CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

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JAMAL

Liguei para Jasmim para saber onde elas se enfiaram. Não ando gostando dessa amizade das duas, minha irmã é uma moça com suas virtudes, e tenho medo que essa aproximação dela com Izabel possa ter suas consequências. Paro o carro no estacionamento privativo do shopping e vejo um carro conhecido parando ao lado ao mesmo tempo que eu.

— É muito azar pra começar meu dia. – falo ao ver Najla saindo do carro.

Mulherzinha insuportável. Não desço na esperança de que não reconheça o carro, e espero não ter que aturar sua acidez, ou vou acabar a enforcando, porque vontade não tem me faltado esses dias. Mas pelo sorriso em seu rosto, vejo que passar despercebido não vai acontecer. Ela vem em direção ao carro eu desço de uma vez.

— Oi fiel escudeiro. – ela fala, mas sua atenção está para o interior do carro e não em mim. – Deixa eu ver, está de babá da namoradinha do chefe? – ela ri debochando. – Esperava mais de você. – fecho o carro a ignorando completamente. – Ah ele não vai falar, está proibido?

— Vai achar algum rato pra ser sua vitima vai, sua cobra dos infernos! – falo isso a ela, sem para de caminhar indo ao meu destino. Mas só escuto sua risada atrás de mim.

— Mas olhem só como ele é respondão, achei que não tivesse língua, pois nunca fala, sempre parece um dois de paus. – paro e a encaro.

— Qual é seu problema hein? Não basta a vergonha que passou? O que mais você quer? – seu sorriso de puro deboche.

— O que eu quero? Fazer da vida de vocês um inferno!

— Pois tome cuidado, você pode ir para lá mais rápido do que imagina. – falo baixo me aproximando dela, e reprimindo dentro de mim a vontade de esganar essa víbora.

— Vai me bater? – pergunta rindo. – Aqui em público? – ela abre os braços e eu olho vendo pessoas a nossa volta alheias a nossa conversa, e a vontade que eu tenho é de matar essa mulher. Mas se eu a agredir perco minha razão. O melhor a fazer é ignorar.

— Por mais que você mereça, não, eu não vou te bater. – volto a caminhar, a, ignorando totalmente.

Depois de um tempo vejo Jasmim e Izabel sentadas comendo algo em uma cafeteria. Me, aproximo, e tento esconder meu desagrado de minutos atrás.

— Olha se não o garotão, meu garotão. – olho para Izabel sem retrucar.

— Já terminaram? – pergunto a minha irmã, ignorando a brincadeira da outra.

— Só vou pegar uma encomenda que fiz para alsyd Almir, e então podemos ir. – ela termina de comer seu doce. – Senta, já estamos terminando! – minha irmã sorri ao falar. Não sei por que existe uma necessidade de olhar para Izabel nesse momento. Sei que irei me arrepender. Mas acabo cedendo, quando olho em seu rosto, e me deparo com seu sorriso provocador.

— Senta tigrão ninguém vai te morder. – ela fala gesticulando uma garra com a mão e fazendo um som baixo e feroz sair de sua boca. Malditos lábios. – Não aqui pelo mesmos! – ela pisca batendo na cadeira ao seu lado. Inferno.

— Vou dar uma volta, me ligue quando estiverem prontas. – saio andando pelos corredores. A última coisa que preciso é das provocações de Izabel agora.

Algum tempo depois de estar andando pelos corredores, imerso em pensamentos, vejo Najla entrar numa loja. Desvio. Bem nesse momento encontro com minha irmã e Izabel. Elas estão alheias a tudo, andam conversando rindo.

— Ah você está aqui! – Izabel segura meu braço como sempre faz. – Achei que tinha te perdido. – ela sorri para mim.

— Acho que nem se eu quisesse não é mesmo? – resmungo pegando suas sacolas. Jasmim olha na direção da loja onde a víbora entrou, e vejo como seus olhos brilham com algo da vitrine. Uma ideia me ocorre, olho para Izabel pendurada em meu braço. Sorrio.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Where stories live. Discover now