15. A.M

1.1K 112 435
                                    

James estendeu a mão na tentativa de alcançar e encontrar Lily dormindo ao seu lado, mas encontrou o lado da cama dela vazio. Sentou-se na cama e caçou seus óculos no criado mudo, ao coloca-lo em seu rosto e olhar ao redor do quarto, encontrou um relógio que piscava com suas luzes vermelhas, marcando três e meia da madrugada.

Depois do jantar constrangedor e desconfortável, onde ambos com certeza prefeririam estarem em outro lugar e com outras pessoas, Arthur sugeriu que eles ficassem no hotel com eles pra poderem descansar e ficarem em segurança, falando que eles poderiam demorar um pouco mais a arrumarem o apartamento e continuarem na república por mais alguns dias.

Como apenas Petúnia e seu noivo não sabiam que os dois não eram um casal verdadeiro, dormiram juntos na mesma cama.

O hotel que estavam ficando era luxuoso, cinco estrelas era pouco pra descreve-lo. Na cobertura, um apartamento com uma grande sala, cozinha, duas suítes, dois quartos, dois banheiros, um escritório e uma sala de jogos.

Sonolento, colocou os pés no chão e se levantou. Tateou com as mãos, tentando encontrar um caminho para sair do quarto.

Ao abrir a porta e sair para o corredor, pode ver a luz do luar invadir a sala pela varanda que estava com as portas de vidro entre abertas. Pode sentir o cheiro de cigarro e ver a fumaça.

Se aproximou lentamente na tentativa de não assusta-la, abriu a porta da varanda e a encontrou sentada no chão. Ela não vestia mais o baby doll que usava quando foi dormir, vestia short jeans, uma regata e por baixo ele conseguiu ver o biquíni.

Ela ergueu o olhar pra ele e levou o cigarro mais uma vez aos lábios. Quando ele se sentou ao seu lado, ela soltou a fumaça.

- Faz mal pros pulmões.- Comentou, tirando o cigarro de seus dedos.

- São os meus pulmões ou os seus?- Rebateu, arqueando a sobrancelha para ele.

- Você tem dinheiro pra comprar pulmões novinhos... compre pra mim também.- Ele colocou o cigarro na boca.

Ela o encarou.

- Achei que tinha parado.

- Comecei a fumar quando virei policial.- Comentou, devolvendo o cigarro para ela.- O estresse trás alguns vícios, você pensa que não vai viciar e que é mais forte do que qualquer coisa, mas se torna refém. Da bebida, do cigarro ou de outras coisas.

Ela jogou a cabeça para trás, olhando para o céu enquanto fumava.

- Você notou que acabamos de nos beijar?- Perguntou aleatoriamente e apontou para o cigarro quando viu que ele não tinha entendido.- Você pegou meu cigarro que tem minha saliva e fumou, agora estou fumando com sua saliva.

- Já nos beijamos tantas vezes, uma a mais, uma a menos.- Deu de ombros.

- Se nos beijamos três ou quatro vezes por dia, alguns dias chega a ser seis... acho que...- Ela parou, fazendo a conta rapidamente em sua mente.- Nos beijamos umas duzentas e quarentena e seis vezes.

- Duzentas e cinquenta e cinco.- Corrigiu, por mais que a conta dela estivesse certa.

- Você está contando por acaso?- Perguntou rindo, o olhando.

Ele deu de ombros, rindo sem graça.

- Não, quem contaria esse tipo de coisa...?

A única coisa que os iluminava sentados no chão daquela varanda, era a lua. Pouco viam um do outro, apenas o sorriso e alguns traços.

- Pra onde você vai?- Questionou, apontando para seu biquíni por baixo da regata.

- Nadar.

- Nadar?- Repetiu, arqueando a sobrancelha, ao mesmo tempo que ela concordou com a cabeça.- Não tá tão calor pra nadar, é outubro. Em outubro o clima é uma loucura, as vezes um calor forte, as vezes frio... mas hoje está fresco e com vento. Vai ficar gripada.

O guarda-costas • JilyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora