Capítulo 20

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A correria para a cabana era tanta que eu mal conseguia falar, mas eu precisava de respostas urgentemente então pedi a Henry que, por favor, me fornecesse algumas.

- Na verdade foi fácil – disse ele sorrindo sem parar de correr – Assim que acordei, vi minhas mães e as abracei, realmente feliz em vê-las. Mas eu sabia que elas não iriam me deixar sair dali, então usei seus poderes para sair correndo. Corri para a cabana e vi que nem você nem Ruby estavam lá e tentei imaginar o que poderia ter acontecido até que escutei aqui na floresta dois homens que estão sempre com Robin Hood... seu pai... – sorriu ele, se lembrando - ... conversando sobre como acharam a bruxa que roubou o coração dele e agora ela estava presa. Supus que você teria feito aquilo para ganhar tempo, então corri até a delegacia e fiquei esperando o momento certo para tirar vocês de lá.

- Quando e como soube que era o momento certo? – perguntou Ruby, ofegante.

- Fácil. Quando Regina disse que Blanck tinha colocado magia das trevas em mim e Blanck não negou nem confirmou, ali ela deu uma brecha para eu mandar todo mundo pelos ares e tirar vocês dali.

- Mandar todo mundo pelos ares? – eu arregalei os olhos e comecei a rir. Henry tinha o vocabulário de uma criança da idade dele, porém um cérebro bem mais maduro.

- Tem uma coisa que ainda não entendi muito bem. Por que Zelena lançaria aquela maldição em mim? Nossa mãe já não tem poderes suficientes contra ela, então por que se dar ao trabalho?

- Essa é fácil de responder, Henry. Zelena quer enfraquecer Regina o quanto puder. Ela com certeza não tem poderes suficientes para combatê-la, como você mesmo disse, mas ainda tem um ou outro poder que poderia retardá-la e Zelena não é do tipo que gosta de atrasos. Tirando os poderes de Regina, ela só teria que se preocupar com os poderes de Emma, que ainda estão em desenvolvimento e ela mesma não sabe como usar direito. Ou seja, problema reduzido a quase zero.

Continuamos correndo até a cabana e nesses minutos dissemos a Henry tudo o que conversamos e que aconteceu que ele ainda não estava ciente. Contamos sobre meus pesadelos e como eu acordava com as mãos extremamente machucadas e Ruby fez questão de contar a respeito de minhas inseguranças sobre minha mãe e meu pai, sobre eles não gostarem de mim ou eu me tornar alguém com magia das trevas, para que Henry lhe desse apoio sobre eu estar sendo insegura à toa. O que foi exatamente o que aconteceu, pois Henry quase parou de correr para gritar comigo, mas Ruby e eu o puxamos pelas roupas para que continuasse correndo enquanto ele me dizia como tinha certeza absoluta que Regina e Robin quando descobrissem sobre mim estariam orgulhosos da filha que tinham. Não era algo que eu acreditaria com facilidade, mas eu não estava com vontade de discutir naquele momento então só escutei calada e continuei correndo.

Ruby e Henry me perguntaram como ele sabia manusear os meus poderes tão bem, ao que eu respondi que ele tinha o controle absoluto de noventa por cento dos poderes que estavam com ele, mas não de todos, pois alguns eu mesma levei muito tempo para conseguir entender e administrar. Expliquei que, ao transferi-los para ele, os enviei de uma maneira que se conectassem diretamente ao cérebro de Henry, dando a ele simples e rápido comando. Os que ele não manuseava tão facilmente, era pelo motivo que havia dito, por serem poderes com os quais eu mesma tive dificuldade para me adaptar.

Chegamos à cabana enquanto ainda atualizávamos Henry das novidades. O lugar estava completamente desprotegido, conforme prevíamos e grande parte dos nossos estoques foram levados. Henry e Ruby entraram em pânico.

- E o coração de Regina? Eles também levaram? – desesperou-se Ruby.

- Não. Eu escondi pouco antes de me apresentar para ser presa. O coração da minha mãe, a adaga de Rumpelstiltskin e algumas poucas poções. As coloquei dentro do armário de maneira que ficassem invisíveis a olhos destreinados e, como Regina estaria ao lado de Henry, não haveria ninguém tão poderoso que saberia ou ao menos pensaria que eu pudesse ter escondido qualquer rastro nosso.

Blanck - Uma lembrança de amor em meio às trevasUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum