CAPÍTULO 50[ ÚLTIMOS CAPÍTULOS]

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AYLA

Saio do meu quarto indo em direção ao quarto dela. Não posso acreditar que ela tenha feito isso. E ainda mais, por quê? Encontro com alguns empregados pelo corredor, mas seria inútil eu tentar falar com algum deles, não entendo seu idioma. Desço as escadas e me dirijo ao local onde ficam os quartos dos empregados.

Entro e vejo tudo arrumado, como sempre. Vou direto aos armários e todas as suas coisas estão aqui. Sinto um alívio, mas continuo não tendo uma boa impressão de tudo, a carta é muito realista. Estou com meu coração apertado. Tenho que falar com Almir. Quando estou voltando eu encontro com sua mãe na sala.

— A senhora viu a Jasmim? – ela me olha assustada, creio que pela minha ansiedade.

— Aconteceu alguma coisa, Ayla? Você está bem? – ela vem em minha direção.

— Eu estou bem, só não acho a Jasmim. – vejo o alívio refletir em seus olhos e sua expressão se ameniza.

— Eu não há vi ainda hoje, achei que estivesse com você em seu quarto. – também estranhei, ela não estar lá quando acordei. Quando penso em ligar para Almir ele entra na sala com Zayed.

— Graças a Deus você chegou. – vou até ele que fica espantado com minhas palavras. – Jasmim fugiu. – seguro em seu braço. – Cadê o Jamal?

— Calma! Primeiro porque você acha que ela fugiu? – pego a carta que tinha guardado em meu bolso e entrego a ele. – Você está bem? – ele me pergunta enquanto abre a carta. Concordo que estou bem. Ele começa a ler e vejo que suas feições mudam conforme a leitura avança. – Onde estava isso?

— Num móvel em nosso quarto. — Almir me observa enquanto pega o telefone e conversa com alguém em árabe. Ele desliga.

— Zayed procure pela casa qualquer indício que ela realmente tenha fugido, Jamal já está vindo. – ele me abraça. – Fique calma, deve ser um mal entendido. – ele beija minha testa com carinho. – Oi mãe.

Ele vai falar com mãe e recebe beijos e carinho dela. Zayed sai para fazer o que Almir falou. Eu sento no sofá, angustiada com a espera de qualquer notícia, desejando que tudo realmente não passe de um mal entendido. Sinto alguns chutes na minha barriga e lembro que ainda não comi nada.

— Você já comeu alguma coisa? – como sempre adivinhando o que estou pensando Almir senta-se ao meu lado e segura minha mão. – Calma Ayla, tudo vai ficar bem.

— Vou providenciar algo para ela comer, sempre é Jasmim que faz isso. – minha sogra passa por nós. – Já volto.

— Será que foi por causa do casamento? — tento entender os motivos que levariam Jasmim, uma moça tão centrada e correta a fazer isso.

— Não faço a menor ideia, mas possa ser que sim. – ele solta uma longa respiração. – Mas seria fácil de resolver isso se a família dela aceitasse.

— Aceitasse o que? — pergunto angustiada.

— Se ela não queria casar, é somente ter dito isso ao sacerdote, ninguém casa obrigado. – agora sou eu que olho para ele sem entender nada.

— Como assim, você mesmo disse que esses acordos são firmados as vezes quando os filhos são crianças, como no seu caso com a... – me recuso a pronunciar o nome da falecida. – Você sabe.

— A pressão maior vem da família, se ela não quisesse casar ela poderia dizer não, mas enfrentaria a família, por isso disse que se a família concordasse seria fácil de resolver. – esfrego minhas mãos no rosto tentando dissipar minha ansiedade.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora