21 - Cúpula de paz.

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Vou em direção ao meu quarto, e troco de roupa, colocando os coturnos para sair em seguida, e cumprir com a minha grande obrigação de alfa que leva os betas ao colégio. Palhaçada esses dois.

— Prontos? — Pergunto aos dois, depois que os vejo na sala. — Clary empresta uma caneta pro Tyler, pela cara dele não acho que vá usar mais do que isso.

Tyler tenta argumentar, mas sua boca se fecha, e Clarissa segura a risada, pegando a mochila e seguindo para a saída junto a mim, e em seguida, o híbrido vem conosco.

Pego a chave da casa, do carro, entrando já na garagem e tirando o carro. Vamos a caminho da escola e quando chegamos, apenas desço do carro com a pior cara possível. Meu mau humor era inegável.

— Seu rosto diz que alguém atirou uma faca na sua cara e agora você veio matar essa pessoa. — Tyler comenta ao meu lado esquerdo, e Clary segura a risada em meu outro lado.

Meus olhos se direcionam para o garoto, e sorrio sarcástica, deixando um peteleco em sua cabeça em seguida, tornando a olhar para frente.

— Obrigada pela consulta particular de psicólogo Tyler, eu adorei. — Ele ri e vejo Clary caminhar em direção a sala dela, enquanto apenas vou pra direção matricular o lesado.

Após a matrícula feita, saio com ele da sala da diretoria e pegamos alguns livros, o horário e o número do armário dele. Guardamos os livros e entrego o copo com sangue pra ele.

— Comece assim, é pra durar o dia todo, me ouviu? — Ele concorda, e segura o copo com cuidado. — Se acontecer alguma coisa estranha, me liga na mesma hora. — Tyler concorda, e se despede, entrando na sala, e logo posso ouvir a professora o apresentar para o resto da turma.

Viro as costas pra saída da escola, mas meu celular apita e vejo uma mensagem pra encontar Lydia na sala da senhora Martin, a qual saí faz uns vinte minutos. Suspiro e viro meia volta, andando até lá.
Entro e vejo Lydia sentada em uma cadeira.

— Oi. O que você precisa? Estou meio ocupada por hoje. — Ela suspira, e se levanta vindo até mim, e me abraçando apertado. Okay, não estava esperando por isso. — Ah . . . Tudo bem.

— O seu irmão está morto. Tamora Monroe o matou. Eu sinto muito, Jô. — Ela diz, se afastando de mim, e olhando em meus olhos diretamente.

— Eu descobri isso ontem, obrigada.

Sorrio fraco, e me afasto da mesma, seguindo até a cadeira atrás da mesa para me sentar, gostaria de entender o porque estava ali, para começar.

— Por que me chamou aqui? — Pergunto, secando as lágrimas sutilmente.

— Tamora Monroe é a nova caçadora de Beacon Hills, e também, conselheira estudantil nas horas vagas.

Reviro os olhos. Aquilo só poderia ser brincadeira. Será que dava pra piorar o meu dia? Ah não, espera, não vamos desejar muito porque isso realmente pode acontecer.

— E isso só melhora. E o que vamos fazer? Matar ela? Eu posso conseguir isso fácil, fácil. — Respondo e sorrio diabólica.

— Uma cúpula de paz. Ela vai vir conversar comigo. Senta ali. — Ela aponta pra cadeira da mãe dela e eu apenas concordo, me sentando.

Alguns segundos depois vejo uma mulher de cabelos pretos e cacheados parar na porta e nos olhar. Seus olhos eram escuros e eu conseguia ver que o brilho havia os abandonado a um tempo, seu pescoço possuía marcas de garras e pareciam recentes. Eu conhecia muito bem aquelas marcas, eu tinha algumas iguais no pescoço. Foi o Halwyn.

— Queria me ver? — Monroe fala, mas fica paralisada na porta. — Acho que estou no lugar errado, achei que a senhora Martin queria me ver.

Ela diz, e seu braço indica a placa na porta, e faz menção de voltar para trás, como quem iria embora dali.

𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 | 𝗧𝗪.Where stories live. Discover now