Chapter five (reescrito)

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Narrado por Harry Potter

Acordei mais cedo que o normal, hoje eu iria conversar com Draco, e de certa forma, me declarar. Talvez eu estivesse ansioso.

Tomei um banho quente e coloquei uma roupa de frio, afinal, o tempo estava bastante gélido. Desci para o salão comunal e avistei Gina, ela parecia estar esperando alguém.

-— Bom dia, Ginny – comprimentei a ruiva e ela veio até mim calmamente. 

— Bom dia, Harry. Posso falar com você? 

-— Agora? Eu estava indo para o café da manhã… – disparei de forma nervosa e sem graça. 

— É rápido, eu prometo. 

— Tudo bem então...

Ginny respirou fundo, o que me deixou um pouco aflito com o que estava por vir. Ela sentou em uma das poltronas em frente à lareira e eu me sentei ao seu lado.

— Então Harry, eu queria te pedir desculpas por ter te beijado sem ao menos gostar de ti. No começo, eu sabia que ficávamos só por coincidência, e eu queria muito gostar de você de uma forma romântica, mas percebi que é um amigo maravilhoso. Eu gosto de você, mas não do jeito amoroso, gosto de você como um amigo e irmão... Então, eu sinto muito por aquele dia, por Malfoy ter falado tudo antes de mim... Espero que possamos ser amigos novamente. 

Ginny sorriu enquanto eu absorvia tudo aquilo, era um alívio saber que ela não sentia nada romântico por mim. Mas eu precisava saber se Draco Malfoy sentia algo por mim além de ódio e raiva.

— Está tudo bem, Ginny. Eu descobri há alguns dias que gosto de outra pessoa… Caso não se importe, eu tenho que ir para o café da manhã. Tenha um bom dia, Ginny – me levantei e sorri.

A ruiva me respondeu um simples "obrigado" e "okay". Dei um breve abraço em Ginny e saí para o Grande Salão. 

Ao chegar ao meu destino principal, avistei Draco na mesa da Sonserina, como de costume. Ele lia um livro e comia um pedaço de torta de maçã com suco. Me sentei na mesa da Grifinória e iniciei meu café da manhã. 

Após um tempo observando Malfoy, observei ele se levantar e ir em direção à saída do salão. Fui atrás e o alcancei já no corredor, segurei em sua mão igual no dia anterior, o que fez ele parar de andar e me olhar incrédulo. Apenas sorri.

— Qual é a sua obsessão comigo, Potter? Está apaixonado? – Draco desdenhou e me fez ruborizar levemente. 

— Quero falar com você. Prometo que não vou tirar muito do seu tempo.

— Certo... Podemos conversar, mas primeiro solte a minha mão – Malfoy olhou para nossas mãos juntas e levantou a sobrancelha. Soltei-as.

— Podemos ir até a torre de astronomia?

Draco concordou e fomos até a torre. Ele parou em minha frente e me olhou com os braços cruzados, Draco parecia me analisar com cuidado e maestria. Respirei fundo, eu estava com medo, é claro. Mas, do que eu tinha medo exatamente? Já enfrentei um basilisco, vi Voldemort renascer... Então por que estou com medo de falar sobre os meus sentimentos? Porque não é qualquer pessoa. Era Draco Malfoy, o príncipe da Sonserina e o garoto por quem eu percebi recentemente que sou apaixonado. 

— Draco, eu tenho que te falar uma coisa… – Suspirei nervoso e continuei. — Provavelmente não é do seu interesse, mas eu preciso de uma resposta, mesmo que seja um tapa no rosto e você me xingando até a próxima geração bruxa... – ri sem graça. 

"Eu gosto de você, definitivamente gosto de você. Eu percebi há alguns dias que sou apaixonado por você desde que nos vimos na Madame Malkin. Você é tão bonito que eu chego a pensar que é tudo uma miragem. E se fosse, eu desejaria vê-la para sempre... Então, Malfoy, eu preciso saber se você sente algo parecido por mim. Algo além de raiva e ódio... Preciso saber se esse sentimento é unilateral…"

 Falei tudo olhando diretamente em seus olhos. Eu estava nervoso, mas assisti de perto o olhar de Draco oscilar e a pupila dilatar. Talvez eu já tenha a minha resposta, mesmo que no momento ele esteja usando a máscara aristocrática de sempre. Seus olhos o denunciavam. 

— Draco? 

Ele me olhava de forma imparcial, mas seus olhos denunciavam a surpresa e felicidade que estava dentro de si, mas também a insegurança e medo.

— Eu não sei o que dizer... Potter, eu também gosto de você, mas não é seguro para você e nem para mim. Meu pai é um comensal e eu em breve serei marcado como um deles... Não estou falando isso como uma desculpa, e sim como um fato. Eu não me perdoaria caso você fosse morto, torturado ou qualquer outra coisa por minha culpa. Me desculpe, de verdade... 

 Draco falava com a voz quebradiça, isso me partiu o coração. Aparentemente ele iria terminar uma frase se eu não tivesse o interrompido.

Diminui o espaço que tinha entre nós e segurei em seu rosto, a pele leitosa e macia contra minhas mãos ásperas. Encostei nossos lábios em um beijo casto e simples. 

Harry Potter off

Draco estava surpreso com a atitude do moreno. Os lábios quentes de Harry contra os frios de Malfoy era uma sensação indescritível, era como se pudessem ir ao céu e ao inferno em questão de segundos... Ambos garotos achavam que era apenas um bom sonho, mas no fundo eles sabiam que era verdade, que eles estavam realmente ali, na torre de astronomia de Hogwarts.

Draco segurou na cintura de Harry com cuidado e aprofundou o beijo, para que se tornasse um ósculo calmo e cheio de sentimentos. 

Era doce, mas não enjoativo, o herdeiro dos Malfoy sentia que poderia ter aqueles lábios nos seus para sempre.

Harry não sabia descrever o sentimento confuso que sentia, ter os seus lábios nos do loiro era uma coisa na qual ele sonhou diversas vezes, mas nunca havia realizado até esse momento. Ter sua cintura segurada por Draco com tanto cuidado e destreza o causou arrepios.

Eles se afastaram, e as bochechas de Harry tomaram um tom avermelhado voltado para o rosa. Draco estava com a expressão neutra, mas seus olhos estavam a denunciar sua felicidade genuína.

Nenhum dos dois falou nada pelos próximos minutos, não aguentando mais o silêncio, Potter começou a questioná-lo. 

— Poderíamos tentar algo. Secreto, é claro. O que acha? – O moreno de olhos verde esmeralda propôs. 

— Acho que é tolice e uma loucura sem cabimento... Mas podemos tentar, Potter – Draco sorriu timidamente para o garoto à sua frente.

— Me chame de Harry, por favor – Potter sorriu e se aproximou de Draco e o beijou novamente.

Eles ficaram ali, juntos, por pelo menos quinze minutos até que o loiro riu e se afastou.

— Tenho que ir a Hogsmead com Blaise e Pansy, Harry – Draco levantou do chão e arrumou as roupas. Harry também se levantou, mas fez um pequeno gesto inconformado, mas concordou.

— Podemos nos ver mais tarde? Pode ser aqui mesmo — O moreno perguntou se aproximando do loiro novamente.

—Claro. Depois do jantar, pode ser? – Draco lhe enviou um sorriso e selou os lábios inchados e avermelhados de Harry. 

— Até mais tarde então, Dray... – Harry sorriu e acenou, observando o loiro sair silenciosamente. 

— Até mais tarde, Hazz.

Draco saiu da torre de astronomia deixando um Harry sorridente e apaixonado para trás. O loiro sorriu brevemente enquanto descia as longas escadas e foi em direção às masmorras, indo acordar Blaise, que ainda dormia todo espalhado na cama.

Eternal Love; DrarryWhere stories live. Discover now