CAPÍTULO QUARENTA E UM

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ALMIR FARUK

Refaço todos os acontecimentos em minha mente, procurando um culpado para tudo que aconteceu. Não tem como eu não me sentir culpado pelo que aconteceu a Ayla, pelo menos em partes.

Seguro em sua mão, sentindo novamente a maciez da sua pele. Ouço vozes no corredor e vou ver o que está acontecendo. Se, trata de Jasmim e Magnólia. Faço o sinal com a mão e o segurança libera a passagem de ambas.

— Como ela está? – sinto a aflição nas palavras de Magnólia. – Oh meu Deus! – ela não espera que eu responda e entra no quarto assim que vê Ayla na cama. Antes ela estava na enfermaria, mas agora já foi transferida para o quarto. Olho para Jasmim que tem lágrimas no olhar.

— Trouxe tudo o que alsyd pediu. – ela mostra a bolsa, com as roupas e objetos pessoais que pedi que trouxessem para quando Ayla acordar, possa tomar um banho.

— Obrigado Jasmim. – vou até a cama. – Magnólia. – seguro em seu ombro.

— Ela está bem mesmo?

— Os médicos vão deixar ela em observação por talvez até 48 horas para ver se não haverá alterações no quadro, mas ela está bem o bebê também está bem, estava desidratada e fraca por falta de alimentação adequada. – respiro fundo procurando não pensar no que ela possa ter passado, agora ela está aqui é o que importa. – Mas o problema está sendo manter ela calma, ela está sedada mas quando a medicação começa a perder o efeito ela fica agitada e desorientada é como se ainda estivesse lá.

— Ah minha menina. – ela beija e acaricia a filha em todos os lugares. – Vai ficar tudo bem mamãe está aqui meu amor, vou cuidar de você e do nosso bebê. – ela se afasta e me olha séria. – O que aconteceu com quem fez isso com ela? Afinal quem foi que fez isso e por quê? – olho para Jasmim que também me olha, pelo visto ainda não souberam.

— Foi Najla. – Jasmim tapa a boca em descrença. – Não sei se agiu sozinha, mas era ela quem estava com Ayla no momento em que a encontraram! – meu celular começa a vibrar, tiro do bolso vendo ser Jamal.

— E quem é essa mulher?

— É uma moça que havia sido prometida há mim, nosso compromisso havia sido firmado por nossos pais que eram amigos desde a infância, enfim eu nunca tive a intenção de cumprir esse acordo. – sinto um peso cair sobre minhas costas como se agora eu me desse conta que toda a culpa é minha, e de mais ninguém. Fico calado um tempo.

— Não se sinta culpado. – ela vem até mim. – Você a procurou e desfez esse compromisso?

— Sim, mas talvez tarde de mais. – ando pelo quarto e uma enfermeira entra.

— Temos muitas pessoas aqui. – ela vai até os equipamentos que estão monitorando os sinais vitais da Ayla e anota em seu prontuário. – Eu compreendo a necessidade de vocês, mas no momento a paciente precisa de tranqüilidade. – ela olha para todos. – Mais dez minutos. – ela sai.

— Essa mulher tem que morrer na cadeia. – Magnólia comenta alheia do que já aconteceu. – Não sei como são as leis de vocês aqui, mas ela não pode ficar impune!

— Não se preocupe ela não será mais problema. – sem mais detalhes, viro para Jasmim. – E Mirit já sabe que ela está bem?

— Um pouco antes do alsyd ligar pedindo que viéssemos, eu havia dado a ela um calmante. – ela explica. – Ela ainda está fraca da viagem que fez e quase não come, mas eu deixei um recado num bilhete para ela, e ordens ao segurança que está com ela assim que ela acordar ele irá me ligar, o que gostaria que fosse feito senhor?

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Where stories live. Discover now