Pérola nunca havia sentido uma dor tão extrema. Scarlett parecia estar se superando a cada castigo, aumentando a gradação das suas punições. Aquele chicote ao pegar na pele fez um estralo extremo e parecia que havia se aprofundado nas camadas mais profundas de sua pele, trazendo uma sensação de queimação muito intensa. Tudo que aquela jovem conseguiu fazer foi gritar muito alto, demonstrando estar a sentir uma dor muito grande.

Scarlett com uma visão privilegiada do ponto atingido, observou o surgimento de uma linha vermelha exatamente no ponto de impacto, que foi ficando escura a cada segundo que passava, ficando um vermelho muito intenso após alguns segundos. Ela sentiu um prazer enorme ao ver aquela marca se formar. Depois daquela observação ela bateu de novo e Pérola novamente soltou um grito desesperado e ficou a chorar intensamente.

Quando Scarlett disse:

- Quantas horas eu pedi pra você me acordar escrava?

- Quatro horas da manhã senhora. Diz Pérola gaguejando em meio ao choro naquele momento.

- E quantas horas você acha que é agora?

- Acredito que seja umas sete senhora, pela claridade.

- Você atrasou três horas Pérola, isso é imperdoável. Diz Scarlett a ministrar uma outra chicotada ainda mais intensa em suas costas, fazendo uma outra linha vermelha com o passar do tempo bastante profunda. A dor que Pérola sentia a cada um daqueles golpes já estava a ficar insuportável para aquela escrava. Quando Scarlett diz:

- Aguente firme escrava. Só estamos no começo do seu castigo. Por cada hora de atraso eu lhe darei 10 chicotadas para que aprenda que nunca mais deve cometer esse erro.

Naquele momento Pérola se descontrola e diz:

- Senhora, por favor, eu não vou aguentar. Esse chicote dói muito. A senhora me deu três e eu já não estou aguentando. Por favor senhora clemência! Eu nunca fui castigada dessa forma.

- Se não foi é porque a sua dona não era como eu. E se não foi aqui é porque ainda não havia cometido um erro tão sério. E quem te autorizou a dizer alguma coisa? Questiona Scarlett ao acertar um novo forte golpe nas costas daquela escrava que grita do forma muito extrema, demonstrando toda a dor que estava a sentir.

Maria estava no quarto de Scarlett a escutar tudo aquilo desesperada. Ela escuta novos golpes e gritos de Pérola ajoelhada a rezar para que aquela jovem tivesse forças e que sua dona de alguma forma tivesse um pouco de clemência e não a castigasse com tanta intensidade. Como Pérola não estava acostumada com esses castigos mais extremos, Maria tinha medo de que ela passasse mal e viesse até a falecer como já havia presenciado em alguns castigos naquele tronco, quando alguns escravos sofriam falta de ar e problemas de coração.

Scarlett então aplica o golpe de número 10 e as costas de Pérola já estavam cheias de linhas vermelhas e algumas delas roxas, onde o chicote já havia pegado por mais de uma vez. A dor naquele momento estava tão extrema que aquela jovem não imaginava que aquilo poderia aumentar mais. Sem compaixão nenhuma, aquela senhora continua o seu castigo a aplicar golpes sequenciais nas costas daquela escrava a sentir um prazer enorme a cada golpe aplicado.

Todos da casa estavam a escutar aquele castigo e se mostravam muito apreensivos em seus semblantes. Dona Gertrudes ao ver a quantidade de golpes e os gritos daquela jovem, diz:

- Se ela continuar a castigar Pérola dessa forma, franzina como ela é vai acabar matando ela.

- Mata nada. Se nós aguentamos, ela também tem que aguentar. Diz Catarina ao virar de costas para aquelas senhoras na cozinha e soltar um sorriso, feliz por presenciar mais um castigo severo em Pérola.

No golpe de número 25, as dores de Pérola já eram tão extremas que ela nem gritava mais. Já tinha perdido até parte da sua voz e estava sem forças para isso. Suas costas a essa altura tinham diversas marcas roxas escuras, demonstrando a severidade daquele castigo. Scarlett, incapaz de qualquer compaixão, ministrou os cinco golpes restantes e só depois parou aquele castigo.

Ao terminar o número de golpes que ela havia prometido, questionou:

- Vai deixar de atender mais alguma ordem minha escrava?

Pérola estava com dificuldades de responder, tamanha a energia que tinha gasto. Mas, com muito esforço, consegue falar:

- Não senhora. Eu não farei mais isso.

- Ainda bem, porque da próxima vez serei ainda mais severa.

Tudo que Pérola fazia era chorar naquele momento, ao ver o seu corpo tremer de tanta dor. Depois de alguns segundos, ela olha para trás e vê que a sua dona não estava mais no quarto, então ela se movimenta e deita na cama de bruços, ainda nua a chorar intensamente por mais algum tempo. A sua dor era muito extrema, Pérola nunca imaginou que poderia sofrer tanto assim na sua vida.

Scarlett entra no quarto e encontra Maria ajoelhada a rezar, quando questiona:

- O que está fazendo escrava?

Maria dá um pulo se levantando imediatamente, quando diz:

- Estava a rezar um pouco senhora.

- Rezando pra que escrava?

- Por tudo senhora, principalmente, pela nossa saúde, da senhora, a minha e de todos os outros escravos.

- Eu heim. Vocês tem cada uma. Volte ao trabalho. Você é escrava para trabalhar e não para rezar.

- Sim senhora. Diz Maria assustada ao ver aquela senhora a entrar no quarto com aquele chicote em suas mãos o guardando em seu guarda-roupas.

Depois que arrumou aquele quarto, que teve um tempo, Maria foi até o quarto de Pérola para ver como ela estava, quando a encontrou depois de uma hora, ainda a chorar, despida e deitada de bruços naquela cama com as costas imensamente marcadas, o que a assustou intensamente:

- Pérola. Como você está? Questiona Maria.

- Sentindo muitas dores amiga!

- Me desculpe por não ter acordado!

- Não foi culpa sua a obrigação era minha.

- Pérola, isso aqui tá muito feio. Ainda bem que aparentemente não tem cortes, mas está muito roxo!

- Eu posso imaginar. Esse foi o pior castigo que já levei na vida. Quando aquele capataz me castigou eu achei que não poderia piorar, porque nas costas é muito mais doloroso. Mas, em comparação com hoje, aquilo foi muito leve. Ser surrada nas costas sem nenhuma proteção é algo terrível! Diz Pérola ao aumentar a intensidade do seu choro, demonstrando desespero naquele momento.

- Eu imaginei que sentiria isso também. Eu também já fui castigada dessa forma e tirando o castigo no tronco, eu também acho esse um dos mais dolorosos. Mesmo com o outro, com vara, cortando partes da nossa pele, aqueles pontos não são tão sensíveis quanto as costas. Eu imagino o que está sentindo agora, pois eu já senti isso algumas vezes.

- Ta doendo muito. Eu não sei se vou suportar isso por muito tempo.

- Eu vou trazer algumas ervas que aliviam um pouco essa dor. Elas aliviam os pontos atingidos e trazem uma sensação melhor.

- Por favor Maria, se puder fazer alguma coisa para reduzir esse meu sofrimento eu vou agradecer muito! Diz Pérola desesperada de tanta dor que estava a sentir.

Maria vai então nas suas coisas e pega as ervas preparadas de forma batida junto a um líquido que aliviava aquelas dores. Ela então passa nas costas de Pérola, que se contorce quando os pontos atingidos são tocados. Mas, depois de um tempo ela sente um certo alívio. As curandeiras sabiam fazer muitos remédios com as plantas e isso de alguma forma ajudava muito aqueles escravos a lidar com os sofrimentos advindos daqueles castigos extremos.

Pérola agradece muito Maria. Naquele dia ela ficou de repouso na parte da tarde. Scarlett vendo que havia sido muito severa e que aquela escrava não estava acostumada com esse tipo de castigo, teve um pouco de clemência e a deixou descansando. Maria levou as refeições em seu quarto e aquele dia terminou sem maiores acontecimentos.  

Miss Scarlett e a escrava brancaWhere stories live. Discover now