabalho para as pessoas ao redor e principalmente para o barman. O homem de cabelos compridos preso em um coque no alto da cabeça já estava completamente de saco cheio do homem bêbado que insistia em conversar com ele. E viu que a situação estava realmente crítica quando Obito começou a dançar no meio das pessoas, de maneira totalmente desengonçada, a música que tocava tão alto que fazia o chão tremer.

Puta merda, ele não sabe beber— Itachi pensou ao ver que obviamente o primo era extremamente fraco para bebida, visto que ele não havia tomado muito mais de um copo da bebida cor de mel que havia sido servida em um copo com gelo. Pegou o celular do bolso e viu que já passava das 1:30h, então resolveu pedir um Uber e voltar para a casa com o primo, até porque Kakuzu não estava em boas condições para dirigir, havia bebido também.

— 'Tá, já 'to indo, tô indo...— Obito levantou as mãos em sinal de rendição e se colocou de pé. Logo em seguida, confirmou que era realmente fraco para bebida, sua visão estava embaçada e as pernas custavam a mantê-lo de pé e ereto. Usou o primo de apoio para caminhar até a saída do local. A música alta já estava causando dores de cabeça no mais velho e foi um alívio o silêncio parcial ao sair de dentro do local.

Itachi o guiou para dentro do banco de trás de um carro escuro, que logo em seguida deu a partida e começou a fazer o trajeto para a casa de Itachi. O mais novo praticamente rezava para que Obito não vomitasse dentro do carro ou que falasse alguma merda absurda, mas para sua sorte ele apenas ficou olhando para cada canto do carro, como se não soubesse onde estava e nem para onde ia, muito menos sabia quem era o homem que dirigia o carro.

Dizia algumas palavras soltas e completamente sem sentido que, depois de um tempo, Itachi parou de tentar compreendê-las.

— Você sabe que eu te considero pra caramba né?— Obito passou o braço esquerdo pelo ombro do primo. — Você e Sasuke são meus primos favoritos!— confessou, falando um pouco alto.

— Nós somos seus únicos primos, idiota. E você 'ta bêbado. — Itachi riu e retirou o braço que Obito passou ao redor de seu pescoço. Já estava irritado pela vergonha que o primo o fez passar, mas a situação não deixou de ser divertida. Nunca imaginara Obito assim.

— É, isso aí mesmo...— concordou chacoalhando uma das mãos. Logo depois voltou a se encostar no banco. — E eu não 'tô bêbado! — afirmou.

— Não, não, eu que estou...— Itachi respondeu com ironia. — Já estamos chegando.

Depois de alguns minutos, o carro estacionou em frente à casa de Mikoto, era por volta das 2:00h. Itachi pagou o motorista e teve que fazer um esforço para que Obito saísse do carro, já que o mesmo praticamente dormia em pé. Passou um dos braços do primo por volta do pescoço e deu apoio para que ele caminhasse para dentro de casa.