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O casamento é amanhã. Amanhã às cinco da tarde, meu estômago gela sempre que eu penso nisso, um medo corre pela minha espinha, me sinto nervoso a cada segundo, até parece que serei eu a se casar.

As últimas duas semanas foram tão corridas que eu mal vi os dias passarem. Casamentos são estressantes.

São muitas coisas para lidar, muita coisa para resolver, decidir. O telefone fixo toca a cada dez minutos, não existe mais paz nessa casa, pelo menos não até o dia depois do casamento.

Perdi as contas de quantos ensaios de cerimônia tive que participar, de quantas vezes tive que sair para resolver algo porque nenhum dos dois noivos tinha tempo.

Cheguei a conclusão de que odeio casamentos. São bonitos e até legais para quem não passa de um mero convidado, não imaginam o pesadelo que é ter que organizar toda essa cerimônia que não chega a durar nem uma hora, sem falar na festa.

Eu não quero nunca me casar, nunca mesmo.

São quase nove horas da noite e esse é o único momento do dia em que estou tendo paz. Taehyung e eu viemos a um festival de música que ele implorou para vir, ainda que não conhecesse nenhuma daquelas bandas, ele quis muito vir. E aqui estamos, sentados em um lugar bem afastado do resto das pessoas, é longe, mas dá para ver o palco e ouvir as bandas, passamos boa parte do tempo julgando as músicas que tocavam.

Algumas eram tão ruins que ele até fazia careta ao ouvir, rindo sem parar.

Mas o que fez valer a noite foi ver o quanto Taehyung se empolgava tão facilmente, com tudo o que entrava no seu caminho.

Gastei mais dinheiro com ele em uma noite, do que comigo mesmo em meses.

A questão é que ele sabe como pedir, ele sabe como me convencer, ele deixa a voz mansa, os olhos grandes e brilhantes nos meus, e ele sempre me toca, no braço, na mão ou na cintura, como um pedido silencioso, murmurando um "por favor" irresistível, e quando consegue o que quer, a recompensa é um beijo. Cá entre nós, não é que eu não perceba a manipulação, é que eu gosto de ser manipulado.

Eu gosto de agradar, gosto de obedecer, gosto de ver ele sorrindo todo fofo, me dando um selinho atrás do outro quando o deixo feliz, e gosto ainda mais quando decide me recompensar com muito mais do que selinhos, exatamente como está fazendo agora.

Nunca estive tão feliz por estar em um lugar onde grande parte das pessoas estão chapadas demais para reparar em nós, além do fato de estarmos a uma distância segura do resto das pessoas.

Taehyung montou em mim, segurando meu rosto em suas mãos enquanto me beija. Me deixando louco, maluco, meu corpo todo ferve de tanto desejo.

Minhas palmas se perdem dentro da sua camiseta, sentindo na pele o quão quente o seu corpo é, e não me contento com isso, escorrego as mãos para dentro da sua bermuda, apertando sua bunda ao puxa-lo para cima do meu.

E por um momento eu me esqueço completamente de que ainda estamos em público.

Parando quando ele afasta a boca da minha, respirando de forma pesada.

Faz uma semana que não transamos, nenhuma vez, e isso está me matando.

– Vamos pro carro – Taehyung declarou, ofegante, os olhos escuros nos meus. Eu concordaria com tudo o que ele disser nessas condições.

Taehyung se levantou, recolhendo nossas coisas do chão com agonia, me acompanhando até onde deixamos o carro, em passos rápidos para não sair correndo.

Entramos pelas portas de trás, Taehyung não esperou um segundo que fosse para voltar para cima de mim, com uma pressa incontrolável. Suas mãos desceram para a minha calça, os dedos rápidos dando um jeito de desafivelar o cinto, para depois abrir cada botão da calça.

VANTE: GIRASSÓIS DE DANTETahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon