CAPÍTULO QUARENTA

11.2K 1.5K 275
                                    

AYLA

— Vamos voltar ao nosso conto que nem é tão de fadas. – ela joga o celular no chão e volta até a bolsa pegando um frasco pequeno e uma faca. – Como já havia dito hoje você não tem seu príncipe encantado montado num cavalo branco para salvar a princesa, será somente eu e você. – ela olha para cima e fica assim por um tempo rindo.

Procuro pensar em algo para fugir, ela está louca. Não posso ser fraca e me entregar tão fácil, meu filho depende de mim. Almir falou em tempo. Me, agarro a esperança dele chegar a qualquer momento e me tirar daqui. Quando ela volta a me encarar, sinto uma raiva descomunal e isso me dá forças novamente.

— A princesa, e a bruxa. Não é assim que todos me vêem? – ela se aproxima, eu não tenho muito o que fazer com as mãos amarradas. Mas não penso duas vezes em lhe dar uma rasteira a derrubando no chão.

MUSTAFÁ

Chego a uma casa quase caindo os pedaços. Num lugar totalmente deserto. Não sei porque meu espanto, só tem areia e mais areia.

— Sério que é aqui o cativeiro? – descrente ao ver o lugar, desço do carro pegando minha arma acoplando o silenciador. — Eu estava esperando uma fortaleza.

Não vejo movimentação fora da pequena casa, me aproximo com cautela pelos fundos olhando pela fresta de uma das janelas. Vejo dois homens conversando, um deles tão velho que um sopro seria capaz de derrubar. Devo estar no lugar errado. O homem sai para um outro cômodo da casa deixando o outro homem sozinho, mas logo volta com uma bolsa e ambos discutem.

Eles estão nervosos e discutindo pela mudança de dos planos. Que mudança? Vou até a outra janela e não consigo olhar pela fresta, está mais fechada, mas pelas vozes reconheço Najal e Ayla.

— Sua desgraçada! Você quer me matar? Então venha! — essa com certeza é minha irmã. Não nega o sangue.

Sem pensar duas vezes eu entro pela única porta que vejo e dou de cara com um dos homens. O mais novo. Quando ele pensa em reagir eu atiro na sua cabeça, e seu corpo cai a minha frente. Procuro o outro e não o vejo. Volto a ouvir gritos e sigo para o cômodo de onde ouço as vozes.

Vou em direção ao quarto e quando paro na porta me deparo com a cena da Najla segurando uma faca no pescoço da Ayla. Merda. Posso atirar, mas dependendo da reação, mesmo Najla assim pode machucar Ayla.

AYLA

— Sua idiota. – ela me xinga e começa a levantar e eu também tento usando a parede como apoio. – Pode fazer o que quiser mas seu destino está traçado. – me atrapalho e acabo torcendo o pé. Ignoro totalmente a dor e ficando de pé, consigo desviar de um golpe que ela tenta acertar.

Ela começa a rir e isso me deixa nervosa quem ri numa situação como está? Olho para a porta e a vejo aberta, ela disse não ter mais ninguém, e se for mentira? Eu tenho que tentar mesmo com dificuldade que estou sentindo em andar. Ela está louca e vem em minha direção com a faca em punho. Abaixo pegando a vasilha que tinha comida e com dificuldade ataco nela, mas eu estou fraca e com as mãos amarradas, não tenho força suficiente. Acabo sendo encurralada em um dos cantos, por ela.

— E agora Ayla? – uma sombra na porta chama minha atenção. O que só confirma minhas suspeitas sobre ter alguém vigiando. – O que você vai fazer agora? – não sei se olho para a porta ou para ela se aproximando de mim apontando a faca em meu pescoço.

— Eu esperava mais de você Najla. – uma voz conhecida chama a nossa atenção. Então ele entra e olha todo o quarto rapidamente. – Tentar matar uma mulher grávida e ainda por cima amarrada, isso é muita covardia. — ela se aproxima.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora