Capítulo 15

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Por JJ

Cheguei até a delegacia e o policial me jogou praticamente, naquela cela escura me trancando ali. Passei as mão nos cabelos com força deixando a adrenalina descer. Peguei no colar e me lembrei de Blue, eu não queria ter feito ela sofrer daquele jeito porque acabou comigo, mas como ela sempre diz que sacrificios são necessários para aqueles que amamos, eu não pude evitar e salvei a pele de Pope.

Depois de um tempo o mesmo policial que me trouxe me levou para outra sala onde Peterkin apareceu suspirando.

—  Você é como uma pedra no meu sapato. — Falou fechando a porta. — Eu sacudo o pé, acho que tirei e olha só ela ai de novo. — Falou olhando para mim que estava de qualquer jeito na cadeira.

— Então olha por onde pisa. — Falei debochando com as mãos atrás da cabeça.

— Essa pedrinha no meu sapato me faz querer esmaga-la. — Falou com uma voz ameaçadora.

— Tá bem... —Suspirei enquanto ela se sentava na minha frente abrindo uma ficha, deveria ser minha.

— Uso criminoso de arma de fogo. — falou e cruzei meu braços olhando com a maior cara de pau. — Invasão de área protegida, destruição de propiedade.... Nas duas últimas semanas, ce tá animado cara. — Peterkin ironizou olhando para mim.

— Se você acha que vou dedurar alguém, você tá achando errado. — Falei olhando para a ficha.

— Seu cérebro de adolescente não pensa a frente. — Disse ela se encostando na cadeira para me olhar. — Mas eu quero que viaje comigo para um território desconhecido. — Peterkin me tratava como criança e olhei para ela com um V nas sobrancelhas. — O futuro. Como vai se sentir daqui a seis meses no reformatório de  Wadesboro? —Perguntou e travei o maxilar olhando para o lado. 
— Conhece esses dois? — Apontou para a foto em cima da mesa e vi a imagem dos dois caras que haviam nos perseguido na casa de John b e no barco. — Vou perguntar de novo.. Conhece esses dois? — Perguntou mais séria do meu lado.

— Eles... — Travei e olhei para ela, agora me voltei para a foto. — Eles invadiram a casa de John b e... Depois perseguiram a gente pelo mangue. Fora isso eu não sei. — Dei de ombros.

— Essa é uma foto mais recente. — Peterkin mostrou outra foto deles porém seus corpos estavam dilacerados. — Alguém fisgou eles, ai usou como isca. — Continuou ela. Fiquei com vontade de vomitar olhando aquelas fotos, perai aquilo é um coração?

— Essa é a má notícia chefe, quem matou esses dois ainda está a solta. — Peterkin se sentou na mesa a minha frente. — E posso acreditar que o próximo alvo seja seu amigo John b. — Comecei a me desesperar. — Vocês não acham que são os únicos a procurar o Merchant né? — E olhei pra cara dela em pânico. — Pois é eu também sei disso. — Respondeu minha expressão. 

— Tá legal, xerife Peterkin, juro que ele desistiu de tudo isso....

— É o que você diz, só estou tentando protejer ele, garoto. Eu quero que diga para o seu amigo John b para vir falar comigo... — abri a boca para falar mais ela me cortou de novo. — E vamos ver se fica fora de Wadesboro. — Falou abrindo a porta para eu a acompanhar para fora.

Meu pai estava lá fora resolvendo minha saida com uma cara nada boa, minha fiança era cara e o preço que eu vou pagar também imagino que seja.

— Você é o guardião dele? — A secretária perguntou.

— Infelizmente eu sou o pai. — Respondeu ele com o desgosto de sempre.

— A audiência é em duas semanas se você não aparecer perderá a fiança. E temos a indenização. — Meu pai não acreditou no que ouviu. 
— Pode assinar aqui. — A moça pediu e meu pai assinou. 

𝐀 𝐂𝐚𝐥𝐦𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐃𝐨 𝐅𝐮𝐫𝐚𝐜𝐚̃𝐨 - 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora