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Ei meus amores chuchus, finalmente capítulo 50. Nossa pobre Ellie continua sofrendo horrores, tadinha. Boa leitura.

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-Vou te ajudar com a dor e a hemorragia.

Riwty encostou a mão na minha barriga e a dor sumiu.

-Quais são os limites da magia de vocês?

-Poucos, mas os faes reais podem fazer mais que o resto de nós.

-Como o quê?

-Eles conseguem se transportar para distâncias muito maiores, apagar mentes e passar pelas dimensões sem a ajuda da árvore sagrada.

-Por que vocês não podem apagar mentes?

-A história que contam é que um rei muito poderoso, um dos mais fortes, apagou da mente de todos os fae comuns como fazer o mesmo. O que importa é que apenas os fae reais conseguem fazer isso.

-E existe algo que nenhum fae pode fazer?

-Não podemos viajar no tempo, o passado e o futuro não nos pertencem, Também não podemos ressuscitar os mortos e como você sabe, não podemos ler mentes.

Eram tão poucos os limites.

-E como vocês morrem?

-Interessada em me matar? Não esqueça que morreria junto.

-Nesse momento Não seria uma perspectiva tão ruim.

-Por que fala isso?

Seu olhar pareceu realmente preocupado. Ele conseguia sentir minhas emoções, por que parecia surpreso?

-Riwty, o que eu tenho? Minha vida saiu completamente das minhas mãos. Nunca vou me casar por amor, como minha irmã, todos me odeiam por aqui, preciso ter um filho o mais cedo possível para que Pablo não corra riscos e a criança nunca saberá quem é o verdadeiro pai. Precisarei cuidar para que ninguém descubra que tenho uma ligação com um fae para não ser morta de um jeito tão horroroso.

-Mas você tem sua família e seus amigos.  Todos nós ficaríamos arrasados se morresse.

-Você também?

-Claro que sim, eu ter escolhido você só demonstra que é extremamente importante para mim. O suficiente para que eu abdicasse de toda a minha vida para estar contigo.

O peso daquela declaração se abateu sobre mim. Eu nunca parava para pensar no que ele tinha perdido ao me escolher, não sabia nada de sua vida antes de mim, somente que era um general.

Eu me sentia tão sozinha e triste, perdida. Tinha feito planos, por mais que me casar não fosse algo que eu quisesse, eu queria aquela criança e muito.

-Eu perdi meu bebê.

-Eu sei, sinto muito.

Coloquei as mãos sobre o rosto e comecei a soluçar. A dor física podia ter passado e eu era agradecida a Riwty por isso, mas estava destroçada por dentro.

Riwty me empurrou para o canto da cama e se deitou ao meu lado. Ele tirou minhas mãos do rosto e as segurou gentilmente.

-Oi. _ Ele disse me encarando profundamente.

-Oi.

-Vire de costas.

Fiz o que ele pediu. Riwty começou a esfregar minhas costas, para cima e para baixo. Conforme ele fazia isso, o aperto em meu coração parecia diminuir. Eu ainda sofria, mas o desespero cedia.

-Você pode apagar essa dor?

-Posso, mas você quer isso? Não acha que seu filho merece seu luto?

-Você tem razão.

-Vai ficar tudo bem. Sei que dói muito, mas vai passar.

-Como sabe disso?

-O tempo cicatriza tudo, um fae é a melhor criatura para te dizer isso, o que mais temos é tempo.

-O que vocês fazem com todo esse tempo?

-Nos tornamos mesquinhos, traiçoeiros e aprendemos a desprezar humanos.

-Parece uma vida triste.

-Estou só te contando o lado ruim, para que não sinta inveja.

Dei uma risada fraca.

-Você podia me contar sobre o seu mundo.

-O que quer saber?

-Tudo.

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