A Garota na Floresta | The Walking Dead

·Capítulo 40·

Pov Corinna

...Na manhã seguinte

  Acordo com um peso na minha barriga. Olho para baixo e vejo a mão de Negan lá. Confesso que foi estranho acordar com ele do meu lado. Eu senti nojo, ódio, amor e segurança com ele só nas últimas horas e então depois eu quase transo com ele e na manhã seguinte acordo com ele dormindo abraçado a mim.

  Sinto minha cabeça dar um nó lembrando de tudo isso, mas não sinto mais nenhum sentimento ruim ao olhar seu rosto. Ele parecia estar melhor do que ontem, suas olheiras sumiram e eu diria que pela sua expressão ele parece estar mais tranquilo. Algumas batidas na porta me fazem dar um pequeno pulo de susto na cama. Me levanto ouvindo os protestos em forma de resmungo de Negan e vou até lá. Abro a porta e vejo Daryl parado lá.

—Bom dia– digo chamando a sua atenção.

—Bom dia– ele responde– vim te avisar que as pessoas já estão arrumando as coisas, então é bom você começar a arrumar as suas também– ele faz gestos com a mão– ah, e eu já fiz o café.

—Bom dia– Negan diz dando um bocejo atrás de mim enquanto envolve a minha cintura com as suas mãos.

Sinto meu rosto esquentar, sinto que estou mais vermelha do que um tomate. Daryl olha para ele e depois para mim. Se vergonha matasse eu estaria morta exatamente agora. Não é que eu queria esconder isso dele, mas também não queria que ele soubesse agora e desse jeito. Daryl acena para Negan e sai em direção as escadas.

—Por que fez isso?– pergunto fechando a porta e me virando para ele com os braços cruzados.

—Isso o que?– ele se faz de desentendido.

—Para, Negan– sinto suas mãos apertarem a minha cintura e vejo ele abrir um sorriso– você sabe o que você fez.

—Eu só estava mostrando as boas novas para ele– ele diz dando um beijo breve em meus lábios– só mostrei de uma vez para o caipira que você é minha– dou um sorriso de canto quando ouço ele dizer "minha".

—Você é um idiota– xingo saindo de seus braços e pegando uma mochila para colocar as nossas coisas.

—E você queria esconder isso dele por quê?– ele pergunta erguendo uma sobrancelha.

—Não queria esconder, está bem?– digo sem parar de colocar as coisas na bolsa– esse só não era o momento certo para isso.

—Qual é, boneca– ele diz se aproximando– você não está mesmo brava com isso, está?

—Não– digo fazendo um movimento com as mãos– me ajuda a separar as coisas.

—Certo– ele vai até a cômoda e começa a abrir as gavetas– o que é isso?– ele pergunta pegando o meu caderno preto de desenhos.

—Abra e olhe– falo para ele.

—Seus desenhos...– ele sorri de ponta a ponta– esse da sua mãe foi aquele que encontramos naquela cabana na floresta– ele lembra e eu abro um sorriso– caramba, boneca, você tem um puta talento– ele continua foleando a pasta– porra!– ele fala em um tom alto me fazendo tomar um pequeno susto e fechar os olhos– olha eu bem aqui– ele vira o caderno na minha direção e sorri igual uma criança.