O Dia Em Que Eu Conheci Você || CONCLUÍDA

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Adam Tucker
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— Que loucura foi aquela? — perguntei para Ellie, enquanto estávamos no seu carro em frente a minha casa. — Estávamos na casa dela, Ellie.

— Que loucura foi aquela? — repetiu, como se estivesse achando um absurdo. Mas o mais impressionante dela, era que mesmo estando extremamente brava com alguém, ela não gritava com a pessoa. Eu percebia que ela queria elevar a voz com a Casey, mas ela não fez.

— Por que você acha que ela fica incomodada conosco? — questionei. Eu na verdade, queria ouvir da boca da Ellie o que ela pensava sobre isso, porque eu já sabia sobre os sentimentos de Casey.

Ela pode estar confusa, e pode estar querendo esconder isso de mim. Ou ela também pode estar tentando fugir disso, que pensando que eu sou idiota. Mas a minha pergunta é: por que eu?

Quando estávamos no seu jardim enquanto garoava, eu queria muito que ela dissesse o que estava tentando evitar sentir por mim. Eu queria ouvir da boca dela o que ela sentia por mim, porque apenas nesse momento se tornaria real.

A minha mente é traiçoeira, e pode criar muitas coisas sem sentido, então, quando crio algum pensamento sobre alguém eu espero que essa pessoa me diga para que possa se tornar real, oficialmente.

— Você consegue ver que eu sei. — ela olhou para mim, com a cabeça encostada no banco do motorista. — Você consegue distinguir tudo quando está perto dela. Eu sei que pode. — ela sussurrou a última parte. — Mas a minha pergunta é: você sente a mesma coisa por ela?

Franzi a testa e a encarei confuso.

— Você pode ser sincero comigo, Adam. — ela estava falando baixo. — Eu não vou julgar você, ou ficar com raiva de você. — garantiu, estendo a mão até a minha bochecha e a acariciando. — Eu só quero que você me diga, porque eu não quero continuar alimentando minhas esperanças de que um dia vamos namorar. Eu não quero que você continue comigo dessa forma, se gosta dela.

— Eu não deveria sentir nada, não é? — perguntei, ainda sentindo seu toque na minha bochecha. Eu fechei os olhos por alguns segundos. Eu estava me sentindo muito mal, completamente um idiota por estar quase confessando para a garota que gostava de mim, que eu pensava em outra.

Ellie foi a segunda garota que me tratou bem dessa maneira. Ela foi única que esperou me conhecer para ter algum tipo de opinião. E ela foi a única para quem eu pude me abrir, pude ser eu mesmo e não precisei ficar com medo de alguma coisa.

— Não, não deveria. — sussurrou. — Você é um garoto extraordinariamente incrível. — elogiou. Eu abri os olhos e através da pouca luz, vi o brilho que eles tinham. Eu não sabia se eram por conta de lágrimas, e se fossem, eu iria me sentir pior ainda. — Eu posso ser a sua amiga, mas não posso dizer que te apoio a ficar com ela. — contou sinceramente.

Eu suspirei e coloquei minha mão por cima da sua, que ainda estavam no meu rosto. Ela estava quente.

— Se eu apoiasse, estaria deixando você ir direto para o caminho do coração partido. — ela tirou a sua mão de trás da mim e deixou-as em seu colo novamente. — Você me promete tomar cuidado?

— Me desculpe, Ellie. — pedi, tentando transmitir toda a sinceridade que eu conseguia. — Me desculpe mesmo.

— Você não tem culpa de não sentir o mesmo por mim. Não pode se forçar a gostar e não gostar de alguém. — falou com calma, tentando me acalmar.