Capítulo 35 - Novas cores e velhas angústias

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Olá pessoal, tudo bem? Eu espero que sim :3

Eu só queria avisar que acrescentei algumas coisas nos capítulos 30 e também no 34. Foram alguns detalhes que, enquanto revisava, pensei que seria melhor encaixar nesses momentos. Pois, fará mais sentido para a história, a partir do ponto em que estamos.

Então, se puderem reler esses dois capítulos, será muito bom para entender o que vai acontecer mais para frente.

Muito obrigada por acompanharem a história. Pelos votos e os comentários <3

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Ao abrir os olhos, Christinie reparou que Julien não estava mais ao seu lado.

Sobrara apenas o vazio de sua presença e as lembranças da noite tórrida que tiveram, além do cheiro delicioso do amado que ainda impregnava os lençóis. Ela não hesitou em inspirá-los, suspirando em seguida, o que lhe trouxe um sorriso bobo e apaixonado.

As sensações continuavam intensas.

Mesmo que a ausência dele pesasse naquele momento, a ruivinha não se sentiu ultrajada ou usada, pois, tinha consciência de que seria impossível que o rapaz deixasse o quarto em outro horário que não fosse antes do amanhecer. Caso contrário, os criados poderiam flagrá-lo e o escândalo que se desenrolaria lhe causava arrepios só de imaginar. Afinal, embora desejasse que as coisas se resolvessem logo, sabia que a cautela era a maior aliada naquela situação.

Christinie olhou através da janela e sorriu ainda mais ao ver o lindo azul que pintava o céu lá fora. O dia, mais uma vez, estava lindo. Porém, extraordinariamente, ganhara novas cores na concepção da ruivinha. Cores vívidas e ardentes, que enchiam seu peito de alegria.

Apesar do cansaço, ela despreguiçou e, mesmo que o primeiro anseio de seu coração fosse encontrar Julien, precisava visitar o quarto de uma outra pessoa antes.

Pronta para sair da cama em busca de seu robe, Christinie sentiu uma pontada entre as pernas. Não era dolorosa, somente incômoda. E lembrar do motivo fez suas bochechas corarem, em um misto de vergonha e contentamento; ignorando a ardência, finalmente levantou e vestiu a camisola esquecida outrora no chão, e foi apanhar o robe de chambre. Depois de amarrá-lo, analisou os cachos ruivos e rebeldes, e decidiu que não tinha tempo para arrumá-los.

Ir ao quarto de Chris era mais importante.

Foi no instante em que deu a volta para seguir até a porta, que notou o que parecia ser um bilhete escrito a lápis debaixo de um vidro de perfume. Pegou e leu rapidamente.

Embora não estivesse assinado, sabia que era de Julien.

"Perdoe-me por não estar ao seu lado, meu amor, mas seria arriscado demais esperar o amanhecer. Velei seus sonhos pelo máximo de tempo que consegui e, mesmo contrariado, voltei para o meu quarto.

Obrigado por fazer de mim, o homem mais feliz desse mundo. Amo-te.

P.S.: estou levando o lençol sujo e irei me livrar dele para que ninguém suspeite".

Christinie apertou o bilhete contra o peito e olhou em direção a cama.

Tinha esquecido que, ao ser deflorada, as mulheres acabavam perdendo um pouco de sangue durante o ato. Era a prova de que eram 'imaculadas', explicou uma velha empregada anos atrás, ao questionar sobre o que acontecia nas noites de núpcias. Seu irmão Joseph estava prestes a casar e o ouvira comentar algo do gênero com Augustus. Sua curiosidade não permitiu que sossegasse até descobrir do que se tratava. Aquele, então, era um sangramento diferente do que as moças, alcançando certa idade, costumavam enfrentar todos os meses.

O Mais Belo VermelhoWhere stories live. Discover now