HampellVille - julho de 2018.
- MEDELEINE! - Ouvi Davies gritar e bater na porta do meu quarto.
- Davies, me deixa sozinha, por favor. - Pedi e o escutei suspirar alto do outro lado da porta.
- Med, me deixa entrar... Por favor, docinho. - Levantei e encostei a testa e as duas mãos na porta.
- Tá doendo muito, Davies. Eu não consigo parar de pensar nele, todos os dias ele me atormenta nos sonhos. Eu amo ele, mas sonhar com ele e me lembrar dos nossos momentos é a pior coisa que me acontece, Davies. O nó na minha garganta dói de tanto segurar o choro, meu peito dói como se alguém estivesse arrancando meu coração, e a culpa. - Suspirei e soquei a porta, sem usar força. - A culpa já nem cabe em mim e porra, Davies, eu não consigo olhar pra Margot sem sentir vontade de me socar. Tá doendo mais do que eu aguento, Davies. É pesado demais pra mim. - Solucei e comecei a chorar.
Destranquei a porta e abri, decidindo deixá-lo entrar.
Quando ergui a cabeça pra o olhar, ele também chorava. Eu não entendi porque o bad boy marrentinho e orgulho está chorando, bem na minha frente. Chorando por uma dor que é minha.
Não, ele não tá chorando como eu, que chego a sentir as pernas bambearem, mas algumas lágrimas descem pela bochecha dele e ele as secou com a costa da mão esquerda.
- Vem aqui. - Ele me abraçou e eu enterrei o rosto no pescoço dele. - Não chora, Medeleine. Vai ficar tudo bem, eu prometo. Eu tô aqui com você, ta bom? - Fechei os olhos, feliz por saber que posso contar com ele.
- Obrigada por isso, Davies. - Suspirei e como mais cedo, ele arrepiou. Sorri. - Eu sinto muita saudade, Davies. Muita.
- Eu sei, Medeleine. Eu sei.
Eu me apertei nele e me afastei depois de minutos, que pareceram eternidade.
- Eu vou tomar um banho rápido, me espera aqui? - Pedi e ele assentiu.
Abri a porta do guarda roupa, peguei um pijama qualquer e entrei no banheiro, Davies ficou analisando minha parede de fotos. Olhando todas com curiosidade.
Tomei um banho rápido e saí do banheiro.
- Nossa, quanta comodidade, ein? - Perguntei para o garoto que no momento estava deitado de bruços, na minha cama e mexendo no celular. Ele me olhou e abriu um sorriso de criança que foi pega no pulo.
- Parecia muito confortável, aí me senti no direito de deitar. - Deu de ombros e se apoiou nos cotovelos. Folgado.
- Tá, então. - Me joguei ao lado dele e olhei o sol se pôr pela janela que é perto da cama.
- A vista aqui é muito bonita. - Ele encarou a vista também. Sorri e concordei.
- Davies? - O chamei e ele desviou o olhar da janela para me encarar. - A Savannah é sua namorada? - Por um momento fiquei curiosa sobre aquilo.
- Não, por quê?
- Ah, sei lá. Vocês se beijaram ontem no lago, pensei que fossem. Além de que você disse que ela é muito ciumenta, sei lá.
- Medeleine, eu não namoro com todas as garotas que eu beijo. Se fosse assim, você seria minha namorada também. - Ele sorriu de lado, convencido e eu revirei os olhos.
- Aquilo definitivamente não foi um beijo, Davies. Não mesmo.
- Mas isso aqui é. - Ele disse e puxou meu pescoço e encostou os lábios no meu.
Arregalei os olhos, sendo pega totalmente de surpresa. Mas o deixei me beijar. Senti a maciez dos lábios e a língua dele em ritmo certo com a minha.
Me aproximei e apoiei-me nos cotovelos pra o beijar melhor. Davies colocou uma mão na minha cintura e a outra continuou no meu pescoço.
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BROKEN | sem revisão
RomanceSEM REVISÃO Medeleine Bleveins teve seu coração quebrado em mil pedaços após a morte de Peter Blackwell, seu melhor amigo inseparável desde a infância. Medeleine sabia que Peter faria de tudo para vê-la bem e feliz, mesmo que ele tivesse seus proble...