15 - No meu caminho, o Impala 67.

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CHICAGO, ILLINOIS

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CHICAGO, ILLINOIS.
1865.

Quando você perde alguém que você ama, é como se uma parte sua morresse junto a essa pessoa ou se vai com ela. Você fica oco, vazio, sem vida. Sem rumo, sem forças para seguir em frente. Sem esperanças de um futuro melhor. Era assim que eu me sentia. Vazia, oca. Sem vida. Voltar a Chicago após a matança pelos arredores apenas para ver o túmulo da pessoa que eu amava para tentar viver e entender, foi um erro. Me fez sentir ainda mais morta. Mais perdida, mais miserável do que eu já estava. Era minha culpa que ele estava agora, a sete palmos do chão. Eu me odiava, mais do que sempre me odiei. Eu odiava ser o que era, e ter colocado a vida da pessoa que eu amo, nas mãos de pessoas que eu odeio.

Ando pela floresta até chegar em uma clareira, me afastando do túmulo de Bernard, após deixar algumas violetas, suas flores favoritas. Ouço vários passos, e imediatamente me coloco sob alerta, meu rosto rapidamente muda ao sentir um cheiro de sangue, voltando ao normal em seguida, quando farejo de onde vinha o cheiro. E eu não sentia algo vindo daquilo.

— Sério? Se escondendo de uma tribrida? Mostre-me seu rosto, e vamos acabar logo com isso. — Ameaço, ficando parada exatamente no mesmo lugar.

Vejo algumas sombras se aproximando, e uma mais a frente com uma vela negra, com um símbolo de lua a frente. A chama queimava potente, e raios começam a cortar o céu como espadas cortavam a pele.

— Não estou me escondendo, estou analisando o inimigo. — Regina Snow aparece no meu campo de visão, ela usava um vestido azul claro despojado, digno de uma filha de um fazendeiro com grandes terras.

Meus olhos se arregalaram, e engoli a seco. Se Regina estava ali, ela com certeza não queria uma conversa amigável com a namorada do irmão. Ela queria me matar. O único problema é que eu sou imortal, e se ela se atentar contra mim, não terá a mínima chance.

— Regina? O que está fazendo aqui? — A questiono, arrumando a saia do meu vestido, e baixando as minhas mãos a altura de minha cintura, em seguida as mantendo unidas a minha frente.

— Estou aqui pra matar você. — Ao proferir aquelas palavras, ela declarou uma guerra que eu temia por sua vida. Não me daria prazer matar a irmã mais velha do meu falecido amor.

Começo a rir gravemente, e ela me olha com as sobrancelhas arqueadas. Ela só poderia ser surda ou muito imbecil. Será que ela não sabia das histórias? Dos mitos? Qual é, meu nome era jogado ao vento por séculos.

— Sério? Você só pode estar brincando comigo. Acho que você não ouve as histórias Regina, eu não posso morrer. — A respondo, e cruzo os braços a minha frente despretensiosamente.

Ouço mais passos e quando vejo, tem mais sete bruxas ali. Ótimo, isso agora virou algum tipo de convenção contra a Josette? O melhor para suas vidas era ter ficado em casa naquela noite.

𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 | 𝗧𝗪.Where stories live. Discover now