𝚃𝚠𝚎𝚕𝚟𝚎

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Eu suspirei, uma tristeza me invadindo momentaneamente. No entanto, em questão de segundos senti seu corpo me abraçar por trás, ele juntou minhas costas a seu peito e consegui sentir sua respiração em minha nuca, onde ele depositou um singelo beijo que me fez arrepiar por inteiro e me fazer esquecer meu ex-namorado. — Agora você já não tem Yesung para te condicionar, pode ir até à casa de Jimin sem problema. Se quiser, eu posso te levar um dia, é só combinar com ele.

— Não se preocupa, Jungkook, eu falo com ele para ver se ele consegue passar por aqui. Não quero incomodar você. — o moreno levou seus braços até à minha cintura e me apertou ainda mais contra si. — Kookie, eu não vou fugir, pode me largar agora! — sorri, era isso a que chamavam de felicidade?

— Para que fique esclarecido, eu também não deixava você ir embora, Tae. — eu senti sua face se torcer em um sorriso e me virei para ele, seus olhos percorrendo meu rosto eram intimidantes, em um bom sentido, claro. — Você é muito lindo, sabia disso? — a ponta de seus dedos afastou um cabelo que insistia em cair sobre meus olhos, expondo minha testa e meu rosto na sua totalidade.

Corei, me soltando dos seus braços e indo até à mesa, envergonhado ao máximo. — Vem, vamos comer. Está ficando tarde!

🥀

O fim de semana havia, finalmente, chegado. Sábado de manhã Jungkook andou bastante suspeito, fazendo ligações em seu quarto e me impedindo de ouvir o que ele falava e com quem ele falava. Óbvio que isso não era nada bom para minha ansiedade e minhas inseguranças, mas eu tentei ignorar, afinal, assim como eu, ele também tinha direito a sua privacidade. No entanto, fingir que não me importava foi um pouquinho mais difícil. Será que ele estaria falando com um colega de trabalho? Ou até com uma mulher? Seria a vizinha do 313, Inah?

E, nessa tarde, falei com Lalisa acerca do assunto. Ela se mostrava bastante compreensiva quando eu demorava a responder a suas perguntas — ainda invasivas para mim — e costumava anotar todas as minhas respostas em um pequeno bloquinho de notas de capa dura e castanha, o que era bastante estranho para mim. Ela me explicou que minhas dúvidas e inseguranças com Jungkook eram totalmente normais, visto que eu tinha saído de um relacionamento no qual o meu parceiro estava habituado a me controlar e a desconfiar de mim. A mulher acabou por me louvar sobre meu progresso físico e psicológico, elogio que eu agradeci antes de sair do consultório e encontrar o mais novo com uma expressão nervosa.

A viagem até casa foi bem silenciosa e calma. Uma música pop passava na rádio, animando minimamente o ambiente, e Jungkook batia a ponta de seus dedos sobre o volante que, devido ao calor, devia estar bem quente. E, depois de subirmos todas aquelas escadas e chegarmos à porta de casa, ele levou uma de suas mãos até meus olhos, me assustando. — O que você está fazendo, Jungkook?

— Tenho uma surpresa para você, Tae. E não vale espreitar, seu batoteiro. — o moreno se justificou e, depois de abrir a porta, levou a sua outra mão até minha face. — Você vai adorar, só espera um pouquinho. — suas mãos quentes sobre meus olhos enviaram um alerta para meu cérebro. O que ele estava aprontando?

— Hey, me deixa ver! — eu reclamei. Em reposta, apenas ouvi um clique baixo, sinal de que o mesmo havia fechado a porta atrás de nós.

— Preparado? — eu assenti positiva e silenciosamente e, em questão de segundos, seus dedos já não impediam minha visão. E eu não poderia estar mais feliz.

— Jimin? — meus olhos estavam esbugalhados e marejados, não acreditava no que estava em frente dos meus olhos. Jimin, com seus fios loiros, permanecia no meio da sala de estar de Jungkook, junto com uma menina pequena e Minju, sua barriga já estava bem saliente para uma mulher grávida de 4 meses. Meus membros congelaram, eu parei em meu lugar, afinal, eu não sabia quem eu abraçava primeiro: Jimin ou Jungkook. — Você... você veio me ver?

Apartamento 316Where stories live. Discover now