✧ XXV ✧

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"— Estou te devendo uma...— sussurrei em seu ouvido e logo em seguida fechei a porta. "

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-Obito On-

Depois do nosso "encontro", juntei toda a coragem que eu tinha para beijá-la ao me despedir. Estava dando aparentemente certo, eu não levei nenhum fora ainda. Pra mim parece simplesmente mentira, é tudo que eu sempre sonhei.

Na quarta quando eu fui fazer o trabalho na casa dela eu só conseguia pensar em como eu admirava cada detalhe nela. Em como o rosto dela ficava quando ela estava concentrada, em como ela colocava uma mecha do cabelo curto atrás da orelha sempre que se inclinava pra frente e em como ela sempre sorria ao falar com as pessoas.  Ela era incrível.

Resolvi sair um pouco da zona de conforto de uma pessoa consideravelmente tímida e tentar algo mais ousado. Li na internet uma vez que as garotas gostam de caras que têm atitude. Por um momento quase perdi a pose e pensei que o clima iria ficar muito ruim se ela não gostasse, mas decidi apostar todas as cartas. E não é que deu certo, muito certo?

Literalmente todos os momentos do lado dela eram sempre incríveis. A cada segundo do lado dela eu só me convencia mais de que adoraria passar o resto da vida com ela. Porém, eu não era tolo e sabia que haviam pessoas que ficavam com outras apenas por diversão. Não acho que ela é esse tipo de pessoa, mas também não julgaria. Eu não sou uma pessoa incrível e especial como ela e às vezes eu acho que ela é demais para mim. Mas eu não vou desistir, não vou mesmo.

A melhor decisão que eu considerei foi deixar tudo simplesmente acontecer. Acredito muito em destino e naquela frase "o que for pra ser, será". Eu estava gostando de como as coisas vinham acontecendo e ela está despertando sensações em mim mesmo que eu não conhecia. Ótimas sensações.

Depois de sair da casa dela, fui caminhando até minha casa pensando no que havia acontecido. Foi realmente um surto de coragem ou insanidade, acho que eu nunca fui esse tipo de pessoa... Ou pelo menos, não era. Percebi que eu estava involuntariamente sorrindo, igual sempre fico quando passo tempo com ela. Ela me hipnotiza.

Depois de alguns passos largos cheguei até minha casa. Coloquei a chave na fechadura e abri a porta, logo tirando meus sapatos ao entrar. Sentei no sofá e estiquei as pernas, logo depois pegando o controle da tv e colocando em um canal aleatorio que passava um desenho que eu gostava. As vezes acho que eu sou uma criança em um corpo grande.

Lembrei que estava esperando um telefonema de minha avó apenas quando o telefone tocou. Me levantei do sofá preguiçosamente e fui até o telefone tocando. Tirei o mesmo do gancho e levei ele até o rosto.

— Alô, vó?

— Oi querido, tudo bem? Como você está? Tá me ouvindo?

— Oi vó! Tô sim, tô bem e tô te ouvindo!

— Então Obito, eu conversei com sua tia Mikoto e pensamos que você poderia vir passar alguns dias aqui em Suna, o que acha?

Sunagakure era uma cidade próxima à Konoha, ficava apenas à algumas horas de distância e era onde vivia a irmã da minha mãe: minha tia Mikoto. Junto da família dela, meu tio Fugaku e meus primos Itachi e Sasuke.

— Eu acho uma boa idéia. Eu posso ir de ônibus. Mas porque decidiu isso agora?

Estou com saudades e queria conversar algo com você. Sem contar que faz muito tempo que não vê seus primos e sua tia, eles sentem sua falta!

— Realmente faz bastante tempo... Ok, eu vou. Vou comprar as passagens e ir sexta-feira à noite, pode ser? Aí eu fico por aí o fim de semana e volto domingo à noite, o que acha?

Ok então meu bem, estou te esperando! Se cuida e vê se toma o remédio antes de viajar pra não passar mal. Não esquece de pegar roupas limpas, sua escova de dentes, seus documentos...

— Ok vó relaxa, eu não vou esquecer nada, não se preocupe!

Te vejo em breve meu pequeno, até! Beijos

— Até! — disse desligando o telefone.

Realmente fazia muito tempo que eu não ia para Suna visitar meus primos e tios. Principalmente Itachi e minha tia Mikoto. Itachi era 3 anos mais novo, mas sempre pareceu que temos a mesma idade, nos damos muito bem. E minha tia Mikoto, de acordo com minha avó, é praticamente uma cópia de minha mãe. Ela sempre me conta sobre minha mãe e sobre como ela era, eu gostava muito dela, era como uma segunda mãe para mim, mesmo nós não nos vendo quase nunca. Eu realmente gostei da ideia de ir visitá-los.

Voltei para o sofá e resolvi pedir sushi para jantar. Pedi por um aplicativo e não muito tempo depois a comida chegou. Continuei assistindo televisão enquanto comia, até perceber que eu estava ficando cansado. Lavei a louça e fui até o banheiro. Tomei um banho quente e demorado, relaxando cada músculo do meu corpo. Me deitei e dormi, antes programando o despertador para que o mesmo me acordasse para a aula amanhã.

Pela manhã levantei apressado e peguei minhas coisas de qualquer jeito, comi uma maçã enquanto corria para a escola. Cheguei alguns minutos atrasado, mas não era novidade para ninguém. Depois de algumas aulas, a professora de artes entrou pela porta e pediu para que entregassemos os trabalhos. Olhei para Rin e ela pegou de dentro da pasta dela dois papéis: o desenho e a pesquisa. Eu sabia que Rin gostava de biologia e afins, mas seria totalmente plausível ela seguir uma carreira na arte. Parecia que ela fazia mágica com as mãos, acho que nem se eu tentasse por dias conseguiria reproduzir um de seus traços que ela faz com tanta facilidade.

— Aqui professora, espero que goste! — Rin entregou os papéis com um sorriso no rosto, claramente orgulhosa do que havia feito. Nosso trabalho realmente estava muito bom.

— Meu deus, isso está maravilhoso! Não esperava nada menos de você, Nohara Rin! Está incrivel!

— Muito obrigada!

Voltamos para nossas carteiras e sentamos lado a lado.

— Não disse que seria dez na certa?— falei com um sorriso, enquanto fazia uma falsa cara de metido.

— Só foi um dez porque alguém me deu inspiração...— ela piscou para mim e deu um sorriso de lado. Corei um pouco com a atitude inesperada dela mas depois soltei um riso anasalado. Eu gostava muito da relação que tínhamos.

~~~quebra de tempo~~~

Na sexta de tarde, por volta das 16h, peguei uma mochila pequena e comecei a colocar algumas roupas dentro da mesma. Peguei umas duas camisetas, duas calças de moletom e uma blusa de mangas compridas. Coloquei na bolsa meus objetos de higiene pessoal, fones de ouvido e o carregador de meu celular, depois peguei meus documentos. Eu já havia comprado as passagens de ônibus pela internet e o mesmo saía às 18:00h. Como eu ainda tinha bastante tempo, peguei a lista de músicas do presente que Rin havia me dado. Baixei todas no meu computador e depois passei para meu celular. Eu infelizmente ainda não havia tido a chance de ouví-las.

Quando vi que o relógio marcava 17:47h, peguei minhas coisas e saí de casa, caminhando em direção à rodoviária, onde meu ônibus partiria. Apaguei todas as luzes e deixei a luz de fora acesa e então tranquei a casa. Depois que cheguei, esperei alguns minutos até o ônibus chegar e quando ele chegou, embarquei e me acomodei em um dos últimos acentos. Coloquei minha mochila no meio de meus pés e pus meus fones de ouvido. Dei play na playlist de músicas e me encostei na janela.

Muitas das músicas eu já conhecia e particularmente gostava muito. Eram músicas antigas que nunca ficavam velhas, como se fossem eternizadas. Bandas como Iron Maiden, Metallica, Red Hot Chilli Peppers, Nirvana e etc. Eram minhas favoritas.

Pensei em Rin e em quando ela fez o presente pra mim. Ela não sabe o quanto aquilo foi especial e único. Fechei os olhos e fiquei apenas encostado na janela ouvindo.

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Obirin -✧ O Que Sinto Por Você ✧Where stories live. Discover now