— Virou rotina chegar a esse horário? — Kakashi disse me olhando com certa indignação. Ele era sempre muito pontual e perfeccionista, principalmente com datas e horários, e eu era completamente o oposto. Sei que isso o irritava um pouco.

—Espero que tenha um bom motivo para se atrasar todo santo dia! — Rin disse olhando para mim com um sorriso no rosto.

Apesar de sempre considerar Rin minha melhor amiga, não vou mentir que sempre senti algo a mais por ela. Ela era simplesmente incrível. Sempre foi uma pessoa muito forte e com uma alegria contagiante. Sempre colocava eu e Kakashi para cima e sempre nos ajudava com tudo. Ela era o tipo de amiga que qualquer um desejava ter. Isso tudo ignorando o fato de que ela era incrivelmente linda, e por Deus, como era. Honestamente? Não tinha como não se apaixonar.

— O mesmo motivo de sempre, a minha incapacidade de acordar cedo! — falei pra ela que revirou os olhos, como se fosse óbvio, porém com um pequeno sorriso nos lábios. Mais uma coisa que me encantava nela: aquele sorriso maravilhoso. Ela era aquele tipo de pessoa que sempre sorria e parecia que não se abalava por nada.

Mesmo que falando baixo, paramos de conversar quando percebemos o professor nos encarando com um olhar de reprovação. Confesso que eu não era um aluno muito focado, diferente dos dois, que ao contrário de mim sempre tinham a matéria em dia e eram muito dedicados à escola.
Com o decorrer da aula, que estava muito entediante aliás, o sinal para o intervalo soou e saímos da sala, caminhando até o pátio da escola para que pudéssemos comer.
Nós três sempre sentávamos juntos, já era um costume nosso. Como eu disse antes, estávamos sempre juntos.
Comemos e conversamos sobre vários assuntos, igual a todos os dias. Chegava a ser engraçado os mais variados tipos de assuntos, completamente aleatórios, que inseríamos na conversa. O sinal soou novamente e voltamos para a sala de aula.
Era a penúltima aula do dia e eu batia os dedos na mesa, inquieto, contando os segundos para que a aula acabasse. O professor estava falando algo sobre Platão ou Sócrates, enfim, nada do meu interesse.
O mesmo parou de falar quando ouviu um toque abafado de um celular vibrando, que por acaso era o meu. Pedi desculpas pelo incômodo e pedi permissão para me retirar para atender a ligação. O professor concedeu e eu logo peguei o celular de dentro da minha mochila e saí rapidamente da sala.

Peguei o aparelho e vi que a ligação era de um número não salvo, fiquei um pouco curioso e confuso e ligeiramente atendi, arrastando com a ponta do dedo o botão verde que vibrava na tela.

— Alô, quem é?

— Senhor Uchiha Obito? — uma voz feminina e séria disse pelo outro lado da linha.

— Sim, sou eu mesmo.

— Aqui é do hospital de pronto-socorro de Konoha, ligamos para informar que sua avó sofreu um ataque cardíaco e está internada em estado crítico.

Ela... O quê?

Parei de processar por um segundo. Tudo ficou um silêncio. Uma sensação enorme de medo percorreu meu corpo, e eu fiquei um tempo paralisado. Demorei uns segundos para me tocar do que estava acontecendo.

— Meu deus, eu estou indo! — disse desesperado, colocando o celular no bolso e correndo diretamente para o hospital. Parecia que meu mundo havia desabado, e eu só conseguia rezar mentalmente para que ela estivesse bem. Senti minha visão embaçar e eu estava tomado pelo medo e pelo desespero.

— Meu deus, por favor me fala que isso não está acontecendo...— disse baixinho para mim mesmo, enquanto corria pelos corredores da escola, sentindo lágrimas rolarem pelo meu rosto. Mesmo muito preocupado, eu era muito emotivo e chorava muito fácil. Era uma característica que eu não gostava em mim, me sentia um tanto fraco.

Passei pelos portões da escola, sem falar com uma pessoa sequer e passando rápido por todos, que me olhavam confusos. Fui direto para o hospital.

— Onde ela está? Onde está minha vó?? — disse desesperado para a moça de cabelos negros da recepção do hospital.

— Senhor, por favor se acalme. Qual seu nome? — perguntou a mesma, tentando me fazer manter a calma.

— Obito! Uchiha Obito!

Ela colocou uma mecha do cabelo escuro atrás da orelha e olhou para a tela do computador por uns segundos.

— A senhora Uchiha está no quarto 137.

Assim que eu escutei as palavras fui correndo para o leito.

Enquanto andava apressado, corria os olhos pelos número nas portas e achei o qual eu tanto procurava, quarto 137. Abri a porta e vi minha avó, deitada na cama com um respirador e algum tipo de soro ou remédio na veia. Me doeu muito ver ela, que era sempre alegre e sorridente, desacordada daquele jeito. Senti meu coração se quebrar em mil pedaços, eu só conseguia torcer para que ela ficasse bem.

— Ela ainda não acordou, mais o estado dela não é dos melhores. —disse uma médica que vestia um jaleco verde, de olhos castanhos e cabelos loiros, entrando no quarto com uma prancheta em mãos.

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Bjs da Bee ❤️

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