Olhei novamente para o documento, isso seria muito fácil. O documento já assinado por ele esperava por minha assinatura.

Algo tem aí.
Ficar casado por esse período, seria fácil. Tudo estaria nas mãos de quem ele escolhesse.

Sorri amargamente.
Era óbvio.
Ele iria escolher alguém especificamente para me fazer perder. Alguém que estivesse com ele.
Com certeza alguma golpista como ele. Quanto ele daria para essa pessoa?

— Isso seria muito facil, Klaus e você nunca foi disso — disse.

Ele me encarou.
— Realmente mas está aí — me encarou — A escolha é sua. Aí diz que se houver trapaça de ambos os lados tudo estaria igualmente perdido.

Ele não iria fazer algo para prejudica-lo . Ponderei. Estava curioso para saber o que ele pretendia e não exitaria para derruba-lo de uma vez por todas.

— Me entregue uma caneta — pedi, ele sorriu ao me entregar o objeto.

Assinei.
Iria cumprir com aquela palhaçada.

— Você que não me trapace, Klaus. A sua cabeça é um item importante na minha coleção — encarei seriamente — Não provoque a minha ira, sabe que me banharia no seu sangue maldito — entreguei o documento a ele e me levantei.

— Eu também te amo filho — pude ouvir enquanto saía, não sem antes pegar a cópia daquele documento.

Sai daquele lugar e entrei no meu carro.

  A minha mente tentava encontrar uma lógica para explicar o porquê dele ter feito isso.
Enfim.
Ele que não me tente.

Sou interrompido pelos meus pensamentos quando ouço o meu telefone tocar.

Kiela
Revirei os olhos.
Uma puta emocionada.
Deixei o telefone tocar, hoje eu não estava com paciência.

Nunca estou. Mas hoje era o limite.
Precisava dos meus remédios.

A única coisa que me controlava, que controlava a minha raiva. Não conseguia dormir sem eles, me alimentar sem eles e não conseguia evitar o caos por onde eu estivesse sem eles.

Entro em minha casa. O casarão Colonomos, a única coisa da minha herança que permanecia no meu nome. Era aqui que vivia, só e com alguns poucos empregados.

Viver só era algo que eu já tinha me acostumado. Era bom viver só.

Já dentro do meu quarto eu me olhava no espelho, dei um sorriso sem emoção. Eu estava morto e com a alma no inferno.
  Tirei a minha camisa e fitei algumas das muitas tatuagens que eu tinha.
Todas elas me lembravam a dor da alma.

Peguei alguns comprimidos e os engoli de uma só vez.

Adônis Colonomos essa será a sua primeira marca...

Lembranças...

E esse será o seu primeiro sacrifício...

Malditas lembranças.

O sangue do seu sangue...

Meu Querido Monstro ( Andamento)Where stories live. Discover now