·Capítulo 2·

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A música que a Corinna canta nesse capítulo é essa mesma que está na mídia, ela se chama "creep" e é do Radiohead, mas a que eu coloquei é um cover. Espero que gostem s2



Pov Corinna

..Alguns anos após o começo

  Acordo com a claridade irritando meus olhos. O dia está cinzento e frio, a neve pesa no chão e na copa das árvores. Com a horta da minha mãe inutilizada pela neve, terei que ir em busca de enlatados ou caçar, mas caçar parece ser mais inteligente, ainda mais se eu pegar um animal grande, ele vai me alimentar por muito mais tempo.

  Decidida a ir caçar, levanto e vou para o banheiro. Ainda estou morrendo de sono, jogo uma água no rosto para despertar e pego a escova de dentes. Droga. A pasta já está acabando e eu não consegui ir em uma busca antes do inverno começar.

   Não consigo saber quantos anos fazem desde o começo disso tudo e muito menos quando as estações do ano começam e terminam. Tudo isso gera uma bola de neve – trocadilho– e na maioria dos invernos eu passo por alguns perrengues.

  Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e coloco uma roupa quente, mas que não limite meus movimentos. Pego o arco e caminho para sair da casa. Antes de sair para a floresta, vou ao pasto e cuido de Lilith, sei que ela é forte, mas tenho dó de deixar ela aqui no frio e deixo uma manta em suas costas. Dirijo até parte do caminho e desço do carro para entrar na mata.

  Na floresta, acho a posição perfeita em um arbusto. Fico confortavelmente escondida ali, sem me mover, esperando a caça vir até mim. Escuto algo vindo, me preparo esticando a flecha no meu arco. Ouço melhor e é algo com o passo manco e lento, é só a merda de um caminhante, pensei que eles já estavam todos congelados.

  Aquele idiota vai atrapalhar tudo, afastando os animais com o barulho de seus passos tortos. Guardo o arco e saco a faca. Com a neve afundando meus pés e me cobrindo quase até o joelho, tento correr desajeitadamente em direção ao morto. Antes que eu conseguisse cravar a faca em seu crânio, o corpo cai na minha frente, fazendo com que eu caia por cima dele.

—Droga–xingo enquanto pego a faca que caiu da minha mão e me levanto.

  Viro o corpo para terminar logo com isso e vejo que ainda está vivo. Seus cabelos grandes escondem vários dos machucados que tem em seu rosto e seus lábios estão roxos por causa do frio. Ele está usando um moletom velho e sujo com a letra "A" escrita nele.

  Começo a pensar no que eu faço com ele, isso faz minha mente voltar a tempos atrás quando aceitei ajudar um cara e ele tentou me violar. Mas dessa vez era diferente, ele não estava consciente e mesmo que os mortos não matem ele, o frio irá matar. Droga.

  Pego a manta que iria usar p arrastar a caça até o carro e levo o corpo do homem até ela. De forma destrambelhada, coloco o corpo dele em cima do grande pano esticado e começo a puxar a ponta da em direção a caminhonete.

  Não foi nem um pouco fácil trazer ele até o carro e foi menos fácil ainda conseguir colocá-lo na caçamba. Por segurança decidi não colocar ele ao meu lado na cabine, prendi seus pulsos e vendei seus olhos para o caso dele acordar.

  Pov Daryl

  Está quente. Eu não estou mais na floresta. Meus olhos estão vendados eu não consigo saber onde estou, mas estou em algo macio– um colchão. Está quente demais para ser a cela do santuário, mas eu estar vendado e amarrado até os pés também não é um bom sinal.

A Garota na Floresta | The Walking DeadWhere stories live. Discover now