CAPÍTULO TRINTA E CINCO

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AYLA

Acabamos de sair da consulta com a médica. Segundo ela, esses sonhos podem ser fruto dos últimos acontecimentos, junto com as mudanças hormonais que meu corpo está sofrendo por conta da gravidez.

— Está vendo, não se preocupe com isso. – respiro fundo. – Não tem porque ficar assim. – ele aperta o botão que nos dá total privacidade na parte de trás do carro. – Já que isso é fruto de hormônios vamos focar nos bons.

— Nos bons? – olho para Almir interessada no que ele tem a dizer.

— Sim, nos bons. – sua mão sobe do meu joelho por dentro do vestido até a chegar a minha virilha. – Nesses que se concentram por aqui. – seus dedos invadem minha calcinha.

— Ah! – me agarro em sua roupa e abro mais minhas pernas lhe dando acesso. – Não para!

— Não pretendo. – sua voz morna em meu pescoço e seus dedos trabalhando em mim, me fazem esquecer quem sou. – Se concentre só nisso!

E assim eu faço. Me, concentro no prazer que ele está me proporcionando. Busco seus lábios em um beijo, eu preciso sentir sua boca em mim. Não demora para que eu esteja mole em seus braços, com minha respiração ofegante e com um sorriso no rosto, depois de ter gozado.

— Agora é minha vez! – quando vou me ajoelhar, ele me impede.

— Agora não. – ele chupa os dedos que estão encharcados com meu gozo. – Tenho uma reunião importante. – sorri. – Mais tarde continuamos. – o carro para em frente a um prédio todo espelhado. A imponência imposta pela estrutura é de tirar o fôlego.

— Nossa aqui que fica sua...

— Aqui fica a sede de todas as minhas empresas e, outros negócios também. – ele olha também para o prédio com admiração. – Aqui tem algo que você vai gostar muito tenho certeza. – sua mão puxa meu queixo e seus lábios tomam os meus em outro beijo, antes dele abrir a porta. Sinto meu próprio gosto em sua boca. Ele se afasta limpando o canto da boca, essa atitude dele me deixar sem ar.

— O que poderia ter ai que eu vá gostar? – ele pisca antes de sair do carro, eu deveria estar acostumada com ele e seu lado enigmático, mas parece algo impossível de acontecer.

— Vamos e você mesma pode ver. – ele sai do carro estendendo a mão para mim. Arrumo meu vestido e meus cabelos antes de sair de dentro do conforto do carro.

— Eu não trouxe o tal lenço, tem problema? – ele nega beijando minha testa e fechando a porta.

Seguimos para dentro do prédio, com ele segurando minha mão. Jamal nos acompanha a uma, certa distância. Logo que entramos no saguão o ar gelado do ar condicionado trás uma sensação de frescor. Olho tudo em volta, reparando na decoração do ambiente. Mas o que chama a atenção mesmo é a maneira como todos se vestem e como estão me olhando. Todos não, mas a maioria, sim. As poucas mulheres que vi até que chegamos aos elevadores, vestem-se como Jasmim. Sempre com a cabeça coberta.

— Acho que estou chamando atenção, estão todos me olhando de maneira esquisita. – falo quando as portas do elevador se abrem. – E estou usando as roupas que você disse! – ele sorri de forma que suas feições faciais se suavizam, o deixando mais lindo, se é que é possível.

— O mérito hoje não é só seu, não que você não mereça, você chamaria atenção até se estivesse usando uma burca. – ele aperta o botão. – Eu nunca entro pelo saguão, uso o elevador privativo direto da garagem os funcionários daqui quase não me vêem.

— E porque entrou pelo saguão hoje? – olho para Jamal que está virado de costas para nós. Me, impressiono com sua discrição.

— Vou manter sua gravidez no anonimato por enquanto, não quero reportagens maldosas por ai dizendo que de alguma maneira me casei com você por esse motivo. – eu não havia pensado nisso. – Sabemos que isso não é verdade e se fosse também não teria problema algum, mas sei como a imprensa tem sua podridão e, não pensam duas vezes em elaborar mil teorias para venderem noticias sem se preocupar com o que causam nos envolvidos. – sinto que o assunto o incomoda, deve ter seus motivos.

A Escolhida do Sheik [Re-postando]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora