1. Fênix

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- Você vai servir a princesa?!- Sirius falou naquele mesmo dia, jogado na cama de James, vendo o amigo preparar o arsenal de armas.

- Parece que sim.- Revirou os olhos.- A rainha é uma baita de uma atriz, veio aqui, chorou e segurou minha mão pra me convencer. Acredita que a danada conseguiu mesmo me convencer?

- Pelo tanto de coisa que ela te ofereceu eu aceitava qualquer coisa.- Remo falou, mexendo nas armas.- Pra que você tem tantas armas?

- Eu estou indo buscar a princesa e eu não sei o que esperar, Fleamont só me deu essa escuta e umas coordenadas, tive que procurar onde é. O endereço é no meio do mato!- Ele fechou a bolsa, jogando ela nas costas e apenas colocando uma pistola na cintura.- Único lado positivo é o carrão blindado que o velho me deu.

Sacudiu as chaves da BMW, ouvindo os assobios dos amigos como resposta.

- Quando volta pra casa, irmão?- Sirius perguntou.

- Não sei, pelo que entendi vou levar ela pro palácio hoje e ficaremos lá. Depois vamos fazer um treinamento amanhã de manhã e eu vou receber instruções.- Brincou com a chave do carro entre os dedos.- Vou passar uns meses fora com a princesinha, ainda vou ter que morar na república.

- Já posso imaginar você vestindo camisa polo e jogando futebol americano, basquete e usando aquelas roupas apertadas de tênis.

Sirius e Remo se entreolharam, antes de caírem na gargalhada.

- Tchau majestade, se cuida.- Eles fizeram reverência.

- Vão tomar no cu.- James mostrou o dedo do meio antes de sair do quarto.

- Você estressou o príncipe, assim ele manda te decapitar...

Pegou a chave do apartamento e abriu a porta, olhando pro apartamento uma última vez antes de sair.

Sentiria falta dos amigos, de casa e de como era bom ter liberdade e privacidade.

Não sabia como seriam as coisas dali pra frente, mas sabia que um dia voltaria para casa após as ameaças a princesa acabarem e talvez quando voltasse as coisas estariam iguais.

Mal sabia James que aquela missão e aquele encontro com certa princesa ruiva mudaria sua vida completamente.

Antes de sair de casa, seguiu as instruções de Fleamont, desligou a localização do celular, tirou o chip e desligou o celular. Conferiu se não tinha nenhum rastreador no carro ou bomba e por fim começou a seguir por um mapa de papel as coordenadas

Mapa de papel, era uma coisa antiquada e velha, mas era muito melhor do que um Google Maps que deixaria histórico e era facilmente rastreável.

Cerca de duas horas de carro, andando por lugares estranhos de Londres e fazendo ele perceber que Londres não era tão pequena como ele imaginava, fuçando cada buraco da cidade.

Depois de duras horas no carro e caminhos de estrada de barro, as estradas de barro se tornaram apenas uma selva que com o cair da noite, apenas o farol do carro iluminava.

Qualquer outra pessoa odiaria uma viagem longa e solitária, mas James gostava de estar só e principalmente gostava de não ter que dar satisfação da velocidade que dirigia aquele carrão.

Quando chegou no ponto que seu pai tinha falado, tirou a escuta de dentro de uma caixinha e a colocou no ouvido.

Alguns chiados depois ele conseguiu ouvir a voz de Fleamont.

- James? James é você?

- Quem mais seria?- Debochou.

Do outro lado da linha, em uma sala para missões especiais, Fleamont revirou os olhos.

O guarda-costas • JilyWhere stories live. Discover now