Capítulo 25 - Confusão Parte 1

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 Cap 25

POV DYLAN

— Aqui tá legal, não quero ficar muito exposto – falei, achando uma mesa um pouco mais afastada da entrada.

— Garçom, um Jhonny aqui – Leon pediu, se sentando ao meu lado. – Cara, não acredito que você veio, de verdade.

— Com certeza, hoje é um dia para se comemorar! – Yago completou, se servindo da bebida que o garçom trouxera. – Não tinha vindo aqui ainda. Que legal esse lugar!

Aquele barzinho era muito acolhedor. Na calçada, mesas e cadeiras para quem quisesse apreciar a vista da cidade, seus prédios e monumentos históricos. Lá dentro, um ambiente mais intimista era perfeito para casais em busca de privacidade suficiente para uns amassos, ou para caras como eu que não queriam ser vistos. Ainda tinha um ambiente, mais ao fundo, com um palco e um karaokê. Enfim, era bem agradável ficar lá. Na mesa em que estávamos, um som ambiente de músicas instrumentais dava sentido ao clima.

— Mas então, o que vocês acharam das meninas? – Leon me surpreendeu ao ser o primeiro a tocar nesse assunto, logo depois de virar sua dose de wisky de uma vez. – Conversei com a Bianca, ela parece ser muito talentosa...

— Ah, cara, isso não tenho dúvida. A questão é, – Yago disse, com sua bebida nas mãos, se debruçando sobre a mesa. – Qual talento você já conheceu?

Os dois riram.

— Sinceramente, acho que aquela vocalista é meio travada – entrei na conversa. – Afinal, ela mais parece a assessora de assuntos aleatórios das outras do que uma integrante da banda.

— Não se engane, meu caro amigo – Yago falou, já um pouco embriagado pelas bebidas que havia tomado no hotel, enquanto me convencia a colocar uma roupa mais apresentável e vir. – Aquela gata no palco é... ui... uma gostosa de uma safada mesmo...

— Aí é uma coisa que eu juro que duvido muito – falei, rindo e tomando a minha bebida.

Aquilo para anjos era algo como um suco batizado para os humanos. Seriam necessários muitos litros para realmente perder o controle. Por isso, podia beber à vontade que ainda assim estaria sóbrio o suficiente.

— Olha lá quem chegou – Yago gritou, esbarrando na mesa. – Amadeu chega aqui! – E assoviou algo, com os dedos.

— Eu odeio quando ele fica assim, sinto cheiro de problema – comentei com Leon, que apenas riu e pegou o celular.

Amadeu se sentou e fez sinal ao garçom para mais uma garrafa de wisky e uma de vodka.

— Você tá querendo acabar com o que resta dos nossos fígados, Amadeu? – Perguntei.

— Não vamos ficar apenas nós, rapazes... – ele respondeu, com sorriso malicioso no rosto. – Achei que não seria elegante não chamar as meninas para a festa – e apontou com a cabeça para o quinteto que estava entrando.

— Ah meu pai do céu – Yago disse. – Me lembra de te recompensar por isso, Amadeu! – E se levantou, já cedendo lugar para que as duas loiras se sentassem ao lado dele. A ruiva se sentou ao meu lado e as duas morenas ao lado de Leon.

Amadeu ficou estrategicamente posicionado entre a loira com a jaqueta de couro e a morena que dessa vez parecia ter exagerado um pouco na maquiagem.

— Como é? Tem karaokê? – A ruiva disse, assim que um chinês começou a cantar algo em mandarim, se servindo de vodka.

— Tem sim, quer cantar? – Amadeu perguntou.

— Claro, quem me acompanha?

— A vocalista, talvez? – Apontei com a cabeça. Era muito engraçado ver a menina se contorcendo de vergonha.

Condemnnatu - Série Além Da Alma - Livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora