— Entra no carro! — mandou sem perder a grosseria em sua voz.
Cruzei os braços irritada.

— Você está achando que é quem pra quase me atropelar e me mandar fazer algo? — vi ele respira fundo.

— Eu não vou mandar de novo! — advertiu perigosamente.

Dei de ombros e lhe dei as costas.

— Foda-se — falei em alto e bom tom. Foi quando ele grudou em minha cintura e me trouxe pra ele.

Caralho!
Supirei sentindo o meu corpo reagir. Aquilo não era bom, a minha mente já começava imaginar coisas que eu não devia.

— Anda logo, Catarina, você não irá querer me ver irritado — ele sussurrou no meu ouvido e eu me arrepiei.

Isso não vai dar o que presta!
  — Tá.. bo.. bom, Adônis — ele me soltou. Soltei o ar que eu nem sabia que estava prendendo.

Caminhei na direção do carro e entrei no mesmo, logo em seguida ele entrou. Fiquei quieta, o meu corpo ainda reagia no que aconteceu minutos antes. Ele pôs o carro em movimento. Peguei o meu celular e os fones guardei-os não antes de ver o horário.

Eu vou me atrasar, que merda!

— Olha, tem como você ir mais rápido senão eu vou me atrasar e...

— Fique quieta, Catarina — ordenou.

Otário mil vezes otário!
Fiquei quieta não queria me irritar mais ainda, já basta por hoje. Cruzei os braços e prestei atenção no caminho.
Alguns minutos depois já estávamos de frente para o café onde trabalhava.

— Graças a Deus — levantei às mãos para o auto e fui abrir a porta, percebi que a mesma estava travada — Da pra você abrir essa porta?

Adônis me encarou ao tirar algo do bolso, era uma aliança.
Ele pegou a minha mão esquerda e colocou o objeto no meu anelar. Pude ver que ele também usava.

— Pra que isso? — o questionei.

— Somos marido e mulher na frente dos outros — respondeu impacientemente — Agora saia logo! — mandou, queria dizer algo mas eu não podia demorar.

Saí do carro e Adônis arrancou com o mesmo.
Que homem estranho.
Entrei no estabelecimento e senti olhares e burburinhos. Não dei importância e segui o meu caminho para vestir o meu uniforme, encontrei Misha.

Ah não! Hoje eu tô sem um pingo de paciência!

— Catarina, devo lhe dar os parabéns! — me olhou com aquela cara de nojo dela.

— Não é o meu aniversário! — continuei andando.

— Não, é pelo seu casamento e olha — ela deu um tapinha no meu ombro — Tirou a sorte grande viu, já tá nas revistas. Adônis Colonomos um dos mais desejados e influente agora tem uma dona — me deu um sorriso cínico — Me conta que magia você fez, pois um homem daquele jamais ficaria com você. Tá grávida? Ele caiu nesse truque.

A olhei com cara de poucos amigos.

— Quanta inveja, Misha. É difícil saber que alguém como eu está casada — mostrei a aliança — Com um homem como aquele, olha parece aqueles sonhos de princesa né no qual eu vivo ele e você fica somente como espectadora, que dó — entrei no vestiário e rapidamente me vesti.
Quando saí devidamente pronta para iniciar o meu trabalho, dei de cara com Tomás.

— Olha, Tomás, eu não me atrasei não viu — já fui me explicando e estranhei quando ele esboçou um sorriso enorme.

Oxente!

— Te desejo muitas felicidades para o seu casamento, Catarina — me abraço — Por que veio hoje? Pensei que estaria em lua de mel — sorri constrangida.

Lua de mel?
Que vontade de ri viu

— É por que ele é um homem muito ocupado e decidimos adiar — menti.

— Oh, sim eu entendo perfeitamente, ele é um homem renomado e importante — me olhou.

Ah, pronto! Tudo que eu queria agora era alguém pra me bajular.

Quase revirei os olhos.

— Sim, ele é. Agora vou ajudar o pessoal — disse ele assentiu com aquele sorriso.

Todo mundo sabia dessa palhaçada!

Bufei ainda mais irritada. Eu mereço!

— O que foi nega? — Vitória se aproximou de mim e eu lhe dei um abraço.

— O pessoal tá me enchendo o saco com essa história de casamento — suspirei — Como que todos já estão sabendo?

Ela me entregou uma revista.

— Comprei só para te mostrar senhora Colonomos — me pirraçou e olhei a capa da revista e se pudesse o meu queixo ia ao chão.

Uma foto que havia sido tirada no dia em que assinamos os contratos.

— Adônis Colonomos, enfim encontrou o amor da sua vida. A sortuda se chama Catarina, qual é segredo dela para conquistar um dos homens mais inalcançáveis de toda a Grécia... — Vitória leu pra mim — Qual é o seu segredo praga?

Ok, eu estou chocada. Mas gente!
Como que esse povo sabia o meu nome? E como que essa história já estava sendo divulgada desse jeito?

— Eu não devia estar sendo divulgada desse jeito!  — eu estava muito chateada com isso. Não gostei nem um pouco — Vi, eu posso ficar no caixa hoje? Não estou afim de falar com mais ninguém — pedi e ela assentiu.

— Relaxa nega, logo tudo isso acaba — disse ela ao id atender alguns clientes.

Eu esperava mesmo que isso acabasse logo. Realmente torcia para que o tempo voasse.


































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Meu Querido Monstro ( Andamento)Where stories live. Discover now